Expondo segundos na solidão, onde feixes de sol elevavam partículas de pó e intensificavam o calor aos leigos, quase tão sufocante e brutal como a marcha de soldados, seus corações palpitantes e suores excessivos, eles iriam batalhar. Espreitando as comoções em silêncio sentia o temor próximo caminhar para além dos muros do castelo, que presa dificilmente conseguiria pisar.
Inquieta Aiko procurava com dificuldade algo para evitar expor a pele com o novo vestido, tecido sutil e não muito arrojado da cor amarela, a costura marcava a silhueta, corpete justo com bordados florais de alças finas, cada movimento que fazia era marcado por muita leveza, porém por insegura ela colocou sobre os ombros uma echarpe de poliéster sem se importar com cheiro de guardado que exalava, havia demorado demais buscado adivinhar o que vestir sem enxergar que suas seguintes opções teriam que ser práticas, calçado as sapatilhas de salto baixo e cobrindo os cabelos com um lenço ao mesmo tempo resmungava que cada detalhe exigido era trabalhoso. As raposas acompanhavam seu prévio desespero ainda deitados na cama, estavam quietos demais nas próprias sombras e Aiko começava a estranhar.
– Sou dama de companhia, mas vou fazer trabalho de faxineira. – Ela colocou o cinto de couro e as correntes se arrastaram. – Vou precisar de apenas um de vocês.
Na verdade Aiko estava cansada de os carregar para todos os lados, necessitava de um momento sem barulhos de garras e rosnados em conjunto, ela não via motivo ruim em varrer uma salão, estaria sozinha e jamais permitiram que eles ajudassem.
– Frue...– Chamou o familiar esgueirando-se pela cama. – Vai evitar o assunto daquele pesadelo?
Franzindo o cenho ela desaprovou a vontade do ser de retomar o assunto.
– Esse trabalho não cabe a vocês. – Aiko abaixou-se perto da porta para pegar o baldinho e a vassoura. – Apenas será feito. – Ela se recompôs e ordenou ao familiar que viesse junto.
Sem objeções à forma animal com astúcia, prendeu-se a corrente, nenhum dos seres desejava impedir, mas sensíveis às coisas que Aiko presensensiva queriam a ver considerar e buscar outras alternativas. Shuu possivelmente estava há léguas de distância e ele havia "revivido" apenas para ela, que seria o último a sofrer quaisquer consequências, o nariz de Aiko ainda sangrava um pouco por causa da luta com os nobres no dia anterior e as cápsulas de sangue que recebia não eram suficientes devido a quantidade calculada, limitada e escutando o marchar de lobos com o dobro de seu tamanho, ela agarrava-se a maçaneta da porta.
Os passos ficavam próximos, pesados e desengonçados, ela não conseguia seguir pelo corredor, apoiava a cabeça no metal enferrujado da porta,o cabo da vassoura e a corda do balde quase caía de sua mão, o receio de perder suas raposas percorria cada nervo de maneira repentina, interligada a eles sofreria junto, as outras três que ficavam eram fáceis de serem feridas e a dor reperticuria. Aiko desceu a ponta de seus dedos até a fechadura, por baixo da venda cerrou os olhos e esforçou-se para mentalizar a tranca movendo-se, dois segundo e um estalar se manifestou, os trancou finalmente, ela percebia o quanto as contenções afetam seu modo de agir, a deixando hesitante e insegura.
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Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)
FanfictionEm meados de 2012, a jovem Komori Yui, namorada do prodígio poeta Mukami Ruki, se hospedeou na mansão dos herdeiros do governate da elite vampira. O que pouco tempo depois, acabou marcando o retorno das duas últimas mulheres que possuiam vinculo san...