Distinct Origins - Diaboliks lovers (AU)

Apostos tempos: 14;14

O contraste na vermelhidão de seus ombros, perceptíveis entre as luzes, seus ferimentos cobriam o tecido e que era umedecido, questão de segundos de descuido e não apenas palavras a menosprezando foram proferidas. Não se tratavam de fantasmas, sangue, sangue revoltando os antepassados estes que viveram para jamais serem ridicularizados e usados, conquistas forjadas, mas os herdeiros nem de longe deixaram de representar o que por décadas os fizeram ser quem eram.

Eva chorava, afogava-se no próprio choro enquanto limpava o rosto de Aiko, no final ela que estava a cuidar de alguém. Carla a fez ter medo, praticamente arrancando suas damas de companhia antes mesmo de conseguir intervir e ser presa logo após, mesmo tendo força o suficiente para corromper cada fragmento daquele castelo, não adiantaria para impedir aquela doentia demonstração de combate. Por entre comentários dos próprios serviçais e nas palavras de Aiko, quem havia ficado traumatizado era Tsukinami Shin que não esperava que eles iriam usufruir da falta de objetos da prisão. Mina não estava com elas no momento por ordens de Carla, mas durante o confronto no salão principal ela acabou sendo a primeira a ser atingida por um nobre do clã serpente, poderiam se passar os anos mais adversários, raramente hesitavam em escolher ela como fragilidade.

Subsequentes lutas corpo a corpo, alegraram a personalidade sádica de Carla, que colaborou para revogar a soberba dos opositores que arrancaram o olho de seu irmão, e tendo conhecimento que apenas uma das partes sairia debilitada e outra com um decréscimo, fez questão de assistir bem de perto. De início o Tsukinami não levantava suposições a respeito do empenho dos Sakamaki durante uma batalha seguida de humilhações, pois duvidava da união deles, que acreditava ser a única maneira de saírem com apenas alguns ferimentos, mas se surpreendeu, quando duas frases em específico fizeram um aristocrata do clã serpente ter sido despedaçado diante de seus olhos e pondo um fim no confronto, onde apenas o rei sabia sobre as regras.

– Chérie.– Disse Aiko afastando o lenço que estancou o sangramento de seu nariz .– Pare de chorar, seu rosto deve estar vermelho de tanta água que derrama.

Ela tateou o ombro de Ayato que estava deitado ao seus pés,ele resmungando que o piso era gélido e muito mais confortável que a cela.

– En...Que foi, Aiko?– O Sakamaki esbravejou ainda sentindo a dor na região.

– Veja Ayato deslocou o ombro e não está chorando tanto.– Aiko cruzou as pernas na cama para evitar bater acidentalmente no primo.

Komori passou a mão sobre as bochechas e engoliu um pouco as lágrimas.

– Mas eu chorei! – Ayato argumentou.– Pedi um favor ao bastardo do Subaru, disse para puxar no três e o idiota nem me deixou contar!

Aiko escondeu o riso, ela estava sem a venda na situação e pode contemplar algumas interações cômicas, quando Subaru realocou o ombro de Ayato, no instante que se escutou um estalo ele arregalou os olhos que já estavam reluzentes por causa das lágrimas e abriu a boca mais o xingamento veio segundos depois.

– Você levou uma rasteira do Kanato quando estávamos voltando.– Ayato achou a vez dele de rir.– E ficou puta da vida depois que eu disse que tinha sido o Laito.

Aiko sabia que o primo estava sorrindo, ele estalava língua enquanto aguardava sua resposta.

– Ele pegou a minha mão e me tirou do chão, Ayato.– Ela voltou a pôr gelo na região da boca.– Não tinha como adivinhar que ele estava bravo por não ter sido "babá" do Laito.

Ayato deu uma gargalhada quando Aiko encenou a forma de balançar um recém nascido no colo. Eva estava gostando da forma como eles a estavam distraindo, não sabia dizer se era inconscientemente ou proposital, mas adorava ver eles sorrindo.