Natalie dormia profundamente em sua cama, enquanto Gabriel organizava sua agenda.

  Era muito difícil sem ela como ajuda, nunca lhe havia lhe passado pela cabeça o quanto ela o ajudava.
 
  E, por sua culpa, agora, ela estava confinada a uma cama.

  Deveria ter mais autocontrole, sabia onde iria dar.

  E era exclusivamente sua culpa, tudo o que lhe acontecera.  Tudo graças à sua incapacidade de deixar o passado para trás.

  Graças a ele, Natalie sofria.

  Ele sabia que, muito mais do que ela o permitia ver. Era um egoísta inútil.

  Tudo isto graças à sua incapacidade de deixar as coisas fluírem.

  Um ruído soou, e ele percebeu que havia quebrado a caneta, que usava no tablete.

Vendo que não iria ter algum progresso ali. Ele se sentou na poutrona logo no canto da parede, e apoiou a cabeça nas mãos.

  Não era mais capaz de ignorar sua preocupação com Natalie, ela estava fraca e doente, muito além do que ela lhe deixava ver.

  Sabia que ela vivia constantemente sonolenta, tonta e extremamente fraca. À ponto de se quer fazer uma pequena caminhada pelo quarto.

  Às vezes se quer conseguia ir ao banheiro. Não seria de admirar se um dia lhe encontrasse no chão!

O que não duvidava que já tivesse ocorrido. Mas, ela era teimosa! Nunca o deixava vela em sua real condição.

  E ele sabia disso! O que, só o preocupava mais.

  Porque, se ela só se mostrava a ele o mais saudável possível, o que era ela doente à ponto de se quer, conseguir passar mais que alguns minutos de pé! Mal podia imaginar como realmente estaria.

  E, dessa vez, estava decidido! Iria derrubar sua fachada, não podia mais permitir, que ela lhe escondesse o quanto estava fragilizada.

  Se levantou, e decidido foi até ela.

  Ao, chegar à porta de seu quarto, deu um longo suspiro, e entrou.

Olhou e, viu! Não a cena que precisava, mas uma com certeza mais agradável.

  Natalie, dormia profundamente  em posição fetal.

  Sentou-se, na cama e a observou tristemente,  era tão frágil, mesmo se fazendo de forte.

  Para ele ela era como uma... Borboleta, com asas de titânio, aparentemente de um material forte, mas que na verdade era tão fina para manter sua capacidade de decolar, que ao menor toque rasgaria! Vestida para passar impressão de força, mas ainda mais frágil, do que seria se fosse como as outras borboletas.

  Ele não suportava vela com essa armadura, que no fim, só a machuca mais.

  Ela fingia ser forte, mas era mais frágil que a maioria. Ela precisava de alguém para ver além da armadura. Alguém para protegela.

   E ele estava decidido a ser esse alguém, para ela.

  Ele emoldurou o seu rosto com uma mão delicadamente. Ela era tão linda.

  Uma beleza delicada. Uma bela com feições finas.

  Por que, por mais, que, tentasse esconder, ela era delicada.

  Era, sua pequena, borboleta!

  Ela se arrepiou durante o sono, estava com muito frio. E como o protetor que ele estava decidido ser para ela. Ele deitou, ao seu lado e a abraçou durante o sono, a protegendo do frio e qualquer outro mal que ele pudesse.

  Ela se aconchegou nele, e ele a abraçou mais forte, acariciando seus cabelos macios.

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora