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  Seu corpo despertava lentamente. Seus olhos piscaram preguiçosamente, até ganharem foco. Sua cabeça doía.

  Sentou-se na cama. Levou a mão à cabeça, e  num gesto elegante, apoiou os dedos na face. Sentia a mente girar.

  O choro lhe provocara uma enxaqueca. Gabriel não estava mais ali, deveria ter saído durante seu sono.

  Gabriel...

  Ela sorriu, ao se lembrar dele, ele havia superado Emile. Havia a superado e queria estar próximo dela.

  Ele a queria próximo dele.

  Não seria imprudente de pensar que já se dera conta que lhe ama. Não se iludiria, isso deveria levar algum tempo.

  Mas, talvez ele logo se desse conta, e aí, ela estaria aqui pra ele. Ela iria estar esperando por ele.

  Sentiu um espasmo de dor e se encolheu. Seu corpo estava à torturando. Odiava se sentir assim.

  Ela precisava tomar um banho, para aliviar essa dor. Levantar, lhe custou. Cada passo, lhe era pesado. Ao chegar à soleira da porta, se apoiou nela e sentiu um espasmo intenso de tremores, se apossar de seu corpo.

  Ela se escorou na porta e foi descendo lentamente até o chão, não tinha mais forças.

  Encostou sua cabeça ali e se encolheu fraca, seus olhos ficaram entreabertos. E dali não conseguia reunir forças.

  Ele iria checar como Natalie estava. Ela dormira o dia inteiro. Fora a checar duas vezes. Todas as duas ela, perecia não dar sinal de acordar.

  Ele ficará somente com sua blusa de baixo. Uma blusa estilo social simples.

  Saira no corredor, e fora até sua porta. Se ela já tivesse acordado, teria que fazê-la comer o máximo possível.

  Ele abriu a porta... Ela não estava na cama.

  Ela estava apoiada na porta fo banheiro, no chão!

  Ele correu até ela, e se abaixou. Ela estava sentada no chão, com o corpo apoiado na porta do banheiro. Sua cabeça tomabava no ombro, e seus olhos só ficavam ligeiramente entreabertos.

  Ele a pegou no colo. Seu corpo estava mole em seus braços. Ele se desesperou.

  - Gabriel... - sua voz era um sussurro fraco.

  Ele pôs a mão em sua testa - Shhh... -

  Ela estava ardendo em febre!

  Precisava de um banho, urgente! Ele a carregou para o banheiro, já aberto.

  Ligou a água da banheira, e sentou com ela no colo esperando.

  Ele a abraçou no colo, e passou a acariciar seus cabelos - Shhh... vai passar... - ele lhe sussurrava ao ouvido.

  A benheira encheu, se deu conta. Ele se levantou com ela nos braços, e a colocou na banheira.

  Ela tentou resistir um pouco, pela água fria. Mas seus protestos, se comparariam à conter um gatinho fraco.

  Quando ela, se deu por vencida, ele tirou sua propria camisa, para não molhar.

  - Para... ! - ela sussurrou, em algum momento.

  Lágrimas lhe escorriam dos olhos - Por favor...! Eu não quero! - Ela se fez ouvir - Para! Para! Eu não gosto... !- ela se debatia na banheira. Seu choro, agora era intenso.

  Ele a segurou. Ela estava tendo um delírio.

  Ela se jogou nele o abraçando - Gabriel, não deixa ele fazer, isso comigo, de novo! -  ela pedia desesperada.

  - Eu não vou deixar - ele lhe tranquilizava.

  Ele lhe olhava em seus olhos marejados, enquanto molhava seus cabelos, com a mão em concha

  Ela descançancou, a cabeça em seu peito e ele passou um braço ao redor de seu ombro.

  Molhava sua cabeça, quando ela lhe sussurrou - Eu te amo... -

 

 

 

 

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora