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  Ela não sabia o que falar, a surpresa tinha paralisado seus pensamentos, estava ao mesmo tempo feliz e estupefata! Ela não sabia mais como formular uma frase, não tinha noção do que devia fazer, estava paralisada!
  Então, com sua demora ela viu o rosto já nervoso e inquieto de Gabriel, muchar, viu ele adicionar uma leve tristeza em suas feições. E ela ficou nervosa com aquilo, não queria que ele perdesse as esperanças, queria aquilo mais que tudo, queria, almejava, mas as palavras lhe fugiam dos lábios e ela não conseguia lhe responder. Então ela viu Gabriel lentamente levantar à sua frente e desesperançoso e cabisbaixo lhe fitar - Eu entendo se você achar isso muito rápido e não quiser isso agora , ou se até mesmo não quiser nunca... - ela o interrompeu nervosa - Não! Não é isso! - as palavras saíram apressadas de sua boca. Ele lhe fitou - Então o que é? - ele lhe perguntou. Ela queria lhe responder mas as palavras fugiam de sua boca, ela tentava formular uma frase sem sucesso quando viu o rosto de Gabriel começar a se entristecer novamente, então ela não pensou duas vezes, não sabia como lhe responder de outro jeito, ela pulou em sua boca lhe beijando, e ele foi tomado pela surpresa, estupefato pelo beijo repentino e sem pensar duas vezes passou uma mão por trás de suas costa e a outra por debaixo de seu quadriu a levantando em seu colo e aprofundando o beijo, ela fechou os olhos com cada mão segurando cada uma um lado de seu rosto, o beijo doce e marcado de sentimento até o momento em que se separaram e ela olhou em seus olhos, ainda em seu colo e ele perguntou - Isso foi um sim? - ela sorriu e lhe beijou novamente - Foi - ela lhe respondeu quando se separaram. Ele sorriu com a felicidade lhe tomando o rosto, e com aquele sorriso largo ele lhe girou com ele, ainda em seu colo, com as mãos segurando em seus ombros e ela sorrindo enquanto rodopiavam no ar. Eles gargalharam felizes, os dois já não se contendo mais com eles tão apaixonados um pelo outro.
O sol já tinha se ído, e a noite lhes fazia companhia agora, o vento frio soprando per eles, ele a pôs no chão, as mãos segurando seu rosto, com um dedo delizando pela linha de sua mandíbula, numa carícia suave, e ele que beijou novamente, dessa vez suave como o vento que soprava por eles, como uma carícia de um doce amante, eles se pararam em um suspiro suave, e ela pôde olhar em seus olhos com todo sentimento suave que tinha agora, como se olhar chegasse a ser uma carícia suave. Eles se encaravam apaixonados e em algum momento ele puxou sua cabeça para junto de seu peito lhe abraçando, apoiou seu rosto em seu peito, acariciando seus cabelos, e ela se deixou levar pelo momento, somente sentindo aquilo que ele tinha para lhe dar.
E em algum momento ela foi pega de surpresa com ele lhe levantando em seu colo e lhe carregando até o elevador, lhe fazendo dá um gritinho e passar as mãos em volta de seu pescoço se apoiando nele. Ele riu levemente dela, lhe fazendo corar com vergonha e enterrar o cabeça em seu peito. Ele desceu com ela pelo elevador até o per da torre e lá ela pôde ver o carro já esperando por eles com, ela apostaria, Gorila dentro pronto pra levar eles para casa, e ele carregou ela até lá, e entrou com ela dentro, pelas portas de trás, e ela pôde ver a parede do carro levantada para dá privacidade para eles, ele se sentou com ela logo ao lado e apoiou sua cabeça em seu peito, e ela se deixou relaxar em seu colo, com ele lhe acariciando os cabelos, em silêncio.
  Seguiram a viagem assim, somente degustando em silêncio a presença um do outro, e ao chegarem lá ele lhe carregou até seu quarto, lhe deitando na cama com cuidado e acariciando seus cabelos levemente, para logo depois se deitar junto dela, lhe abraçando pelas costas e acomodando seu corpo ao dele, lhe envolvendo em um abraço que ela queria mais que tudo, desejava mais que tudo, ainda mais quando ainda sentia as mãos de Roberto em si. Desejava sua proteção poder esquecer o toque dele, o terror e o medo, precisava de Gabriel para poder ofuscar a sensação dele tocando sua pele, de sua boca nojenta na sua, e a dor que aquilo causava, precisava dele, de alguém especial e que sabia que lhe amava, e que espantava somente com sua presença, todas as coisas ruins que pudessem lhe atormentar. E ali, protegida com seu amor, aconchegada em em seu peito e segura de tudo que pudesse lhe fazer mal, ela foi embalada para longe em seus sonhos,foi levada pata um lugar distante e que até mesmo lá sentia o aconchego suave e seguro, de Gabriel. E ali teve bons sonhos.

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora