Rosa de Vidro

28

Gabriel sentado na cama, olhava para ela adormecida de bruços no colchão. Ela estava tão abalada!

Mesmo com sua natureza forte ela derramava horrores de lágrimas! Depois de chorar por horas ela finalmente havia sido embalada para os sonhos, sonhos estes que ele esperava que fossem bons para ela, embora achasse ao contrário!

Não queria que tivesse pesadelos quando descansava!

Ele afagou-lhe as costas. Sua borboleta estava machucada por dentro!

Dusu flutuou até perto de seu rosto - mestre! Ela vai ficar bem? - seus olhinhos transmitiam sua urgência!

- Ela vai sim! - ele lhe garantiu.

Ela ía! Ela era forte! E ele garantiria que ficasse! Não iria deixa-la sofrer mais! Iria fazê-la feliz! Ou tentaria o máximo que pudesse.

- Eu vou ficar com ela - Dusu flutuou até ela, deitando aninhada em meio seus cabelos.

Ele fitou sua frente. Ele se sentia perdido. Com sua borboleta machucada ele se sentia desolado!

Olhou no relógio, já passavam das três da tarde! O calmamente que aquele canalha tinha usado nela, tinha a feito dormir por horas!

Não conseguia suportar imaginar ela acordando assustada, presa em algum lugar com ele! Com medo de ser ferida! Ou com fome! Frio! Sofrendo,  longe dele!

Não conseguia pensar nela passando por algo ruim!

Mal conseguia imaginar o aconteceria se ele não tivesse chegado à tempo! Ela longe dele! Assustada, com medo e confusa!

Nunca se perdoaria!

E nunca mais cometeria um deslize desse! Saíra de perto dela vulnerável! À deixando com um narcisista psicopata!

À deixou sozinha para ir numa reunião que pela manhã descobrira ser falsa!

Tudo planejado por aquele porco sarnento! Tudo pra que ele pudesse levá-la!

Tinha ódio dele! O faria pagar!

Não seria bobo de chamar a polícia! Não quando ele parecia se sentir seguro em sequestrar sua mulher, bem debaixo do seu nariz!

Ele sendo irmão de Auduey deveria ter bastante influência! Com certeza não fizera isso apostando na sorte! Fizera por que sabia que as autoridades se deixariam subornar por um bom preço!

Não confiava nas autoridades para esses serviços! Não quando sabia que podia ser facilmente enrolado! Ele mesmo cuidaria desse caso e,   garantiria que ele teria o que merece!

Olhou sua borboleta.

Ela estava tão abatida! Dormia de bruços ao seu lado apoiada num travesseiro. Seus cabelos caiam sobre o rosto, escondendo as manchas das lágrimas secas em seu rosto, seus olhos abatidos...

Ele saiu. Descerá até a cozinha, no andar de baixo.

Lhe preparara um lanche, mas olhou para ele! Seu lanche de sempre parecia tão sem graça!

Iria lhe fazer algo para lhe afastar as mágoas! Não se importava se ela iria lhe reclamar que saíu da dieta!

Pegou as coisas da despensa e, começara a preparar!

Preparara uma torta de frutas vermelhas bem feita! Lhe servira, com uma colher de sorvete de balninha!

Levara para ela!

Ele lhe acordou com a mão em suas costas - Natalie... - ela lhe olhou sonolenta.

Dusu saiu de sua cabeça.

- Venha comer o doce que fiz pra você borboleta! - ele lhe ajudou à se sentar!

O calmamente que ele havia usado ainda lhe fazia efeito!

Teve raiva dele, por ela estar tão sonolenta!

Ele se sentou atrás dela, apoiando suas costas em seu peito - obrigado! - ela lhe agradeceu.

Ele passou a mão por seus cabelos lhe tirando do rosto.

Via que a cada colherada que ela dava a angústia em sua face diminuía! Os doces sempre nos faziam ficar melhor!

- Obrigado! Estava muito bom - ela lhe agradecia com uma cara manhosa e uma vozinha chorosa, típica de quando estamos tristes e descontamos na comida!

Ele riu! Pelo menos isso era bom! Ela parecia uma criancinha manhosa! Era fofa

Nuru veio até ela lhe fazendo um carinho na cabeça, enquanto Dusu deitava na curva de seu pescoço.

Era fofo!

- Eu quero lhe levar pra sair amanhã! - ela lhe olhou - vamos tirar isso da sua cabeça! - ela lhe assentiu, encostando a cabeça em seu peito manhosa!

Ele passou os braços ao redor da sua cintura.

E lá eles ficaram, na companhia um do outro.

Todos por ela! A sua querida borboleta!