Ele chorou ali no chão, os joelhos rendidos à dor, abraçado ao vestido da sua amada, o fino e delicado tecido, acomodado junto ao seu rosto, sentindo o seu leve perfume, de café e frutas vermelhas; o cheiro da sua Borboleta, o cheiro que ele queria poder sentir para sempre, com sua dono ali junto à ele, deitada em seus braços, protegida e segura junto à ele.
  Tê-la ali, para que a dor em seu peito diminuísse e sua saudade passasse, para que pudesse lhe proteger e cuidar.
  Mas isso se tornou difícil, impossível de se conseguir, por que agora, como tudo que ele mais temia na vida, ela tinha sido arrancada dele, tinha sido levada por um homem nojento, para longe dele; para ser maltratada e torturada como nunca poderia suportar!
  Ele já podia sentir sua dor em si, se apossando do peito dele, apertando e torturando, ao ponto que seu ar lhe fugiam da respiração, e ele sufocava, engasgando com o choro!
  Ele não podia suportar aquilo! Ele não podia respirar sentido aquilo!
  O desespero de que sua Borboleta fosse machucada! Ferida! Doeria muito menos se tudo aquilo fosse na sua pele, se ele fosse torturado em seu lugar, se ele fosse ferido e maltratado! Doeria muito menos, sentir a dor em seu lugar do que ver ela sofrer!
  Mesmo não vendo de fato, mesmo nunca presenciando o que sua Borboleta teria que passar, mesmo sendo ignorante, doeria muito menos, sofrer tudo no seu lugar, só para ter certeza de que ela não sofresse um arranhão se quer, só para ter certeza de que ela não sofresse uma dor se quer!
  Ele faria qualquer coisa para que ela ficasse bem,faria qualquer coisa, e na mais mínima possibilidade trocaria se lugar com ela!
  Mas isso nunca seria possível! Nunca poderia trocar de lugar com ela, pois aquele louco sádico, do Diogo Roberto, queria ela como se fosse tudo o que mais precisava no mundo, como se ela fosse uma boneca rara de coleção, que ele desejava mais que tudo, somente para lhe por em sua prateleira e lhe ter em sua posse, para brincar com ela, como se fosse um brinquedo!
  E isso, lhe consumia de raiva! Ele lhe tratar como se fosse uma boneca que queria pata si, como se fosse um brinquedo dele, que ele queria jogar e brincar de todas as formas, lhe torturando cruelmente!
  Ela não era uma boneca! Ela não era sua! E ele não podia usá-la como se fosse um brinquedo seu! Não podia brincar com ela, como se fosse o seu brinquedo favorito, que ele gostava de quebrar pouco à pouco, de forma cruel e desumana!
  Ele não podia fazer isso com ela!
  Não, não podia...!
  E então, com nova determinação, ele se reergueu do chão! Com determinação de não deixar que ele fizesse aquilo com sua Borboleta, com sua Natalie! Que ele não brincasse de quebrar a boneca, com seu amor!
  Ele não deixaria que ele lhe quebrasse, que lhe machucasse mais!
  Então ele se reergueu do chão, lentamente,  com seus joelhos flexionando e o vestido seguri em seis punho, junto aí peito. Ele se levantou, somente para não deixar que nada daquilo acontecesse à sua borboleta e que ela voltasse, inteira e segura para junto dele, ele pudesse novamente lhe ter em seu peito, abraçado junto à ele, para que ele pudesse lhe proteger.
  E então ele ligou, com seu corpo e alma, afastados um do outro, longe de qualquer razão que pudesse lhe ter, somente o choque e foco lhes dominando. Ligou para o número do homem, que era oais indicado para a tarefa, maior detetive investigador que existia na França ou na Europa inteira:
  - O que deseja, Gabriel Agreste, depois de tantos anos que não ligava para meu número?! -
  Ele lhe atendeu imediatamente, com sua voz arteira. O homem que ele não falava à séculos,  desde de que um enorme caso havia sido solucionado em sua vida. E ele lhe respondeu:
  - Preciso de você,  Damian! -
  O foco e determinação, dominavam a sua voz. Assim como o longo final se fechava em sua alma!
  E era assim que as coisas começariam à ficarem sérias, seria à partir daí que Diogo se daria conta de com que havia se metido, e qual seria o preço por encostar na sua Borboleta!
  Na sua Natalie!

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora