Ele estava acordado; o sol brilhava dentro do quarto, com sua luz atravessando a grande parede feita vidro que tinha ali, deixando o ambiente com uma agradável luz matinal, que lhe encantava, mas, o que de fato lhe encantava os olhos não era a luz do sol matinal, não se tratava de algo tão relés como aquilo comparado ao que tinha ali. O que de fato lhe encantava era a mulher deitada ali junto a ele; a pessoa pequena que se encontrava ali, com as costas encostadas em seu peito, dormindo num sono tranquilo que lhe fazia se perguntar, como havia alguém tão perfeito quanto ela. Ela era linda, em seu sono tranquilo, seu corpo frágil encostado ao seu, permitindo que ele pudesse estar junto à ela, e, como uma pequena parte selvagem sua, desejava, lhe protegendo junto a ele; seu belo rosto tranquilo em seu sono, sua pele brilhando à luz do sol. Ela era perfeita, era totalmente perfeita, e era linda, linda como uma poesia, era um deleite lhe ter por perto, era tão, que chegava a ser doloroso pensar em ter que se separar dela! E... ela era sua noiva! Se permitiu medir o peso das palavras; ela era sua noiva e ele mal podia crer nisso, mal podia sentir a importância disso. Ele não conseguia acreditar de um todo, que, ela, ela em toda sua perfeição, agora era sua noiva; ele não podia acreditar que ele, simplesmente ele podia ser noivo dela, dela que era tão perfeita, e ele que era tão errado, tão o oposto disso, o oposto dela! Ele não merecia, não, de fato, não merecia, mas como o egoísta que era, nunca se permitiria se largar dela, enquanto ela não assim desejasse, não abriria mão de nenhuma parte sua enquanto ela lhe quisesse; megulharia até o fim do oceano, somente para tê-la em seus braços; faria qualquer coisa por ela, faria tudo, lhe daria tudo que tinha dentro si, somente para tê-la; ela valia tudo, ela era tudo e tudo ele faria por ela, nunca lhe abandonaria por nada nesse mundo, nunca!
  Ela se mexeu levemente em seus braços, e ele passou uma mão por seus cabelos, os tirando delicadamente de seu rosto, com cuidado para não machucá-la ou acordá-la, e se lembrando que tinha assuntos dos quais cuidar, com muito lamento ele lhe beijou, delicadamente o topo de sua cabeça e se levantou do seu lado, para poder começar o seu dia; ele se levantou com cuidado para não acordá-la, e se dirigiu até a porta pisando silenciosamente e chegando lá, ele parou em sua entrada, olhando para ela. Ele lhe admirou, tão doce...! Ele não pôde se conter e foi mais uma vez à ela, lhe dando um deijo na testa, para então sair de fato para seu trabalho; era doloroso deixá-la ali, sabendo que teria que ficar longe dela, mesmo que fosse uma distância tão pequena, já era o suficiente para ele, ele desceu a escadaria lhe lhe levava para seu escritório e lá, ele teve que continuar o seu dia. Mas não era só aquilo, ele não tinha só os novos modelos com que se preocupar, ele sabia, tinha mais, ele tinha que se livrar do homem que tentou sequestrar Natalie. Ele tinha que se livrar do motivo que lhe causava um nó na garganta, tinha que se livrar daquilo. Ele tinha que mantê-la segura!
  Ele apoiou seus cotovelos no lugar que costumava fazer seus desenhos, ele passou a mão por seu rosto, bagunçado seus cabelos; ele tinha que dar um jeito naquilo! Sabia que ele era poderoso, mas até mesmo ele não conseguia dar jeito em tudo, e ele tinha que se livrar dele, tinha que manter Natalie segura dele! Mal conseguia suportar lembrar da cena dela presa por ele, mal conseguia imaginar que ela passa-se por aquilo denovo! Ele estava fazendo de tudo, estava fazendo tudo o possível para se livrar dele, ele já tinha colocado pessoas para lhe caçarem, tinha feito tudo que podia, mas, ele sumiu! Ninguém conseguiu encontrá-lo! Ninguém!
  E... ele sentiu o corpo estremecer! Se virou olhando para as escadas que lhe levariam para o quarto que sua borboleta estava, ele estremeceu; se ele não conseguisse lhe encontrar... Sabia que se não conseguisse, sua borboleta nunca estaria segura, seria só uma questão de tempo até que ele viesse denovo atrás dela; e ele não podia permitir que isso acontecesse! Não podia deixar que acontecesse! Ele engoliu em seco; sabia que ele era poderoso o suficiente para lhe encontrar, mas... Ele também sabia que ele também era; ele era tão poderoso quanto Gabriel, mais enquanto Gabriel jogava limpo o histórico de seu inimigo lhe indicava o contrário se tratando dele; ele sabia que ele também era poderoso e que para lhe vencer teria que fazer de tudo para manter Natalie à salvo; era uma guerra de poderes, e ele teria que fazer de tudo pra vencê-la, teria que fazer de tudo, pois sabia que essa guerra se tratava do destino de Natalie e não podia permitir que ele botasse às mãos nela! Não podia permitir que ele lhe machucasse, não podia deixar...

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora