Ele esperava em suspense sua Borboleta se acalmar de seu choque. Ela estava assustada, qualquer um podia notar; e ele fazia tudo que podia para que ela ficasse bem, para que melhorasse. E Depois de alguns minutos que mais lhe pareceram horas, ele pode sentir sua respiração descompassada se suavizar, mas ele continuou abraçado à ela até que seu respirar voltasse de vez para o ritmo certo. E então ele lhe olhou em seus olhos; olhos esses que talvez para qualquer outro, poderia esconder o quanto havia terror ali, mas não para ele; não, não importava o esforço que eles fizessem eles nunca poderiam esconder dele o que lhes havia por trás.
  Ele olhava através da sua alma; ou pelo menos essa era a sua intenção, e então ele lhe perguntou querendo poder lhe tocar o seu coração, para que dali tirasse toda e qualquer coisa que lhe machucasse:
  - Melhorou, Borboleta! -
  Ela lhe assentiu confirmando sua pergunta, com os olhos tão brilhantes em lágrimas que lhe chegava à doer o coração; aquele olhar entristecido lhe tocava a alma de uma forma que podia senti-la se rasgar ao meio de tanta dor.
  Ele lhe olhava nos olhos, compartilhando junto dela daquwla emoção tão fria e atormentadora, até que escutaram uma voz lhe chamando:
  - Com licença... -
  Uma voz incomodada lhes interrompeu, e continuo dizendo:
  - Eu lamento interromper, mas preciso do depoimento da dama -
  Um policial, que em algum momento chegou ali, lhes disse aquilo. E ele olhou para sua noiva, olhou dentro de seus olhos de uma maneira melancólica que contia uma pergunta que ela sabia bem qual era: "você está bem para fazer isso, Borboleta? ", e ela lhe respondeu sem nem mesmo abrir a boca, somente lhe transmitindo a resposta com seus lindos olhos; sim, ela estava bem para fazer isso, estava pronta para relatar tudo que lhe havia ocorrido.
  Ele se separou dela, se afastando para o longe, deixando que o policial fizesse seu trabalho. E então ele viu o homem recluso no canto daquela recepção cercada de estantes de livros, o homem que além de Gorila e Penny, ajudara à salvar Natalie; ajudara sua Borboleta, e então ele foi até ele, para lhe agradecer pelo que fizera por sua noiva, pra agradecer por ter lhe livrado de um pesadelo de tamanha magnitude. Pelo que seu segurança lhe contara pelo telefone; se não fosse por ele, eles jamais teriam achado Natalie à tempo, e provavelmente agora ela estaria em algum lugar longe, sendo ferida e assustada por pessoas más que não se importariam em ferir-lhe e maltratar; poderia estar agora, sendo levada até Diogo Roberto e seria ferida e machucada de uma forma lhe ele mesmo não conseguiria suportar se quer ver, e não podia imaginar como ela ficaria, como ficaria o rombo em seu peito, que seria causado por um homem tão cruel! Não podia imaginar o tamanho de sua dor.
  Ele chegou até o homem e lhe chamou atenção, quetendo lhe agradecer, tocou em seu ombro e disse quando ele lhe olhou:
  - Obridado, pelo que fez -
  Ele deixou sua urgência transparecer na voz:
  - Muito obrigado pelo que fez por ela e por mim -
  Seus olhos não podiam deixar de transmitir o quanto estava afetado. E ele lhe respondeu:
  - Não precisa me agradecer. Não fiz nada além da minha obrigação -
  Ele mirou sua noiva com uma preocupação bem aparente:
  - Ela está melhor? -
  Ele lhe perguntou, e Gabriel lhe respondeu também olhando para Natalie:
  - Sim! Ela é forte, ela vai superar isso rápido! -
  Ele não disse nada mais que a verdade e em seu interior, ele se srntia orgulhoso, muito orgulhoso por ela.
  O homem sorriu aliviado com sua resposta, e disse à ele:
  - Que bom, senhor...? -
  Gabriel lhe respondeu:
  - Gabriel! Senhor...? -
  Ele também perguntou seu nome. E ele respondeu:
  - Julien! Me chamo Julien, senhor Gabriel!
  Ele lhe apertou a mão e Gabriel lhe correspondeu:
  - Muito obrigado, Julien! Não tem noção do que fez por mim e por ela! -
Ele lhe agradeceu e sem que ele lhe esperasse o policial lhe chamou:
  - Senhor! Ela há deu seu relato, então para que não haja mais estresse para ela, seria bom se o senhor como noivo dela, à leva-se para casa -
  Ele indicou Natalie e prontamente se despediu de Julien,  preparado para levá-la para casa.
  Eles foram foram no mesmo carro que ele firigira até aqui, por que diferentemente deles, Gorila não estava liberado para ir para casa logo; mas também era porque ele não queria mais alguém ali com eles, não queria que ninguém mais compartilha-se daquela vulnerabilidade com eles, não queriam ninguém mais com eles. Então eles iam ali, ela sentada do seu lado, com um cansaço aparente em seu rosto e ele só não se deixando esquecer de tudo porque precisava dirigir. Eles chegaram em casa e os dois foram direto para o quarto, em um total silêncio, mas que mesmo sem palavras dizia muito; ao chegarem lá se olharam nos olhos, um de frente para o outro e com tudo aquilo que havia acontecido, pairando no ar entre eles; nem ele nem ela foram capaz de se conterem mais, os dois começaram à sentir os olhos molhados de lágrimas e se abraçaram as deixando rolarem por seus rostos, sentindo o alívio de deixarem seu medo escorrerer em forma líquida pelo rosto molhando suas faces e roupas e então ele puxou sua cabeça para mais junto do peito, de forma protetora, tentando alivia-se sentindo seu corpo junto ao dele. Tentando sentir-se capaz de cuídar-la e protegê-la de todo mal que lhe pudesse tentar ferir. Tentando mantê-la segura de qualquer mal que pudessem lhe fazer.

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora