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  Ela soluçava, enquanto se segurava nele, com todas as suas forças.

  A angústia, em seu choro lhe partia o coração. Era tão sofrido.

  E ela suportará, essa dor sozinha por anos, sempre ajudando, sempre se pondo em segundo lugar!

  Ela soluçou mais uma vez, seu corpo tremeu!

  - Borboleta, o que te feriu tanto - ele perguntou - o que, aconteceu com você? - ele estava angustiado.

  - Foi ele! Foi ele Gabriel! - sua voz, era tão sofrida - ele me machucou! - ela estremeceu.

  Ela lhe confirmou.

  Ele sentiu raiva, intença, e descomunal!

  - Me conta! Me conta Natalie, quem é ele?! - ele estava possesso!

  Ele o mataria! Ele o mataria, lento e  calmamente, por ter ferido sua borboleta!

  - Eu não sei. Eu não sei quem é ele - ela sussurrou embargada - eu só vi ele uma vez -

  - Você não sabe, nada? - ele queria, saber quem esse maldito era! Ele queria poder ir atrás dele, e lhe fazer pagar por tudo o que fizera a ela.

  - Não - ela, parecia cansada - eu só sei um nome -

  - qual? - se aquilo o levasse a encontra-lo 

  - Roberto - sua voz, carregava medo, ele a apertou em seu abraço.

  - Só? - ela assentiu.

  Era um nome bem comum, não teria como encontra-lo, só com isso.

  Ele se entristeceu, não conseguiria vinga-la só com isso! Mas não desistiria tão fácil! Ele a vingaria!

  - O que ele fez? O que ele fez pra lhe ferir tanto borboleta? - ele a abraçava, como se fosse um cristal.

  - E-e-ele... - ela estremeceu.  E ele a apertou mais em seu abraço.

  Ela não conseguia dizer!

  E ele sofria por ela. Sofria por saber que a feriram de forma que mesmo agora, ela se que conseguia pronunciar.

  Ele lutava contra suas próprias lágrimas, para poder ser forte para ela.

  Para poder consola-la. Para poder cuidar dela!

  Ele segurou com a mão  em concha sua nuca, lhe apertou mais em seu abraço, e apoiou o queixo em sua cabeça.

  Seu choro fazia seu corpo tremer, suas lágrimas eram incessaveís, seu próprio peito se angustiava com sua tristeza.

  E ele a segurou em seu abraço, segurou e segurou.

  Ele iria fazer esse Roberto, se arrepender de ter encostado seus dedos nojentos nela! Iria se arrepender de ter a ferido!

  Ele o caçaria, e só pararia quando este, pagasse.

  Pagasse por cada dor, que ela sentira. Por cada maldita lágrima.

  Disso ele tinha certeza.

  Ele sentiu, o seu corpo parar de tremer. Sentiu sentiu seus membros se afroxarem.

  Ele olhou para ela, ela havia dormido. Chorara, até adormecer.

  Ele se deitou com ela, aninhada em seu peito. Não a largaria, ele a protegeria.

  Enxugou suas lágrimas, e beijou sua testa.

  Ele protegeria sua borboleta. Sua doce e linda borboleta.

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora