Ela estava boquiaberta!

Não conseguia acreditar, que ele gostava de romances!

Desta vez, fora pega de surpresa. Nunca lhe passara pela cabeça que ele era tão feminino!

Feminino do tipo, o lado Yin, de Yin e Yang.

Mas, já devia ter imaginado. Nem todo homem tinha gosto pra costura, e tanto refinamento, à toa!

Sempre tinham um lado feminino, quando isso acontecia.

E os que eram assim, normalmente sofriam preconceito! Eram taxados como homossexuais! Quando na verdade nem todos não eram!

Só por terem gostos parecidos com os das mulheres!

E se fossem qual seria o problema? Quem gostava de quem, não era da conta de ninguém!

Ela achava, que tinham que haver mais homens assim assim no mundo.

Mais sensíveis, empáticos! Homens que viam a pespectiva das mulheres!

Seu peito afundou em uma mágoa antiga. Sim, isso era um desejo do seu coração.

- Natalie! - ele lhe chamou a atenção.

Ela olhou para ele, com a uma nos olhos.

- O que lhe deixou tão triste de uma hora para outra? - ele perguntou.

- Eu não estou triste - ela mentiu mal.

- Então, porque você está chorando? -

- Eu não estou chorando - ela falou, certa disso.

Em um movimento delicado ele enxugou uma lágrima, em sua face.

Ela se chocou! Como não havia notado?

Ele lhe olhou tristemente.

- Você sabe que eu sempre vou estar aqui pra você também, né? - seu tom era calmo e um tanto sofrido.

- O que aconteceu com você? Por que sempre está triste? Ou enfiada no trabalho, e o pior, desde de que nos conhecemos? - ele perguntou.

- Você sabe, eu já estive assim por um tempo, e o que me levou há isso, foi a perda de Emile - ele suspirou sofridamente - O que lhe levou há isso, borboleta, e por tanto tempo? - ele lhe perguntou lamentoso.

Ela se agarrou nele! Chorou pelo o que ele lhe fizera, pelo seu medo, raiva, tristeza e seu sentimento de incapacidade.

Ele segurou em sua nuca, à abraçando. A consolando em seus braços. E como ela precisava disso, precisava dele.

Precisava de alguém para lhe consolar, quando o sofrimento não couber no peito. Precisava de alguém para cuidar dela, quando ela precisasse. Precisava de alguém para lhe proteger, quando... Ela simplesmente, não conseguia, quando o medo, lhe dominasse, e ela paralisasse.

Quando o mal que lhe ofende, a deixasse incapaz. Quando ela precisasse ele estar lá.

Não o queria como uma bengala para se apoiar, alguém para que, lhe jogasse o seu fardo.

Mas sim, como alguém que lhe levantasse quando caísse. Alguém que lhe segurasse a mão quando ela perdia as esperanças. Alguém que lhe permitia chorar quando a angústia lhe dominava. E sim, alguém para se apoiar, quando a queda for tão grande a ponto de que não tenha esperanças de se erguer só!

E por isso, ela se permitiria chorar em seus braços às lágrimas grossas de todos seus anos de sofrimento, toda dor que infligiram.

O permitiria tocar em sua ferida ainda não cicatrizada, mesmo depois de todos esses anos, porque essa era uma ferida que nunca iria se fechar, por que o modo que lhe fora infligida lhe atingira seu âmago, seu seu ser de espírito, e o levara a definhar.

Precisava disso de alguém para lhe reeger, por que sozinha não tinha mais esperanças.

Por isso, ele a consolava, e enxugava suas grossas lágrimas, por que seu peito não suportava mais tanta dor.

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora