Ele observou suas mãos caírem ao lado de seu corpo, viu sua cabeça pender em suas mãos, enquanto o homem ali retirava lentamente sua mão com o pano, com uma expressão de choque no rosto. E então seu rosto de endureceu em raiva, e ele rosnou:
  - Está esperando o quê, para me dar a minha mulher?!! -
  Ele se iritou , que ele continuasse com ela em seus braços. E o homem, que parecia estar em estado de choque, se assustou com sua ordem, parecendo voltar à realidade e disse:
  - Sim, claro, desculpe-me! -
  Ele tinha uma expressão assustada e penosa no rosto, enquanto mirava Natalie. E então ele passou o corpo desacordado da sua mulher para seus braços. Estava claro que ele era um daqueles homens sentimentais demais, e que tinha medo de fazer qualquer coisa como aquela, e isso estava lhe irritando. Mas isso não importava mais, ele não precisaria mais lhe dar com ele, já tinha conseguido tudo o que precisava dele!
  Ele fora o responsável por conseguir sua entrada ali, por ter conseguido chegar à Natalie, e também seria por conseguir sair dali com ela, sem que chamasse atenção. Tudo que bastou foi lembrar de uma dívida antiga que tinha com ele, e se oferecer para quitar essa dívida e manter sua cabeça no pescoço, em troca de uma forma de chegar à ela. E enfim, ali estava! 
  Ele mirou a mulher em seus braços; era perfeita! Era encantador como podia ser tão perfeita! Admirou seu corpo esguio e delicado, era linda; e olhou para seu rosto, era bonito e delicado, de forma que ele não podia resistir. Ela poderia ter o coração de qualquer homem, daquele jeito, era impossível não se apaixonar por ela. Ele sentiu a boca secar, e também assim, ele se apaixonou por ela! Ela era perfeita e sem querer roubou seu coração, mas ele nunca deixaria isso barato!
  Ela roubou seu coração, e ele lhe roubaria por inteiro para si, jamais deixaria com que fosse de outro homem ou outro alguém, ela era só dele, e não lhe importava se não lhe quisesse, ela seria sua se qualquer jeito e à teria para si, para sempre!
  Ele observou seu cabelos pretos, ao redor dos olhos; ela era perfeita!
  E então, passou os braços por baixo de suas pernas, a suspendendo em seu colo, sentiu seu corpo, finalmente perto do seu depois de tanto tempo; era impossível não sentir um alívio por finalmente tê-la denovo!
  E então esbravejou com homem ali, que se assustou:
  - Está esperando o quê?! Me mostre logo a saída daqui, antes que aquele imprestável do Gabriel Agreste, tente vim tirar a minha mulher de mim!! -
  Ele esbravejou e o homem pareceu voltar à realidade, dizendo assustado:
  - Sim claro! Por aqui, existe um saída mais discreta que dará na garagem e por lá, você poderá sair em paz! -
  Ele foi lhe guiando depressa até saída e assim poderam por fim sair, sem que uma pessoa sequer lhe notar-se. E assim chegaram num elevador, que segundo ele, daria diretamente até a garagem e assim, ele poderia finalmente ir embora com ela. O sujeito parecia estar muito tenso, e isso já estava lhe irritando novamente, e ele já sentia vontade de lhe espancar, para que deixasse de lhe irritar. Mas enfim chegaram na maldita garagem e deixou sua raiva espairecer, sabendo que faltava pouco até estar livre com ela!
  E então ele chegou até o carro, esbravejando que ele lhe ajudasse à abrir a porta do banco de trás, para botar Natalie dentro. Ele a ajeitou deitada no banco e lhe deixou ali, fechando a porta, para então se dirigir ao banco da frente, e abrir a porta. Mas antes que pudesse entrar foi interrompido pelo homem ali, que lhe chamou atenção:
  - Agora eu estou livre da minha divida? E o senhor não vai mais querer me matar?! -
  Ele perguntou, claramente com medo, mas ele só lhe assentiu, respondendo:
  - Sim! Pode esquecer que eu existo, já pagou sua dívida! -
  Ele viu o homem se aliviar, ainda com uma culpa no olhar, e entrou no carro, o ligando e dirigindo para fora dali.
  E então ele foi à fora, pelas ruas de Paris, dirigindo para longe dali.
Então ele enfim se permitiu olhar para o banco de trás com sua mulher nele. A viu, dormindo encolhida, com os cintos de segurança lhe prendendo, notou seu rosto se franzindo durante o sono, e pensou: calma, meu amor, agora vamos ter toda eternidade para ficar juntos!
  E olhou para frente, dirigindo para fora da cidade, até onde iria lhe levar.
  Ele a teria para sempre, e nunca mais deixaria que ela fugisse denovo! Nunca mais!
 

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora