Rosa de Vidro

15

Ele se resetou surpreso. Ela disse, que...  lhe amava!

...Ela disse, que lhe ama! Por um delírio de febre, mas disse! Ele tinha seu amor!

Ela lhe amava! E ele, lhe ama!

Os dois se amavam!

Seu coração, se apossou de uma euforia, nunca sentida antes; nem com Emile. Não, nunca havia sentido isso com ninguém!

Era algo, que só poderia ter, com sua Borboleta. Só ela teria esse privilégio!

E ela lhe amava, nunca estivera mais feliz. Ele já tinha seu coração. E isso nunca teria valor.

Nem se lhe oferecessem, todas as estrelas do céu, todas as riquezas do mundo, ou até mesmo Emile de volta; nunca aceitaria! Nunca trocaria, sua Natalie, por nada!

Sua Natalie. Sua borboleta! Seu maior tesouro! Daria tudo por ela. Sua fortuna, sua reputação, sua vida! Por ela!

Tudo! Tudo por ela!

Ela era seu objetivo de vida agora! Cuidar dela! Fazê-la feliz! Era o que mais queria, dali por diante!

Por isso, ele cuidou de sua febre. Rogara por ela, a fio!

Molhava sua cabeça quente com afinco e cuidado. Acariciava seus cabelos molhados, com seu corpo mole em seus braços.

Ficara com ela, abraçado cuidando de sua febre. Seu corpo frágil e pequeno em seus braços, sua cabeça tombada apoiada em seu peito.

Ela lhe parecia uma boneca de porcelana em seu colo. Tão frágil e delicada, que cada vez que lhe tocava, com seu toque bruto masculino, sentia seu corpo próprio corpo tremer, com medo de lhe machucar.

Ele lhe parecia grande e errado, em comparação com sua delicadeza.

Tinha medo de lhe ferir.

Nunca se perdoaria, se a machucasse.

Sua febre estava baixando. Seu corpo, já não era tão quente .

Ele suspirou aliviado!

Ficara preocupado! Sentiu seu corpo adormecer, com o choque, quando a vira no chão!

Teve medo!

Seu frágil corpo, largado ao chão, com os membros soltos! Sua cabeça caída ao ombro, sem forças! Seus olhos quase fechados, com fraqueza!

Teve medo de perdê-lá!

Sentiu um nó na garganta. Teve medo dela lhe deixar, como Emile!

Mas diferentemente de quando Emile, se fora. Dessa vez, não teria forças pra continuar!

Se caísse, agora quando começava à emergir! Com a queda pior, do que um dia já fora! Ele pereceria!

Ele próprio, daria um fim à si!

Ele se espantou com, sigo mesmo!

Mas era verdade! Só resistira à perda de Emile, por Natalie! Mesmo que inconscientemente.

E sem ela, não seria capaz de resistir, mais uma vez!

Seu corpo estava fraco em seus braços! Ela parecia só, ligeiramente acordada!

Ele a pegou no colo! Ela estava encharcada!

Não podia deixa-la assim!

- Natalie - ele lhe chamou, mas ela parecia estar quase dormindo em seus braços.

- Natalie - ele repetiu. Mas ela não reagia.

Não podia deixa-la assim! Se não, seu caso poderia mudar pra uma ipotermia!

Ele tinha que troca-la!

Mas não queria ver seu corpo! Não desse jeito! Sem ela lhe consentir!

Mas, era um mal necessário!

Ele saio com ela do banheiro, indo pro closet. A enrolou em uma toalha e fora procurar por um dos seus hoobs!

Aquilo levaria tempo de mais pra vestir nela!

E, mais tempo, consistia, em vêla mais, sem sua permissão!

Ele teve uma idéia melhor! Pegou sua camisa que havia tirado. Ela seria mais simples.

Ele lhe despiu, tentando ao máximo não olha-la. Vestiu sua camisa nela, pegou uma calcinha sua da gaveta e lhe vestiu, por baixo da roupa, para não lhe ver.

Ele lhe ajeitou no colo novamente, ficara bom, a camisa lhe era grande e caía até o meio de suas pernas.

Ele lhe caregou para o quarto e se deitou com ela.

Lhe colocou em cima de seu peito, com o peito para baixo.

Ficou lhe acariciando os cabelos e logo ela dormira.

Continuou assim, até o sono lhe ceifar .