Ao vêla, se levantou e foi até ela, a pegando nos braços.

  Amava ser carregada por ele. Se sentia protegida.

Nos braços de Gabriel, por mais breve que o momento fosse, sentia seu peito esquentar e se permitia sonhar que tinham um futuro juntos.

  Mas, não se maltrataria tanto a ponto de pensar que isso fosse real. Sabia que embora, ele lhe amasse, nunca teriam um futuro como amantes, namorados, noivos, cônjuges.

Sempre se afundava em tristeza quando pensava, no que poderiam ter. Mas, sempre acabava sonhando com essas doces ilusões.

Lhe era agridoce, imaginar como seria o gosto de seus lábios, sua mão suave a lhe acariciar, lhe fazer feliz com somente ela.

Lhe partia o coração, quando ao final do sonho se dava conta que era apenas isso. Um sonho!

Uma ilusão boa de se ver, mais impossível de se viver.

Isso afundava seu peito em solidão...!

Por que sabia que era impossível...! Sabia que por mais que ele a amasse, ele não sabia que a amava! E a obsessão era mais forte que um amor despercebido.

Ele a deitou na cama, e sentou na beirada dela.

Não dera muita atenção a ele, seu coração doía! E seu corpo se sentia mal.

A única coisa que fizera, foi se deitar. De forma que parecesse ter uma bolha de solidão ao redor de si. Uma bolha em que, se sentia mal, mas que sentia que não poderia se machucar, mais do que estava.

Ele notara, notara seus olhos distantes... e tristes! Ela estava mal. Ele sabia.

Uma hora durante o tempo que passavam juntos, se dera conta que seu silêncio, era na verdade tristeza.

E seus olhos, eles sempre lhe afirmavam isso.

As vezes, ele se perguntava, como ela passara a esconder o que sentia, e ser tão dedicada ao trabalho.

Ele se perguntava, se ela não se empenhava tanto em ser perfeita, em tudo que fazia para fugir do que sentia.

Era o que lhe ocorria, por que, sempre que não estava consentrada em algo, ela parecia se afundar em uma aura de tristeza.

Ela vivia triste constantemente, e isso passara a deixa-lo, com o coração inconsolável.

- Natalie - sua voz, saiu suave.

- Senhor - respondeu inerte.

Ela lhe chamara, de novo de senhor.

- Natalie, não quero que me chame mais de senhor, por que, quando o faz, faz eu me sentir distante, de você. E eu não quero me sentir assim - ele explicou, com a voz suave como veludo.

Ela lhe olhou nos olhos. Quando o fez, ele fitou seus lindos olhos profundos.

- Eu não fazia idéia que queria, está mais próximo de mim - ela, parecia falar tão profundamente.

- Mas é axatamente isso que eu quero, Natalie... - ele lhe segurou uma mão.

- Não posso viver mais tão distante de você... Você é minha luz! - seus olhos lacrimejavão.

- Preciso que se aproxime de mim. Você é minha única amiga. E não consigo suportar essa solidão sozinho - ele foi sincero.

- Depois que a Emile, se foi só me restaram você e Adrian - ele fitou o nada por alguns momentos e voltou à olha-la nos olhos - Vocês são minha única família e me parecem tão distantes. Ainda por cima... Por culpa minha - ela pareceu se chocar.

- Não diga isso, o amamos muito, sempre estarmos aqui pra você. E você trará a Emile de volta - ela falava com tanta sinceridade...
  
Ele fitou a parede - Para quê... Emile se foi, esta morta. Só sou um tonto por não deixa-la se quer descansar! - Voltou à olha-la nos olhos por alguns instantes - os mortos devem ficar enterrados! Só os loucos, devem querer trazer-los de volta! E ainda por cima se quer consigo os miraculous que preciso. - ele já devia ter aceitado à muito tempo.


Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora