No dia passado nenhum deles quis saber de nada que pudesse querer lhes importunar os pensamentos; só se deixaram ter um dia sem obrigações e infortúnios, não precisaram abarrotar suas mentes com preocupações e problemas. Só, se deixaram descansar e criar um momento se sossego e calmaria em suas vidas, se deixando relaxar de tudo aquilo que se assomava sobre seus ombros, lhes atribulando e inquietando. Somente se deixaram dar um suspiro de tudo aquilo. Também não precisaram explicar para Adrian o que havia acontecido, já que este havia passado o dia na casa da namorada e só voltaria pela tarde do outro dia, e assim então, não tinham porque se inquietarem agora.
Mas uma coisa incomodava mais Gabriel, do a ideia de planejar como contaria para Adrian, que sua mãe quase havia sido sequestrada; o que lhe incomodava realmente, era que como ele desconfiava, quem estava por trás daquela tentativa de sequestro era de fato, o homem que ele pagaria para ter a chance de arrancar a pele dos ossos, era o maldito Diogo Roberto Leroy Durand, o maldito ser chamado Diogo! E ele queria poder nesse exato momento arrancar sua cabeça, ou qualquer outra coisa do tipo, só para que este pagasse tudo que fizera e queria fazer com sua Borboleta. Não podia se quer pensar nele, sem que o sangue subisse fervendo para sua cabeça, sem que o ódio lhe consumisse! Ele odiava aquele ser! Odiava aquele homem. E só conseguia se ver livre daquela ira quando estava perto da sua Borboleta, só conseguia se acalmar quando ela estava com ele; só aí conseguia dar um suspiro calmo, e sentir o ar entrando por suas narinas causando um efeito calmante em seu corpo; fora isso, não podia esquecer a ira daquele ser, que lhe rodeava. Se não fosse por ela, não sabia onde estaria agora, não sabia o que poderia fazer, não conseguiria achar uma saída de seus problemas, e provavelmente, talvez já se tivesse deixado atolar neles, sem querer mais sair, talvez já teria desistido. Desistido de tudo, desistido de tudo que fizera em sua vida, desistido de Adrian, desistido dele mesmo, e davida; sem ela não encontraria razões para viver, não encontraria razões para existir; ela era sua luz, sua vida, sua alegria, e sua razão para querer viver, era sua esplêndida e adorável Borboleta, era tudo que queria e precisava; e sem ela não gostaria mais de ter mais nada, ou viver; queria ela, precisava dela, precisava para que risse, alegrar-se e respirar-se, precisava dela para viver!
Ele olhou para ela que se encontrava observando as paredes, claramente perdida em meio os pensamentos do que lhe acontecera e assim ele lhe arriscou:
- Borboleta, o que você acha de ler um livro comigo?
Ela lhe olhou com seus olhos que se encontravam levemente lacrimejantes e perdidos, e lhe respondeu:
- Acho que seria bom, talvez ajude à esquecer por um momento tudo que aconteceu ontem -
E com sua confirmação ele levantara e se dirigira até a estantes ali, semelhantes que Natalie tinha em seu quarto, só que em versão azul acinzentado. Fora até ali e vasculharam em meio às estantes por um livro que ele julgasse que lhe agradaria. Procurara em meio às inúmeras coleções e depois de muito vasculhar achara um livro que fora seu companheiro em meio à tantas noites solitárias. Era esse, era aquele livro que queria compartilhar com ela; era ele porque fora ele que esteve com ele em tantas vezes que quisera desistir, que esteve cansado demais para suportar seu respirar incessante, que não encontrava mais força ou ânimo com a perspectiva de viver o dia seguinte; fora ele que lhe ajudou quando ele esteve sem um esperança que seu estado melhorasse; então era ele queria compartilhar com ela, era ele que queria que ela tivesse em suas mãos para que cuidasse protegesse , porque ele era mais do que um livro para ele, ele era mais do que palavras impressas num papel; ele era parte dele, ele era parte de si e do seu coração. E era por isso que queria que ela lhe tivesse em suas mãos, porque era como dar uma parte de seu peito para a mulher que maus amava, era como dar seu coração nas mãos da mulher pela qual era apaixonado. Era como se deixar totalmente nas mãos de sua borboleta.
E assim ele se sentou atrás dela, lhe puxando para seu peito, e deixando seu tão precioso livro no colo da mulher tão amada que tinha, entregou parte de si para aquela que ele confiaria sua vida, e se permitiu tê-la junto à ele, tê-la para si como tanto desejava pra cuidar e proteger.

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Rosa de Vidro
Fanfictionuma fanfic gabenath, pra quem curte mais do que adrianett. Cheia de emoção, e Amor.