Três meses se passaram, ela na podia imaginar como, mas eles já estavam noivos há três meses, e tudo até agora parecia correr da melhor forma possível; esses três meses se passaram da melhor que poderia imaginar, eles estavam juntos já como uma família completa; ela, Gabriel e Adrian, eles agiam como se tudo sempre fora assim, como se tudo estivesse mais certo do que nunca, sua família perfeita e completa; estavam felizes, felizes da forma como sempre imaginara ser quando tudo estava perfeito; eles riam juntos, saíam juntos, brincavam juntos e jantavam juntos, e os sábados eram noites de filme em família para eles, em que tanto ela quanto Gabriel estavam dispostos à passar a vez de escolher o filme para Adrian, que assistia e comia só ele um balde de pipoca, sentado no chão ao pé do sofá, enquanto ela ficava deitada no peito de Gabriel, sentados no sofá e dividiam outro balde de pipocas, rindo vez ou outra das comédias que Adrian sempre escolhia; era maravilhoso, estarem sempre ali juntos em família e aproveitando a companhia um dos outros, e também havia uma vez ou outra em que a nova namorada de Adrian se juntava a eles, nas noites de filme; a linda menina franco-chinesa Marinette, que tinha potencial para design de moda, e que era um doce de pessoas, além de desastrada de uma forma fofa, queria Natalie ou não, lhe lembrava dela mesma no seu tempo de adolescência; ela era um amor, e talvez fosse ela à seguir o negócio de Gabriel para frente. Estava tudo perfeito, perfeito de uma forma que os problemas pareciam ficarem guardados na maior parte do tempo, mas, mesmo assim... mesmo assim eles não ficavam longe da mente o tempo todo; eles ainda continuavam lhes atormentando em momentos importunos, pelo menos atormentando ela e Gabriel,  visto que nem Adrian, nem Marinette, sabiam do que vinha acontecendo com eles; eles eram novos demais para se darem com um problema tão ruim, eles eram só crianças ainda pra isso, não entendiam de um todo do que se tratava aquilo, aquele problema tão ruim, triste e profundo; eram inocentes demais! E eles não queriam lhes tirar a inocência, lhes mostrando o tipo de coisa que podia acontecer no mundo, não podiam lhes manchar os olhos desse jeito.
  Ela sabia que Gabriel estava atrás dele, não havia lhe deixado de fora disso, não quando aquilo dizia à respeito dela; ele estava lhe procurando, estava revirando cada canto daquela cidade atrás dele e até mesmo cantos de outras cidades, mas não havia lhe encontrado, não havia pistas dele; ele havia sumido no mundo, como se fosse fumaça, e isto se devia ao motivo que, ele era o herdeiro de uma família rica da Europa; Gabriel lhe enteirara disso também,  havia lhe contado tudo o que havia descoberto ao seu respeito; era irmão mais velho de Audrey Bourgeois, e havia herdado a fortuna de sua família junto com ela, mas enquanto ela havia encontrado um carreira impertinente mas honesta no mundo da moda, ele havia se dirigido para negócios ruins e deploráveis no mundo das negociações ilícitas e criminosas. Era difícil de admitir que ele estivesse livre e feliz em algum canto, depois do que fizera a ela, depois da crueldade com que lhe machucou, depois de tudo de ruim que fez; era horrível, e por hora ela teria que se contentar com aquilo, teria que se satisfazer com o que Gabriel fazia por ela. Mas mesmo assim, ela ainda odiava a ideia,  a ideia de que o homem que lhe usou como um brinquedo ainda estivesse livre por aí, o homem que lhe lhe prendeu sem ter a mínima consideração; tanta falta de consideração que somente agora depois de tudo e tantos anos ela decobrira se nome completo, porque seu noivo tinha lhe contado; odiava que, Diogo Roberto Leroy Durand, não tivesse o que mereçe

Rosa de VidroOnde histórias criam vida. Descubra agora