Sua respiração estava leve e sentia a leve brisa fazendo cossegas em seu rosto, e o ar tinha um cheiro de limpeza, lembrando do aroma de maçãs e orvalho pela manhã. Era tudo muito leve, agradável e polido, mas ela sentia que havia algo de errado, sentira algo inquietante no mesmo momento que acordara. Sentia um grande erro rondando aquilo tudo, mas não conseguia descobrir o que era, e isso se devia a outro algo errado que havia no momento que acordara, na sua mente havia um grande vale de vazio, um grande vácuo entre qualquer coisa que poderia recordar e seu alcance; não conseguia se lembrar de nada que acontecerá até alí!
E então ela abrira os olhos, lentamente sua visão foi ganhado claridade e ela se viu deitada numa cama macia, com colchas cor de creme com detalhes em rosa e dourado.
Ela se sentou lentamente levando os dedos até seu cenho segurando-o, tentando se lembrar o que acontecera. Ela viu o quarto em que estava, era grande, bonito e organizado, era elegante, todo feito nos tons de branco, rosa claro e creme; mas mesmo com todo aquele ambiente sendo tão convidativo, não se sentia à vontade ali; sentia que aquele era um lugar que precisava temer, que seja o que estava acontecendo, deveria se preparar pro que viria a seguir!
Sentia que havia algo muito errado!
Então, com um click sua memória foi desbloqueada e tudo que que havia acontecido recaíra sobre ela, ela se lembrou de tudo, absolutamente de tudo!
Sua cabeça doeu com o impacto repetino e ela soltou um leve grunhido, com seu cenho se franzindo em dor, ela murmurou:
- Aí...! -
Ela olhou para as paredes ali com os olhos apertados, tinha que sair dali!
Ela tinha que sair dali! Não podia deixar com que ele lhe tocasse, não podia deixar que ele colocasse as mãos em si! Não iria resistir a ter ele lhe machucando! Não podia permitir ou suportar!
E então ela olhou para a porta, tinha que sair dali! Tinha ir embora! Lágrimas alagavam seus olhos...!
E ela foi até a porta, andou apressada até ela tropeçando em seus passos. Chegou até ela, se apoiando na madeira dura pintada do tom mais claro de rosa, ela virou a maçaneta tentando sair, mas foi impidida por um click duro. A porta estava trancada!
Ela já sabia bem disso, mesmo antes de tentar, mas sentia que tinha que ter esperança, mas essas logo foram mortas pela tranca fechada, e ela apoiou as mãos nela, batendo e empurrando a madeira lisa:
- Socorro! Socorro! Por favor, alguém me ajuda! Eu quero sair! - ela gritava. Empurrou a porta com com mais força, num rompante de raiva:
- Me deixa sair! -
Ela gritou mais forte.
E em seguida sua voz se quebrou, frágil como um cristal:
- Eu quero sair...! -
Ela apoiou um cotovelo na porta, com sua outra mão em punho indo e voltando, atingindo a madeira dura:
- Me deixa sair por favor...! -
Sua voz estava desperada, e então naquele momento ela se viu ainda mais perdida, se sentiu frágil e quebrada, se deixando ir caindo ao chão, deslizando por cima de seus joelhos, virando-se de costas para a porta, sentado-se encostada na mesma, abraçando seus joelhos, com seu rosto chorando se apoiando neles.
As lágrimas caíam em dor, ela chorava triste e com medo. Ela estava em dor, não conseguia aguentar aquilo tudo, não se sentia bem. Estava com medo, estava com medo do que ía acontecer, apavorada com o que ele faria!
E ali ela chorou muito, com a angústia se apossando dela! Sua cabeça apoiada em seus joelhos, com ela mesma abraçando seu corpo, desesperada com o que estava por vim:
- Por favor...! Me deixa sair... -
Ela sussurou seu último pedido doloroso e ninguém lhe atendeu, e ela ficou ali, chorando sozinha ali, naquele quarto que mais poderia ser sua prisão ou seu túmulo!
Ninguém veio até ela, ninguém apareceu para lhe acalmar, e ela estava sozinha, seus pensamentos viajando até Gabriel e Adrian, tão distantes! Como ela queria que eles estivessem ali! Queria que sua família estivesse com ela, enxugando suas lágrimas!
Mas não estavam! E ela estava sozinha ali, abandonada dentro de um quarto, presa e enjaulada como um animal de estimação!
Ela ficou chorando ali por horas, sozinha sem ninguém que lhe fizesse companhia.
E depois do que ela jugou ser horas, a porta se abriu atrás dela, e ela viu um par de pernas passar por ela, andando e parando na sua frente, se abaixando e puxando o seu queixo para cima, para que lhe olhasse:
- Olá, meu amor! -
Ele acariciou seus cabelos, os puxando para trás das orelhas os tirando da face.
Ela estava fraca, sem forças para resistir, se encontrava emocionante acabada. E de seus lábios escapara um soluço doloroso.
Seu corpo não tinha foco o suficiente para se livrar dele, e assim, ela nem se quer tentou resistir; seu emocional esgotado não lhe permitia fazer isso!
Suas emoções se encontravam cruelmente bagunçadas e esgotadas.
E então ele continuou acariciando seus cabelos, com carinho e suavemente, e ela inerte nas suas mãos...!
Não se sentia forte o suficiente para tentar se livrar dele! Então ela se deixou ali, inerte e melancólica como a boneca que ele queria que ela fosse.
E ele puxou sua mão de seus cabelos, passando a acariciar as linha de sua bochecha:
- Como senti falta sua... -
Ele puxou sua boca para um beijo. E mais lágrimas imediatamente desabarram de seus olhos.
Ela se puxou para trás, resistindo, mas ele não se soltara dela, não parara.
Ela empurrava seu peito, mesmo chorosa e sem forças.
Ela estava horrívelmente sem forças emocionalmente para resistir a isso. E se encontrava perdida em sua mente. Não tinha mais força para lhe dar com aquilo. E estava odiando.
Estava odiando aquilo com cada perte do seu ser. Estava com medo e se sentia incrivelmente frágil...
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Rosa de Vidro
Fanfictionuma fanfic gabenath, pra quem curte mais do que adrianett. Cheia de emoção, e Amor.