Capítulo 31 - The end or the beginning?

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— Até que enfim eu te encontrei, Ana — Disse ainda abraçada a Anahí, enquanto atraía os olhares surpresos de todos na festa — Eu passei anos te procurando, mas sabia que um dia voltaria a te encontrar, minha filha.

Alfonso ainda permanecia agarrado a Alicia, como se seu abraço pudesse protegê-la de tudo e de todos, e bastou um olhar de Anahí, para perceber, que ele estava tão abalado quanto ela com aquele inesperado reencontro.

Foram anos se escondendo de seu passado, anos longe de Alfonso para protegê-lo e proteger sua filha, para no fim, não ter pra onde correr. Alma estava ali, agora com os olhos fixos na menina que era possessivamente abraçada por Alfonso.

Era inegável a semelhança dela com Anahí, os olhos eram idênticos, assim como o jeito. Não tinha como não ligar as pontas e chegar a conclusão de que aquela garota, era filha dos dois. Filha de uma história que tentou com todas suas forças e poder que tinha, impedir que acontecesse.

Mas aconteceu, e agora, tinha marcas que não podiam ser apagadas.

— O que você está fazendo aqui? — Murillo tomou a frente de Anahí, pronta pra defender a filha.

Alma: Vim visitar minha filha — Desviou os olhos dos de Alfonso, sorrindo para Murillo — Algum problema com isso, querido?

Murillo: São tantos que eu não sei nem por onde começar — Riu nervoso, passando as mãos pelos cabelos — Como você nos achou? Como conseguiu o endereço da minha casa? Por que está aqui? Meu Deus...

Alma: Eu tive uma pequena ajudinha — Procurou Angelina com os olhos, sorrindo de forma discreta — Posso entrar ou vocês vão me deixar congelando aqui na porta?

— Pai — Miguel colocou as mãos no ombro de Murillo, tomando a frente daquela situação — Deixe comigo, ok? Leve Ana pra tomar um ar — Sugeriu, vendo a irmã sem cor e sem reação ao lado dele — Ela está precisando.

Alma: Eu realmente não entendo porque todos estão me olhando como se eu fosse um fantasma — Abriu os braços, entrando na casa — A festa continua — Bateu as mãos, abraçando Miguel em seguida.

As mãos de Anahí estavam trêmulas e frias, assim como os olhos pareciam congelados, encarando Alma como se fosse uma verdadeira assombração. Foi facilmente guiada por Murillo até a área externa da casa, longe de Alma e de toda a confusão que ela arrumava por onde passava.

Tentou esconder seu nervosismo diante da filha, apenas para não abalá-la ainda mais. Seriam dias difíceis a partir dali, e não sabia nem por onde começar a explicar o que era tudo aquilo.

Murillo pegou uma garrafa de água da bandeja de um dos garçons, levando até o sofá onde Anahí estava sentada, se abaixando na frente dela, ainda preocupada com a forma que parecia paralisada.

— Tome um gole, filha — Colocou na mão dela, tentando passar um sorriso tranquilo a filha — E respire fundo, ok? Está tudo bem.

Anahí: Por que ela voltou? — Encarou Murillo com o cenho franzido — O que ela quer aqui?

Murillo: Eu queria muito ter a resposta pra isso... — Suspirou com pesar, escondendo o rosto entre as mãos — Cristo, que pesadelo!

— Ani — Murillo levantou os olhos ao ouvir a voz de Alfonso, a tempo de ver a forma desesperada com que Anahí correu para seus braços.

Era como se agora, aquele abraço fosse o único que a passasse proteção e segurança que precisava. E de certa forma, era mesmo isso o que ela sentia. Sentia-se segura, e Alfonso era o único que durante todos esses anos, partilhou da mesma dor que ela, pelo mesmo motivo, que agora estava materializado na sua festa de aniversário.

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora