Capítulo 21 - Old feelings, new surprises

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Não teve como Anahí não vacilar ao ver o estado de Martha, sem sentidos em sua frente. Tinha mil e uma perguntas que queria fazer, mas guardou todas para si, tentando avaliar toda a situação de forma profissional.

— O que aconteceu? — Piscou para recobrar a consciência, tentando prestar atenção nas informações da equipe médica. 

Colocou a mão sobre a dela, iniciando o protocolo assim que teve as informações necessárias para isso. 

O falatório ao seu lado parecia aumentar, tirando toda sua concentração. Mas a questão é que sua concentração não existia, não com Alfonso perto daquela forma. 

Tão perto que sentir o perfume dele, o que confundia totalmente seus sentidos.

Era uma situação complicada onde tinha que assumir o controle da própria emoção para dar voz a sua razão. 

— Você sabe o que está fazendo? — Ignorou a voz de Alfonso, que soava estranhamente conhecida, mesmo depois de tantos anos sem ouvi-la. 

Segurou a mão de Martha, checando seu pulso e sentindo a respiração fraca. 

— Ela não sabe o que está fazendo — Murmurou nervoso, puxando os próprios cabelos, sem entender uma palavra do que Anahí falava com o enfermeiro ao seu lado — Me responde! — Bradou com o tom alterado — Você sabe o que está fazendo? 

Anahí: Podem levá-la — Auxiliou a equipe, antes de colocar as mãos na cintura e encarar Alfonso — Primeiro: nunca mais grite comigo dessa forma! — Ordenou, olhando-o de forma dura — Eu estou no meu local de trabalho e sei muito bem o que estou fazendo, caso contrário, não estaria aqui — Pontuou — Não questione os meus conhecimentos dessa forma! 

Alfonso: Eu quero saber o que está acontecendo! — Disse visivelmente nervoso — É a minha mãe ali! — Apontou para a maca que sumia de seus olhos.

Anahí: Eu sei muito bem quem é ela — Respirou fundo, apertando a ponte do nariz — Assim que tiver qualquer novidade, peço pra que venham te avisar.

Alfonso: Espera — Segurou o braço de Anahí, que encarou sua mão — Você sabe mesmo o que está fazendo? — Abriu a mão, levantando os braços.

Anahí: Se me questionar mais uma vez, eu juro que deixo o caso dela em suas mãos. E ai eu quero ver você encontrar alguém melhor do que eu — Ameaçou, deixando-o desconfortável — Eu acho bom que se controle — Apontou a direção da sala de espera para Alfonso, que bufou indignado ao vê-la simplesmente se afastar, deixando-o ali, cheio de perguntas. 

Era ele quem tinha que tratá-la daquela maneira dura e indiferente, como se fossem desconhecidos. Por mais que fosse ela a pessoa que agora estava cuidando de sua mãe, não conseguia simplesmente apagar tudo o que aconteceu.

Seguiu as sinalizações indicadas para finalmente chegar a sala de espera. Era um ambiente frio, apesar de neutro, e isso deixava-o ainda mais ansioso. 

Esfregou as mãos ao se sentar em uma das poltronas, seria uma noite longa. E não tinha nada mais do que um celular quase sem bateria como sua companhia.

— Eu vim assim que recebi sua mensagem — Levantou o olhar ao ver Álvaro esbaforido — O que aconteceu? Onde está sua mãe? Como ela está? O que aconteceu? — Repetiu, nervoso — Fala alguma coisa, pelo amor de Deus! 

Alfonso: Eu ainda não sei — Esfregou as mãos novamente, desviando os olhos de Álvaro — Ela entrou há pouco, estou esperando por noticias. 

Álvaro: Ok — Respirou fundo, procurando se acalmar — O que você sabe até agora? 

Alfonso: Que pode ter sido um ataque cardíaco — Respondeu com o olhar distante, preocupado — E que Anahí quem está cuidando dela agora — Negou com o rosto, engolindo a seco.

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora