Capítulo 2 - Los que son reales

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Exatamente como Anahí esperava, sua mãe chegou soltando fogo pelas ventas ao saber de sua nota no primeiro teste do ano no colégio. Saiu queimando tudo em sua frente, e ela conseguia ouvir de seu quarto o estrago que Alma fazia por onde passava. 

Se encolheu na poltrona próxima a janela, como queria ser invisível, eu simplesmente conseguir se tele transportar daquele lugar. 

Era a segunda discussão daquele dia, que ainda estava bem longe de acabar. 

— Anahí! — Rosnou ao abrir a porta do quarto dela com violência — O que você está pensando da sua vida, garota? — Pegou Anahí pelo braço, colocando-a de pé — Você está querendo medir forças comigo? É isso mesmo? 

Anahí: Eu não sei do que a senhora está falando — Puxou o braço, tentando se livrar da mão de Alma — A senhora está me machucando — Suspirou, olhando para os dedos dela que a apertava com ainda mais força — Por favor, me solte. 

 Alma: Você está querendo me testar, Anahí? — Anahí fechou os olhos com força, sentindo o braço arder — Não queira me ver furiosa! 

Anahí: Me solte — Pediu mais uma vez com o tom baixo — Por favor, me solte. 

Alma: Eu acho bom você recuperar a nota daquele teste! — Soltou Anahí, que caiu novamente sobre a poltrona — Peça a Martha pra te ajudar com esse cabelo, teremos um jantar especial essa noite. 

Anahí: Isso não é problema meu — Massageou o braço e Alma respirou fundo — É compromisso seu, eu não tenho nada com isso. 

Alma: Sim, é problema teu — Retrucou — Essa noite o duque e o filho dele vem jantar aqui, e eu quero você impecável, sorridente e feliz naquela mesa. 

Anahí: Ah, não — Suspirou com pesar, ao se ver sem alternativas — Aquele cara é um mala! E o filho dele consegue ser ainda mais insuportável. 

Alma: Eles estão se mudando pra cá, e eu espero que seja simpática com Christopher — Anahí negou com uma careta — Ele será seu colega de colégio, é bom que mostre a ele como as coisas funcionam por lá. 

Anahí: Eu sou o que, agora? — Se levantou, ainda massageando o braço — Inspetora de colégio? Ele que se vire, tem perna e boca, é capaz de se virar sozinho. Eu não bancarei a guia turística pra ele, não. 

Alma: Eu já dei a minha palavra a eles — Sorriu, encarando Anahí — E você sabe muito bem o que acontece quando dou minha palavra a alguém, não sabe? — Cruzou os braços, esperando pela resposta. 

Anahí: Sim, sempre dá merda — Murmurou, pegando o roupão pendurado ao lado da porta do banheiro — Peça a Miguel. Ele é homem e tem muito mais afinidade com Christopher e os meninos do colégio, sem dúvidas, ele se sentirá mais a vontade. 

Alma: Você engordou de novo? — Ignorou a sugestão de Anahí, andando até ela — Eu já te disse pra parar de comer besteiras, não disse? — Passou a mão sobre a barriga dela — Use aquela cinta que te dei, é bom que não te vejam com essa barriga — Apontou, se afastando. 

Anahí: Que barriga? — Abriu os braços, se encarando no espelho. 

Mas ao procurar por Alma, viu que ela já não estava mais ali. 

Novamente se olhou no espelho, virando o corpo e se vendo por todos os ângulos. Não via nada demais em seu corpo, e esperava que fosse pura implicância de Alma. 

Entrou no banheiro mesmo contra a própria vontade, aquele jantar seria um porre, sem dúvida alguma. Aguentar o duque e seu insuportável filho era demais pra quem já tinha começado o dia com o pé esquerdo. 

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora