Capítulo 41 - All that a life is worth

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— O que ela estava fazendo aqui? — Soltou Anahí, apontando o elevador. 

Anahí: Ela quem? — O olhou confusa — Eu não vi quem entrou ai, Poncho — Alfonso suspirou, passando as mãos por seus cabelos — O que está acontecendo? Por que está nervoso assim?

Alfonso: O que sua mãe estava fazendo aqui, Anahí? — Repetiu a pergunta, ainda encarando a porta do elevador como se Alma pudesse voltar a qualquer momento.

Anahí: O que...? — Franziu o cenho, ainda confusa — Minha mãe? Aqui? — Negou com um riso nervoso — Não, isso é impossível. 

Alfonso: Impossível por que? — Se virou para Anahí, que seguia negando — Você sabe que ela faz o que quer, a hora que quer, com quem quer e onde quer — Suspirou com pesar ao concluir seu pensamento — Quer saber? — Sorriu fraco para Anahí, esfregando as mãos nos braços dela — Devo ter confundido com alguém parecido com ela, só isso — Dispensou a preocupação ao vê-la abalada — O que queria me mostrar, baby? 

Anahí: Eu... — Piscou, voltando a focar no rosto de Alfonso — Vem — Pegou a mão dele, guiando-o pelo corredor. 

Podia sentir o corpo todo arrepiado ao considerar a ideia de que Alma pudesse estar ali, perto demais deles. Mas não demonstraria a Alfonso o quanto isso ainda a abalava. 

Sua mãe era um assunto esquecido e superado, e fazia parte do passado dos dois. 

Parou em frente a porta fechada do quarto, se virando para Alfonso e sorrindo. Agora se sentia leve por poder compartilhar com ele, parte do que vinha atormentando-a por dias. Dylan era um caso complicado, e independente do que o acontecesse, seria bom ter Alfonso ao seu lado.

Abriu a porta vagarosamente, vendo Danna senta sobre a cama de Dylan, que estava sério e pensativo, encarando uma peça do jogo de xadrez. Ao ouvir o som da porta, imediatamente seus olhos se voltaram para Anahí, e sorriu de forma instantânea. 

— Oi, tia — A cumprimentou, levantando um dedo para ela — Só um minuto — Se virou para Danna com o maior sorriso do mundo — Xeque-mate, mamãe — Piscou para ela, que riu, aceitando sua derrota — Quer ser o próximo? — Arqueou uma sobrancelha para Alfonso, em tom desafiador. 

Alfonso: O que? Eu? — Apontou para o próprio peito, sorrindo ao vê-lo assentir — Tudo bem — Deu de ombros, puxando uma cadeira para o lado da cama dele — Mas devo alertá-lo que será um desafio e tanto, garoto — Dylan riu, duvidando, e sendo atentamente observada pelo olhar de Anahí. 

Estava posicionada ao lado da cama com os braços cruzados, atenta àquela interação imediata entre os dois. 

Conversavam descontraidamente, como se já fossem velhos conhecidos e cheios de intimidade. 

— Podemos conversar por um instante? — Anahí descruzou os braços, assentindo e seguindo com Danna para o lado de fora do quarto — Por que o trouxe aqui? — O tom não era furioso, mas tinha uma certa mágoa — Ana, eu pedi para que isso fosse um segredo nosso e esperava que cumprisse com sua palavra. 

Anahí: E é — Afirmou, se apoiando na parede do corredor — Eu não disse absolutamente nada a Alfonso — Sorriu sem dentes para ela — Pode ficar tranquila que seu segredo segue a salvo. 

Danna: O que ele faz aqui, então? — Cruzou os braços, encarando a amiga. 

Anahí: Danna, por um acaso você parou para pensar no quanto isso tem sido difícil pra mim? — Danna suspirou — Você acha que foi fácil descobrir que o filho da mulher que foi minha melhor amiga a vida toda está doente e pra completar, ele é meu sobrinho? Você tem ideia do quão difícil é não surtar com isso? E além de tudo, ter que aceitar sua mentira por tantos anos!

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora