Capítulo 66 - How to go back?

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Alfonso ainda estava estagnado, encarando os olhos de Anahí. Fazia tanto, tanto tempo que não a via, que tudo o que queria agora, era poder vê-los de perto, assim como fazia. Céus, como precisava tocá-la. E precisava com urgência.

Precisava sentir a pele dela na sua, precisava sentir seu corpo todo reagindo com a proximidade dela, tinha necessidade, chegava a ser desesperador o quanto seu corpo implorava por aquilo. 

Mas se conteve. 

As mãos pararam no ar, vendo o olhar dela tão frio que quase o congelava. 

— Entre — Deu um passo ao lado, dando passagem a ela — Eu... — Suspirou, passando as mãos pelos cabelos úmidos, recém lavados — Céus... como você está? 

Anahí: Eu estou bem — Passou por ele encolhida, um tanto quanto receosa. 

Alfonso: Mesmo? — O olhar era desconfiado, e ela o devolveu com a mesma frieza de segundos atrás — Certo — Apontou para o sofá — Por Deus, você está em casa — Não era dessa forma que ela se sentia, mas ainda assim, o fez sem maiores discussões — Eu realmente não sei por onde começar, estou completamente perdido aqui — Entregou seu nervosismo, esfregando as mãos — Como eu te esperei... 

Anahí: Alfonso, você não sabe a luta interna que tive que vencer pra poder estar aqui agora — Se adiantou, o interrompendo — Acredite, nunca foi tão difícil tomar uma decisão como essa em toda minha vida. 

Alfonso: E eu agradeço por isso, baby — Suspirou, se sentando na poltrona de frente para ela — Por favor, diz que veio aqui para que pudéssemos consertar as coisas... — Choramingou, os olhos implorando pelos dela, que não o devolveu.

Anahí: Eu pensei muito, Alfonso — Passou as mãos por seu rosto, já se sentindo mentalmente cansada — Eu analisei todos os pontos, todas as variáveis e... não faz sentido — Encolheu seus ombros — Eu estive a ponto de enlouquecer... 

Alfonso: Por onde esteve? — Conteve o impulso de pegar as mãos dela, cerrando os punhos. 

Anahí: Isso não importa — Contornou, recompondo sua postura dura — Eu estou aqui agora e não quero ter que ouvir a mesma coisa, prolongar a mesma conversa — Ainda o olhava, séria — Se tiver algo novo a dizer... 

Alfonso: Eu sinto muito — A cortou com a voz desesperada — Por favor, me perdoe — Se ajoelhou no tapete, indo até ela.

Anahí: Como você se sentiu? — Manteve o olhar, o tom agora soava sem emoção — Quando conseguiu me ver no chão, sem nada, exatamente como queria — Ele respirou fundo, apoiando-se em seus calcanhares — Foi como pensou que seria? 

Alfonso: Não — Confessou, cabisbaixo, a voz derrotada — Baby, eu estou no chão, completamente derrotado — Ela o olhava com curiosidade — Ao te atingir, eu me feri em dobro. Porque hoje, tudo o que dói em você, dói duas vezes mais em mim. 

Anahí: E por que você fez isso comigo, Alfonso? — A mágoa tinha sido deixada completamente de lado, se tornando em frieza e indiferença — O que você ganhou com isso? 

Alfonso: Eu só perdi... — Disse de forma sincera, e um tanto quanto sem vida — Eu perdi minhas forças, perdi minha razão, perdi minha casa... e estou torcendo desesperadamente para não ter perdido você — Mordeu seu lábio, receoso — Por favor, me diz que eu não te perdi... 

Anahí: O que você quer de mim? — Aquilo era tudo o que ainda tinha, o medo da resposta apertando seu peito — Seja sincero comigo uma vez em sua vida... — Conteve a emoção, engolindo-a — O que quer de mim? 

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora