Capítulo 7 - El poder del no

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Anahí não conseguiu olhar para Alfonso enquanto ele a carregava nos braços até um lugar onde estivessem totalmente seguros da chuva. 

A vergonha do que tinha acabado de acontecer ainda fazia com que seu coração batesse acelerado ali, e por mais que quisesse olhá-lo e perguntar o que tudo aquilo significava, não conseguia.

Mas isso não era o único motivo, Alfonso tinha sido seu primeiro toque, seu primeiro beijo, o primeiro garoto que fez seu mundo todo sair do lugar de uma forma que nunca imaginou ser possível. 

— Pronto — Colocou Anahí sentada sobre um banco bem afastado do pátio — Escute, sobre o que aconteceu ali mais cedo... — Apontou para onde os colegas de time estavam — Ela me beijou do nada, eu não tenho nada a ver com isso. 

Anahí: Eu vi — Sorriu fraco ao se lembrar — Angelina é líder de torcida, ou seja, uma Maria-chuteira de primeira — Alfonso gargalhou de uma forma tão gostosa que fez Anahí parar tudo por segundos, apenas pra apreciar aquele som — E você não precisa se preocupar em me explicar nada — Abaixou o rosto, envergonhada novamente — Você é totalmente livre pra fazer o que quiser. 

Alfonso: Mas eu quero te explicar — Segurou a mão dela — Princesa, entenda: você é mais importante que meus estudos, que esse colégio, é muito mais importante que qualquer time de futebol, vem antes de qualquer título, antes de qualquer outra pessoa. E eu não quero que pense que tem qualquer chance de rolar algo entre Angelina e eu, porque não tem. Sempre será você. 

Anahí: E-eu? — Gaguejou, sentindo as bochechas esquentarem ao vê-lo assentir — Eu tenho que ir, está frio — Bateu o queixo, e Alfonso simplesmente sorriu, nem por um momento pensou em impedi-la — Depois nós conversamos. 

Alfonso: Eu estarei aqui te esperando pra isso — Garantiu com um piscar de olhos. 

Tinha dado um primeiro e importante passo ali, tinha beijado a garota que fazia seu coração bater como um louco, a garota do sorriso mais bonito e dos olhos mais azuis que já viu. 

A garota que era sua melhor amiga.

Ficou nítido da forma com que o beijo aconteceu que aquele foi o primeiro beijo de Anahí, ele conseguiu reconhecer e se sentia imensamente grato por ter tido essa oportunidade maravilhosa, por ter sido o primeiro da vida dela. 

Só tinha uma certeza dentro de si: se dependesse dele, seria o único. 



Enquanto se afastava a passos apressados de onde Alfonso estava, a mente de Anahí a remetia o tempo todo para o momento que tinham vivido minutos antes. 

Seus lábios ainda formigavam, e ela podia sentir o gosto dele em sua boca, o que era muito estranho, ao mesmo tempo em que era delicioso. 

Se escondeu dos olhos de Alfonso atrás de uma parede, e tocou os próprios lábios, fechando os olhos. 

Como queria voltar naquele momento, como queria sentir aquele beijo, aquele toque, aquele gosto dele de novo, mesmo sabendo que era completamente errado.

Ao menos era o que ela achava.

— Tudo bem? — Anahí saltou assustada com a mão no peito, o coração voltando a disparar pelo susto — Nossa, desculpa. Não queria te assustar... 

Anahí: Você nunca quer — Acertou o braço do irmão, que ainda ria de sua reação — O que quer? 

Miguel: Por que está toda molhada? Sabe que pode pegar um resfriado dos bravos com isso, né? — Puxou o casaco de Anahí, oferecendo o seu a ela — Vamos pra casa? 

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora