E as lágrimas escorrem pelo seu rosto, quando você perde algo que não pode substituir. Quando você ama alguém, mas isso se desperdiça. Poderia ser pior?
Para os erros, o perdão. Para os fracassos, uma nova chance. E para os amores impossíveis, o tempo.
Não é porque o tempo passa, que as coisas mudam. As vezes, tudo continua exatamente no mesmo lugar que antes. A vida muda, as pessoas mudam, mas os sentimentos? Nem sempre. O tempo cura, o tempo transforma, o tempo passa, mas o tempo não apaga.
E era exatamente sobre isso que Anahí refletia, enquanto girava uma garrafa de cerveja sobre a mesa daquele mesmo bar de sempre.
Hoje, era uma bela mulher. As curvas em seu corpo chamavam a atenção de muitos, seus cabelos agora adotaram um tom de chocolate. Tinha um diploma do qual se orgulhava muito, afinal, não foi fácil pra ela se reerguer e conquistar todos os seus sonhos.
Mas hoje, ela tinha pelo o que lutar. E foi isso que devolveu a ela o coração.
— Ali — Apontou para um rapaz apoiado no balcão do bar — Ele não tira os olhos daqui! — Anahí negou com uma careta, dando um gole em sua cerveja — Qual é, Ani! Assim fica difícil, você nega todos!
Anahí: Maite, eu não vim aqui atrás de homem — Tamborilou os dedos sobre a mesa, desinteressada — Eu só quero me divertir.
Maite: Temos que comemorar o fato de minha melhor amiga estar solteira — Anahí riu, revirando os olhos com enfado — Afinal, você teve coragem pra colocar seu marido para fora de casa, isso merece e muito uma comemoração especial! Quem sabe com um homem diferente na sua cama.
Anahí: Hoje não — Negou, pegando um amendoim sobre a mesa — Mude o foco para os que te interessam. Eu estou muito bem sozinha.
Maite: Sozinha até demais — Bufou, passando os olhos pelos homens do bar — Amiga! Olha aquele moreno que acabou de entrar — Apontou para a entrada do bar e Anahí seguiu a direção do dedo dela — Que olhar sério — Disse com um sorriso — Olha aquela barba... que cara de mau! — Anahí gargalhou, pegando mais um amendoim sobre a mesa — Esse é homem pra quebrar a cama!
Manteve os olhos fixos no homem para qual a amiga apontava, dispensando com o rosto em seguida e pegando mais um amendoim.
Podia ter passado anos, mas o olhar de Alfonso ainda vivia em sua memória. Era uma pena que o único do qual conseguia se lembrar com clareza, era o de decepção, quando finalmente descobriu quem ela era.
Por mais que tentasse se livrar e se lembrar dos inúmeros momentos bons, tudo o que vinha a sua mente era isso: a decepção.
Desde então, não pisou mais na Espanha. Não o procurou em nenhum lugar da internet, não perguntou a ninguém sobre ele, partiria o seu coração vê-lo com outra. E isso, era mais do que óbvio que tinha acontecido.
Afinal, até mesmo ela teve outros.
— Para as senhoritas — Anahí levantou o rosto, encarando o garçom que colocou duas taças de vinho sobre a mesa — Do cavalheiro ali — Apontou para o homem que Maite ainda observava de forma discreta.
Anahí: Obrigada — Segurou a taça na ponta dos dedos, girando o líquido de dentro — Maite, desiste desse cara — Disse divertida, bebericando o vinho — Ele tem um péssimo gosto.
Maite: Por que? O vinho é dos mais baratos? — Encarou sua taça de cenho franzido e Anahí negou — O que é então, criatura? Por que tem que colocar defeito em tudo?
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Segunda vez amor
Fanfiction"Nem todos os amores são como nos contos de fadas. Nem todos os amores nasceram para dar certo, ao menos não na primeira vez. Uma história mal contada, um passado conturbado e um futuro feliz? Talvez! Da vingança ao amor é apenas um passo."