Ao contrário do que tinha sido aquela manhã, Alicia voltou para casa com todo o gás, tagarela e um sorriso de orelha a orelha. Claro que isso despertou a curiosidade de Alfonso, que a seguiu com os olhos do momento em que colocou os pés dentro de casa, até quando o cumprimentou com um rápido beijo.
Ele que ainda se questionava se a filha estava chateada com ele, acabara de ter a sua resposta.
— Quem é o melhor pai do mundo? — Afinou a voz, brincando com Alfonso. Ele arqueou uma sobrancelha, olhando da filha, para Anahí, que apenas deu de ombros.
Alfonso: Quem é essa garota? — Apontou para Alicia, que se afastava — O que você fez com a minha filha?
Anahí: Eu? Não fiz nada — Se fez com a mão no peito, abraçando-o pescoço — Ela simplesmente está de bom humor — Beijou o rosto dele, que seguia desconfiado.
Alfonso: Ela saiu daqui bufando a poucas horas atrás — Apontou, ainda confuso com a mudança — O que foi que deixou essa garota assim?
Anahí: Você viu as sacolas nas mãos dela? Compras simplesmente deixam as mulheres de bom humor — Desconversou, se afastando — Será que dá pra parar com esse interrogatório? — Pediu, deixando a bolsa no sofá ao lado dele — Cheguei a tempo do almoço que me prometeu?
Alfonso: Hum... — Olhou o relógio em seu pulso — Acho que sei onde ainda podemos ir — Se levantou empolgado, esquecendo o assunto anterior — Ok, vamos logo antes que minha mãe volte com Helena do passeio, ou Alicia mude de humor novamente — Anahí acenou para a filha que apontou no topo da escada — O que você...?
Anahí: Tinha um bicho aqui — Abanou a mão próximo a orelha dele — Um pernilongo ou uma abelha, algo do tipo — Alicia se escondeu, contendo o riso com a falta de criatividade da mãe.
Alfonso: Abelha, Anahí? — Arqueou uma sobrancelha, desconfiado — Você não é alérgica?
Anahí: Eu... exatamente — Sorriu sem dentes, puxando-o — Agora vamos, vamos sair daqui antes que ela volte.
Alfonso: Você não acha que se tem uma abelha aqui, e você sendo alérgica a ela, devemos pedir para que façam uma...
Anahí: Nós precisamos ir almoçar, ok? — Tentou arrastá-lo em direção a porta — Minha fome nesse momento é muito maior que minha preocupação com essa abelha.
Alfonso: Mulher, se o seu plano é me enlouquecer, parabéns, você está conseguindo — Passou a mão pelo aparador, pegando a chave do carro — Eu não estou entendendo mais nada — Anahí riu aliviada já do lado de fora do apartamento, passando o dedo pela careta no rosto dele — Sua filha está ficando igual a você — A olhou de soslaio, apertando o botão para chamar o elevador.
Anahí: Desculpe? O que você quis dizer com isso? — Alfonso sorriu, passando um braço pela cintura dela e a puxando para dentro do elevador — Olhe aqui, Herrera...
Alfonso: Você só entende o que quer, não é mesmo? — A interrompeu, segurando-a pela nuca com a mão livre — Será que dá pra aceitar um elogio quieta? — Anahí franziu o cenho — Vocês são as mulheres da minha vida, baby. Tudo o que vem de vocês, é maravilhoso.
Anahí: Sei... agora você está tentando desconversar — Brincou, recebendo um beijo carinhoso e demorado em seu pescoço.
Alfonso: Estou — Riu, beijando novamente o pescoço dela — Está funcionando?
Anahí: Um pouco mais para baixo — Indicou, e ele o fez — Isso, agora está funcionando — Fechou seus olhos, encostando a cabeça na parede metálica do elevador.
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Segunda vez amor
Hayran Kurgu"Nem todos os amores são como nos contos de fadas. Nem todos os amores nasceram para dar certo, ao menos não na primeira vez. Uma história mal contada, um passado conturbado e um futuro feliz? Talvez! Da vingança ao amor é apenas um passo."
