A manhã ensolarada fez com que Álvaro pulasse cedo da cama, um tanto quanto preocupado. Tinha criado novos hábitos matinais desde que abandonou a bebida, e ajudar Martha a preparar o café da manhã, tinha se tornado seu maior prazer.
Ver os filhos se levantarem sorrindo e se sentarem ao lado deles na mesa, não tinha preço. E isso o fez se lembrar da conversa com Murillo na noite anterior.
Seus filhos eram seu maior bem, e não existia nada no mundo que pagasse isso.
— Ninguém vai descer pra tomar café? — Álvaro se sentou na ponta da mesa com uma xícara na mão.
Martha: É sábado, dê um descanso a eles — Sorriu, mexendo a colher de café — Por que chegou tarde ontem? — Suspirou com pesar — Andou bebendo de novo, Álvaro?
Álvaro: Não — Negou com um sorriso, piscando em seguida — Escute, temos três filhos, certo? — Martha franziu o cenho, confusa — Então por que é que está faltando um nessa casa?
Martha: De quem está falando? — Se fez de desentendida.
Álvaro: Onde está Alfonso? — Marta desviou o olhar do de Álvaro, colocando açúcar em seu café — Eu fiquei acordado até tarde esperando por ele, e sei que não voltou pra casa — Bateu levemente sobre a mesa — Mulher, onde é que ele está?
Martha: Ai, pra que tanta pergunta? — Disse com sotaque, o que o fez sorrir — Você acha que eu sei de tudo nessa casa? Virei o que agora, GPS? — Puxou a manteiga, passando em um pedaço do seu pão — Ligue e pergunte pra ele, se quer saber.
Álvaro: Não é necessário — Semicerrou os olhos, desconfiado — Você sabe onde ele está — Afirmou sustentando o olhar de Martha, que agora o fuzilava — Ele dormiu na casa da namorada, não foi?
Martha: Eu não sei de nada — Disse apressada, balançando os ombros.
Álvaro: Mulher, não tente me enrolar... — Apoiou o queixo na própria mão, divertido com o nervosismo dela — Você sabe mais desse namoro do que me contou... — Martha revirou os olhos — E digo mais... você sabe até demais sobre essa garota com quem nosso filho se envolveu...
Martha: Eu não tenho ideia do que você está falando — Desconversou, assustando com o tapa de Álvaro sobre a mesa.
Álvaro: Ah! Mentirosa — Apontou o dedo para Martha, divertido — Como é que você diz que não sabe da garota que você praticamente criou?
Martha: Shhhhhhhh! — Pediu desesperada, olhando ao redor — Como é que você sabe disso, Álvaro? Anda me espiando agora? Quem foi o fofoqueiro que te contou?
Álvaro: Você tem ideia do problema em que nosso filho se meteu ao se envolver com uma Puente? — Martha bateu sobre a mão de Álvaro, fazendo-o gemer de dor — Ai! O que foi que eu fiz?
Martha: Falou demais! — Acusou, se levantando preocupada — Como é que você sabe disso, hein?
Álvaro: A pergunta é: como Alfonso ainda não sabe disso? — Martha respirou fundo, se apoiando sobre a pia da cozinha — Você sabe que não tem como isso acabar bem, não sabe?
Martha: Sim, eu sei — Apertou a ponte do nariz — Mas eu espero que esteja errado.
— Bom dia — Martha arregalou os olhos assustada ao ouvir a voz de seu patrão dentro de sua casa — Como eu vim parar aqui?
Martha: É uma ótima pergunta — Se virou para Álvaro, apontando para Murillo com o polegar — Como ele veio parar aqui?
Álvaro: Ele estava bêbado — Deu de ombros, se levantando — Nunca podemos deixar um homem bêbado sozinho — Puxou uma cadeira, apontando para Murillo — Sente-se e tome um café, vai ajudar nessa dor de cabeça que provavelmente está sentindo.
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Segunda vez amor
Fiksi Penggemar"Nem todos os amores são como nos contos de fadas. Nem todos os amores nasceram para dar certo, ao menos não na primeira vez. Uma história mal contada, um passado conturbado e um futuro feliz? Talvez! Da vingança ao amor é apenas um passo."
