Se tinha algo que podia-se dizer que Alfonso já estava acostumado, era em acordar durante a noite com o choro da filha. Não pestanejava em fazer isso, não resmungava, e levantava até mesmo quando não era sua vez. Fazia questão de estar presente, em todos os detalhes, por mínimo que fosse, sempre de bom humor e com um energia implacável.
Completamente o contrário de Anahí, que parecia cada dia mais mau humorada com as poucas horas de sono.
Mas dessa vez era diferente. Ela não estava sozinha. E isso fazia com que ela sempre respirasse fundo, mesmo nos dias mais exaustivo, e agradecesse por tanto.
— Shhh — Enroscou suas pernas em Alfonso, impedindo que ele se levantasse — Se ela ver que ninguém se mexe, vai voltar a dormir — Sussurrou, fazendo-o sorrir.
Alfonso: Como se fosse simples assim — Beijou o rosto dela, que suspirou.
Anahí: Alfonso, ela só está resmungando — Ele acariciou a perna dela que estava quase sobre sua barriga — Não precisa se levantar a cada barulho que escuta.
Alfonso: Se ela está resmungando, é sinal que está acordada — Anahí revirou os olhos, tirando sua perna de cima dele — O que é isso? — Apoiou o rosto em uma mão, olhando-a com um riso — É ciúmes de sua filha? Que coisa feia, Anahí — Aproximou seu rosto, mordiscando o pescoço dela — Você sabe que tem Alfonso pra todo mundo.
Anahí: Pra mim não — Protestou com um bico, recebendo beijos em seu pescoço — Ao menos, não nos últimos dias.
Alfonso: O que? — Afastou o rosto, se fazendo de ofendido — Você é a que mais tem! — Anahí o puxou pelos cabelos, para que voltasse ao que estava fazendo. Alfonso riu em seu pescoço, o que a fez sorrir com cócegas — Está tudo bem? — Beijou lentamente próximo a orelha dela.
Anahí: Sim, eu só... — Suspirou, cobrindo-os com uma manta — Só estou exausta. Tenho dormido pouco e... estou fazendo uma força absurda para controlar o meu mau humor, afinal, vocês não tem culpa de nada.
Alfonso: Baby, você não precisa controlar o que sente o tempo todo — Se ajeitou na cama, puxando-a para se deitar em seu peito — Isso é mesmo exaustivo, e Helena anda exigindo de mais de você — Ela choramingou, fechando os olhos. Alfonso sorriu, iniciando um carinho em seus cabelos — Você pode gritar, vez ou outra. Pode explodir, pode chorar e eu prometo que aguentarei sem reclamar — Anahí riu, passando um braço pela barriga dele.
Anahí: Eu não quero e não vou descontar isso em ninguém — Beijou o peito de Alfonso — Prometo que vou encontrar uma forma de aliviar isso — Ele assentiu, suspirando.
Alfonso: E eu vou estar aqui — Encostou seus lábios nos cabelos dela — Para o que precisar.
Anahí: Obrigada — Agradeceu, respirando fundo — Hora de mamar — Empurrou a manta com os pés, se espreguiçando antes de levantar.
Alfonso: Infelizmente nisso ainda não tenho como te ajudar — Olhou para o próprio peito com uma careta — Mas posso preparar o café da manhã — Sugeriu com um sorriso.
Anahí: Alfonso — Negou com o rosto, pegando Helena em seu berço — Ainda é madrugada — Olhou pela vidraça de seu quarto.
Alfonso: Anahí — Andou até ela com um sorriso — São quase seis, a madrugada já acabou faz tempo — Beijou a testa dela, se inclinando para brincar com a filha — Bom dia, meu amor — Helena agarrou o dedo dele com a mãozinha pequena e delicada.
Anahí: De onde você tira tanta energia? — Alfonso sorriu para ela, mexendo o dedo que a filha estava agarrada.
Alfonso: Eu estou vivendo o que desejei por muito tempo — Passou o braço livre pela cintura dela, puxando-a para mais perto — Como posso reclamar disso agora? — Anahí respirou fundo, reconhecendo que ele tinha razão naquilo. Era um sonho dos dois realizado, como poderiam reclamar?
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Segunda vez amor
Fanfiction"Nem todos os amores são como nos contos de fadas. Nem todos os amores nasceram para dar certo, ao menos não na primeira vez. Uma história mal contada, um passado conturbado e um futuro feliz? Talvez! Da vingança ao amor é apenas um passo."