Capítulo 75 - What we are waiting for

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Se tinha algo que podia-se dizer que Alfonso já estava acostumado, era em acordar durante a noite com o choro da filha. Não pestanejava em fazer isso, não resmungava, e levantava até mesmo quando não era sua vez. Fazia questão de estar presente, em todos os detalhes, por mínimo que fosse, sempre de bom humor e com um energia implacável. 

Completamente o contrário de Anahí, que parecia cada dia mais mau humorada com as poucas horas de sono. 

Mas dessa vez era diferente. Ela não estava sozinha. E isso fazia com que ela sempre respirasse fundo, mesmo nos dias mais exaustivo, e agradecesse por tanto. 

— Shhh — Enroscou suas pernas em Alfonso, impedindo que ele se levantasse — Se ela ver que ninguém se mexe, vai voltar a dormir — Sussurrou, fazendo-o sorrir. 

Alfonso: Como se fosse simples assim — Beijou o rosto dela, que suspirou. 

Anahí: Alfonso, ela só está resmungando — Ele acariciou a perna dela que estava quase sobre sua barriga — Não precisa se levantar a cada barulho que escuta. 

Alfonso: Se ela está resmungando, é sinal que está acordada — Anahí revirou os olhos, tirando sua perna de cima dele — O que é isso? — Apoiou o rosto em uma mão, olhando-a com um riso — É ciúmes de sua filha? Que coisa feia, Anahí — Aproximou seu rosto, mordiscando o pescoço dela — Você sabe que tem Alfonso pra todo mundo. 

Anahí: Pra mim não — Protestou com um bico, recebendo beijos em seu pescoço — Ao menos, não nos últimos dias. 

Alfonso: O que? — Afastou o rosto, se fazendo de ofendido — Você é a que mais tem! — Anahí o puxou pelos cabelos, para que voltasse ao que estava fazendo. Alfonso riu em seu pescoço, o que a fez sorrir com cócegas — Está tudo bem? — Beijou lentamente próximo a orelha dela. 

Anahí: Sim, eu só... — Suspirou, cobrindo-os com uma manta — Só estou exausta. Tenho dormido pouco e... estou fazendo uma força absurda para controlar o meu mau humor, afinal, vocês não tem culpa de nada. 

Alfonso: Baby, você não precisa controlar o que sente o tempo todo — Se ajeitou na cama, puxando-a para se deitar em seu peito — Isso é mesmo exaustivo, e Helena anda exigindo de mais de você — Ela choramingou, fechando os olhos. Alfonso sorriu, iniciando um carinho em seus cabelos — Você pode gritar, vez ou outra. Pode explodir, pode chorar e eu prometo que aguentarei sem reclamar — Anahí riu, passando um braço pela barriga dele. 

Anahí: Eu não quero e não vou descontar isso em ninguém — Beijou o peito de Alfonso — Prometo que vou encontrar uma forma de aliviar isso — Ele assentiu, suspirando.

Alfonso: E eu vou estar aqui — Encostou seus lábios nos cabelos dela — Para o que precisar. 

Anahí: Obrigada — Agradeceu, respirando fundo — Hora de mamar — Empurrou a manta com os pés, se espreguiçando antes de levantar. 

Alfonso: Infelizmente nisso ainda não tenho como te ajudar — Olhou para o próprio peito com uma careta — Mas posso preparar o café da manhã — Sugeriu com um sorriso. 

Anahí: Alfonso — Negou com o rosto, pegando Helena em seu berço — Ainda é madrugada — Olhou pela vidraça de seu quarto. 

Alfonso: Anahí — Andou até ela com um sorriso — São quase seis, a madrugada já acabou faz tempo — Beijou a testa dela, se inclinando para brincar com a filha — Bom dia, meu amor — Helena agarrou o dedo dele com a mãozinha pequena e delicada. 

Anahí: De onde você tira tanta energia? — Alfonso sorriu para ela, mexendo o dedo que a filha estava agarrada. 

Alfonso: Eu estou vivendo o que desejei por muito tempo — Passou o braço livre pela cintura dela, puxando-a para mais perto — Como posso reclamar disso agora? — Anahí respirou fundo, reconhecendo que ele tinha razão naquilo. Era um sonho dos dois realizado, como poderiam reclamar? 

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora