Capítulo 83 - A sweet end

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— Bom dia! — Alfonso franziu o seu cenho, fechando o jornal que tinha em suas mãos ao receber um bom dia entusiasmado de Alicia — Tudo bem com o melhor pai do mundo? 

Alfonso: Quem é você e o que fez com a minha filha? — Ela sorriu, se jogando no sofá ao lado dele. 

Alicia: Só acordei de bom humor — Se espreguiçou no sofá, sem tirar o sorriso do rosto. 

Alfonso: ANAHÍ — Gritou por ela — Anahí, vem aqui correndo — Chamou, sem tirar os olhos da garota ao seu lado — Ande, mulher! 

— Céus! O que aconteceu? — Desceu apressada pelos degraus, preocupada com o tom urgente usado por Alfonso. 

Alfonso: Tem alguma coisa errada com essa garota — Apontou Alicia, e Anahí respirou fundo — Ela não para de sorrir! 

Anahí: Cristo — Levou a mão ao peito — Você quase me matou do coração com esse desespero todo, Alfonso! — Respirou aliviada — Sem contar que quase acordou sua filha — Olhou para a babá eletrônica em suas mãos.

Alicia: Homem, se acostume — Deu de ombros, pouco preocupada com a conversa dos pais — Essa sou eu agora! 

Alfonso: Sério — Se virou de lado no sofá, observando-a — O que aconteceu com você? 

Alicia: Ai, pai — Suspirou, fechando brevemente seus olhos, o sorriso voltando a aparecer em seus lábios — Você não suportaria ouvir — Bateu de leve na perna dele, se levantando — Obrigada — Beijou o rosto de Anahí ao passar por ela — Você é a melhor mãe desse mundo — Anahí se desmanchou em um sorriso orgulhoso — Eu te amo! — Beijou novamente o rosto dela, abraçando-a com força. 

Subiu a escada, novamente indo em direção ao seu quarto, e ignorando o olhar desconfiado do pai. Nada tiraria a sua paz, nada tiraria sua alegria, nada apagaria a sua última noite. 

Ainda era capaz de sentir a pele pegar fogo ao se lembrar dos toques de Noah, e todo o cuidado que ele teve. Era como se cada momento estivesse eternizado em cada centímetro de sua pele, que agora, tinha as digitais de Noah. 

Como era bom amar, e mais do que isso, se sentir amada. 

Agora entendia bem o que sua mãe dizia, o amor sempre valeria a pena. Independente de espera, independente de decepções e mágoas. Tudo poderia passar, e sempre passaria. Mas o amor, era o que sempre prevaleceria. 

E o seu maior exemplo de amor, era a sua própria família. 

Não existia maior exemplo de superação, se não seus pais e tudo o que construíram. A família que veio depois de anos, os sonhos que se realizaram, e que sempre pertenceram um ao outro. 

Houve a vida dos dois, em caminhos separados. Mas os sonhos, só eram realizados quando juntos. Exatamente como estavam agora. 

— Você está muito quieto — Implicou com Alfonso, cutucando-o com seu pé — Aconteceu alguma coisa? 

Alfonso: Hum? — A olhou com as sobrancelhas estreitas, e foi totalmente impossível não sorrir ao vê-la — Estou apenas lendo um dos criativos que me enviaram — Apontou o iPad com a cabeça, a tempo de ver o bico que se formou nos lábios de Anahí — Mas com toda certeza, posso deixar isso para depois — Dispensou o aparelho, deixando-o ao seu lado no sofá. 

Anahí: Esse é o meu maridinho — Relaxou ao lado dele no sofá, e Alfonso puxou os pés dela para colocar sobre sua perna, massageando-os — Eu também tirei o dia de folga para isso — Fechou seus olhos ao sentir o delicioso carinho que ele fazia — Para curtir a minha família. 

Segunda vez amorOnde histórias criam vida. Descubra agora