𝟓𝟓. 𝐀𝐌𝐎𝐑𝐄𝐒 𝐈𝐍𝐂𝐎𝐍𝐒𝐂𝐈𝐄𝐍𝐓𝐄𝐒

1.2K 134 7
                                    

Primeira semana do ano merece maratona né? :)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Primeira semana do ano merece maratona né? :)

— Por que não consigo encontrar nenhuma meia?!

— Use só uma cueca! — Aurora falou para seu namorado enquanto ele vasculhava os pertences de seu pai. Ela, por outro lado, ainda estava batendo rapidamente na tela do telefone enquanto se sentava na tampa do vaso sanitário.

Jacob tinha lido suas mensagens. Então, ele estava vivo. Bem, tão vivo quanto um morto poderia estar.

— Uhh, vou ligar para Scott e perguntar!

— O-ok! — Ela respondeu, olhos chocolate grudados nas mensagens em sua tela.

bela adormecida: por favor, diga-me que está bem. sinto sua falta :( você não precisa voltar. apenas me dê um sinal.

O único sinal que ela recebeu foram os azuis da mensagem. Mais uma vez, ele leu as mensagens. Ela não estava deixando-o deslizar por seus dedos desta vez. Dedos delicados tocaram rapidamente na tela, pressionando o botão de chamada e empurrando o dispositivo até o ouvido.

Três toques estridentes.

O suspense fez seu coração parar momentaneamente, como se sua vida dependesse de ele atender ela.

Mais uma vez, três toques estridentes. Isso era tortura. Tortura literal. Que tipo de primo nem mesmo atende a ligação em seus momentos de necessidade.

A mandíbula de Rory começou a se apertar. Seus nós dos dedos estavam brancos como resultado de segurar o celular tão duramente, ficando com raiva do ignorar constante. Assim que a garotinha abaixou o telefone, algo soou do outro lado da linha.

— Jake?! — A linha ficou em silêncio por um momento. E então, uma respiração trêmula. Era assustador. Repugnante.

Aurora imaginou que era assim que a morte parecia. Frio, vazio, solitário. 

— J-Jacob?

— Não me ligue de novo. — A voz que antes era tão familiar se foi. Substituída por algo faminto e vingativo.

Agora ela estava estremecendo. A garota rapidamente olhou para a porta, certificando-se de que Stiles não pudesse vê-la ou ouvi-la.

— A única vez que você pode me ligar é se estiver morta. Você entendeu?!

Como ela ao menos-

— P-por favor-

A linha ficou muda. O ritmo da respiração de Aurora aumentou. Ele estava vivo. Jacob estava bem. Faminto e rude, mas bem. Claro, doía-lhe saber que ele falava assim com ela, mas ele ainda estava respirando. Mesmo quando ele não precisasse.

— Rory! Você está bem?

A voz de seu amante a tirou de seu olhar atordoado. Com as mãos trêmulas, ela deixou cair o braço, colocando o telefone bloqueado em seu colo.

— Sim, desculpe.

— Está tudo bem, baby. — Ele arrastou os pés levemente para longe da porta. — Olha, eu, uh... odeio te apressar enquanto você está fazendo o número dois-

— Eu não estou fazendo cocô!

— Está tudo bem! Eu sei que você acha difícil fazer cocô na casa de outras pessoas e eu não quero te envergonhar! Mas tem muita coisa acontecendo!

Ela se levantou do assento, pisando forte até a porta do banheiro e destrancando-a rapidamente. Usando toda a força que seus bracinhos podiam reunir, a garotinha abriu a porta. Stiles, que estava casualmente encostado na porta, caiu com ela quando ela se abriu. 

— Não estou fazendo c-cocô! — Ela bateu o pé. O garoto desajeitado recuperou a postura, endireitando-se. O olhar em seu rosto estava contorcido de puro embaraço, bochechas coradas, mas olhos amorosos fitando a doce Aurora.

— Eu acredito em você! Mas nós realmente temos que ir!

E então eles saíram, as mãos entrelaçadas enquanto corriam em direção ao roscoe. Mesmo em suas horas de angústia, Stiles ainda garantia que Aurora estivesse protegida em seu assento corretamente, chegando a dar um beijo em sua têmpora antes de fechar a porta.

O vento estava forte e relâmpagos cacarejavam no céu. Aurora estava mais do que grata pelo pensamento rápido de Stiles em pegar Reggie na saída rápida, pois suas mãos o acariciavam ansiosamente enquanto ela tremia. Ela odiava trovões.

— Está tudo bem, está tudo bem. — Stiles tentou o seu melhor para persuadir a garota tímida tomada pela ansiedade. Sua mão quente e cheia de veias roçou seus braços trêmulos. — Daddy está aqui. — Ela sabia que ele estava; ele sempre esteve.

Ele pressionou o acelerador com mais força. Estava tão escuro que eles mal podiam ver através do nevoeiro, mesmo com os faróis totalmente acesos. Conforme o carro acelerava mais, a ansiedade de Aurora crescia, subindo por sua garganta e sendo expulsa ao som de gemidos silenciosos.

— Vamos. — O garoto de cabelos negros murmurou, tentando o seu melhor para ver através do vento forte e da névoa enquanto piscava os olhos. Um trovão estalou mais uma vez. No momento da luz que segiu o barulho, os dois puderam ver de repente, à sua frente, para onde estavam indo. Direito em direção a uma árvore.

— Stiles!

— Merda!

Era tarde demais para acertar o freio. Os dois foram para a frente quando a frente do roscoe entrou em contato com o tronco da árvore. Stiles tentou o seu melhor para proteger a garota sentada ao lado dele, seu braço voando para o lado e para a frente de seu peito para impedi-la de voar para a frente. Isso não impediu, porém, que sua cabeça se espatifasse contra a janela. Na verdade, as duas cabeças atingiram o para-brisa. 

O braço dele caiu no colo dela, amolecendo em seu estado de inconsciência. O sangue escorria de lados opostos de suas testas, pingando em suas bochechas e manchando suas roupas.

Durante os poucos momentos em que seus olhos permaneceram abertos, tudo que a garota pôde fazer foi olhar desesperadamente para o namorado, gritos caindo de seus lábios machucados. Ela tentou o seu melhor para estender a mão, o cachorro de pelúcia escorregando por entre seus dedos. Aurora tentou se agarrar ao garoto que tentara protegê-la, mas não adiantou, pois sua visão ficou turva.

— S-Stiles-

O grasnar não foi suficiente para trazê-lo de volta para ela enquanto ela escorregava para a mesma situação mental que ele.

E ali eles ficaram, dois amores inconscientes com hematomas ensurdecedores, tentando se abraçar uma última vez.

𝐆𝐇𝐎𝐒𝐓 𝐎𝐅 𝐘𝐎𝐔, 𝘴𝘵𝘪𝘭𝘦𝘴 𝘴𝘵𝘪𝘭𝘪𝘯𝘴𝘬𝘪Onde histórias criam vida. Descubra agora