Kyara
Não aguento mais essa escola! Ainda bem que já está na hora da saída, não aguento mais ficar aqui dentro, o foda é que eu ainda tenho que trabalhar, é daqui pro trabalho, da nem pra descansar.
Mariana: Tu vai trabalhar hoje? - confirmei - até mais tarde?
Kyara: É sexta né Mariana - peguei a bolsa e o menino da minha sala esbarrou em mim - tá cego porra! - gritei, mas ele já tinha saído da sala.
Mariana: ia te chamar pra ir pro bailão - disse dançando me fazendo rir - não sei porque tu trabalha.
Kyara: Porquê hoje eu não posso sair, mas amanhã eu posso e quem vai pagar minhas bebidas? Minhas coisinhas? - fui saindo da sala e ela me acompanhou - eu não gosto de ser sustentada por mulher nenhuma.
Mariana: Indireta flor? - me olhou debochada e eu ri - tem seus pais, você sabe que eles te dão dinheiro, se você pedir.
Kyara: Não inventa Mariana, eu gosto de ter meu próprio dinheiro - ele balançou os ombros.
Mariana é assim, ela arruma os cara pra pagar as coisas dela, e acha que eu tenho que ficar arrumando as mulher pra pagar as minhas coisas.
Já disse a ela, que comigo isso não cola, não dá certo, eu mesmo já tentei, mas aí ela veio jogando na cara, falando que eu era porra de fiel dela, já larguei de mão.
Roberto: Tchau meninas - falou pra gente, nós olhando de cima a baixo, demos um sorriso falso e seguimos pra fora.
Mariana: Que nojento - concordei com ela - ele nunca vai parar de dar encima da gente?
Kyara: Quem sabe um dia - dei de ombros e vi ela pegando um cigarro - tu não vai parar com isso nunca?
Mariana: Nem vem Kyara, me deixa cara - neguei com a cabeça e segui meu caminho, me despedindo dela.
Mariana é minha amiga desde que eu me entendo por gente, nossas mãe são amigas a muito tempo também, aí a gente acabou crescendo juntas.
Vi de longe o bar abrindo, corri pra ajudar seu Zé, o homem já é de idade, e eu falo pra ele não fazer esforço, deixar isso pra mim, mas ele insiste.
Seu Zé: Podia deixar Kyara, eu já estava terminando - olhei pra ele de cara feia e ele já se calou.
Eu trabalho aqui, a mais de um ano, comecei bem novinha mesmo, eu não queria depender dos meus pais e arrumar um trabalho com 14 anos, sendo registrado, não era fácil.
Eu vi que aqui estava precisando, e corri atrás na hora, se eu coloco uma coisa na minha cabeça, é difícil de tirar.
Fui colocar minha bolsa nós fundos e já aproveitei pra me trocar, coloquei o short, que eu trabalho, não muito curto e uma camisa normal, eu usava um avental, não ia fazer tanta diferença e já amarrei meu cabelo em um coque, cheguei a ter até uma dor no coração, tá limpinho.
Muito gente me acha doida, de trabalhar em um bar de short, mas não dá! Um calor aqui no Rio de Janeiro e eu ainda tenho que ficar de calça? Ninguém merece!
Fora que todo mundo já me conhece, não tem segredo, a única coisa que seu Zé pede, é pra não ser curto, mas de resto, ele não liga muito.
Se a gente achou que aqui não ia encher por causa do baile, estávamos errados! Teve que colocar mesa na calçada, olha que é final de mês.
Fui pra casa já era quase duas horas, essa é a única parte ruim de trabalhar em bar, o bom que isso acontece só final de semana, mas ainda tem o dia certo.
Cheguei em casa e meus pais estavam no sofá dormindo, e a tv estava ligada. Eu acabei fazendo barulho, quando fechei a porta e meu pai se assustou.
Kyara: Desculpa - sorri sem graça deixando minha bolsa no canto.
Pai da Kyara : Não tem problema, era pra acordar a gente mesmo - fez cara feia se espreguiçando - que horas são?
Kyara: Quase duas horas - ele assentiu.
Pai da Kyara: Voltou tarde hoje em - levantou do sofá e eu concordei - tava com namoradinho? - falou brincando e eu sorri amarelo ficando em silêncio - deixa eu ir dormir na cama, boa noite filha - pegou minha mãe no colo e foi pro quarto deles.
É uma pena que meus pais não saibam minha sexualidade, eu não falo por puro medo mesmo, eles vivem jogando indiretas, pra ver se eu falo, mas depois de tantos casos por aí, de pai e mãe não aceitando, que eu tenho até medo.
Deixei esse pensamentos de lado e fui tomar banho, que banho gostoso, era o que eu realmente precisava, não via a hora de ir embora, hoje foi difícil.
Depois de tomar banho, vesti uma roupa velha qualquer e fui fazer um miojo, super saudável... Mas foi a primeira coisa que eu vi.
Depois de pronto, eu fui procurar alguma coisa pra beber e achei queijo, taquei no miojo, peguei o suco que tinha e fui pra sala.
Queria estar era nesse baile que está tendo, mas sem chance de eu sair daqui pra ir la, uma hora dessas.
Coloquei qualquer coisa que eu vi e comecei a comer, deu bom viu, o miojo gostoso.
Eu nem vi a hora que era, só sei que peguei em um sono bom viu, ali no sofá mesmo, fiquei com preguiça pra ir pro quarto.
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Eu vou colocar esse aviso aqui, porque eu mesmo pulo as notas quando eu vou ler e eu não quero ter que ficar respondendo esses tipos de comentários.
Mas sim gente! A Kyara é muito nova pra Agatha e eu sei que isso é errado, mas é apenas uma fic, vocês que estão nessa idade, tomem cuidado com quem vocês se relacionam!!!
——————————————————Votem e comentem pra ter mais capítulos!
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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)
Fanfiction𝐑𝐉-𝐑𝐨𝐜𝐢𝐧𝐡𝐚 "Eu a amo! Mas será que realmente vale a pena lutar, por alguém que te machuca todos os dias?" Essa fic conta a história da Agatha pereira e Kyara Santos, duas mulheres realmente incríveis, mas eu não diria que isso representa o...