cap 44

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Kyara Santos

Voltaram com a música, mas não pararam com os tiros por um tempo, eu que não fiquei na grade pra saber se pegava em mim.

Mariana: Iiih maluca, ta afastada de todo mundo porquê? - chegou pra perto de mim.

Kyara: Por causa dos tiros, se um desse pegar em mim... - ela riu - Dreia também riu, tava aqui até agora pouco, mas também foi atirar, toda doida.

Mariana: Ela ta aqui? - eu assenti - achei que depois da confusão ela não ia poder mais vir aqui.

Kyara: Diz ela que os outros levaram esculacho, não ela - dei um gole na minha bebida.

Mariana: Vamos descer? Os tiros ja pararam, eu quero dançar e não da pra fazer isso hoje aqui em cima, cheio de gente - concordei.

Kyara: E teu alecrim? Vai encher o saco não? - ela negou e eu olhei desconfiada.

Mariana: Ele ta trabalhando la em baixo, plantão dele hoje.

Kyara: Só vou avisar pra Pereira e a gente ja desce, olha a Dreia ali, chama ela - apontei com a cabeça e ela não pensou duas vezes antes de ir.

Fui na direção da Pereira, mas fiquei sem graça, o monte de gente me olhando, nem entendi nada, mas ela viu que eu queria falar e tirou o fuzil do lado dela, dando espaço pra eu sentar, e eu fui.

Pareira: Manda o papo - falou depois de tirar a maconha dela da boca.

Kyara: Só vim te avisar que vou descer la pra baixo, ta muito cheio aqui e eu quero dançar, ta bom?

Pereira: La também não ta cheio? - falou colocando a mão dela na minha coxa e apertando fraco em seguida.

Kyara: Mas aqui ta cheio de gente que eu nunca nem vi, vou la com a Mariana e com a Dreia, só vim te avisar, já é? - ela assentiu.

Pereira: Só não some - me puxou pra um beijo e eu levantei em seguida, pra descer, ja que as duas ja estavam me esperando.

Mariana: Vamo embora, o Paçoca também ta te esperando la em baixo, disse pra eu arrastar você.

Descemos e ja ficamos dentro do povo pra dançar, amo isso aqui tudo, negócio de ficar parada, não é comigo.

Paçoca chegou um tempo depois e não tinha quem segurava a gente.

Galega: Iiih qual foi? - chegou fazendo um toque com o paçoca, ja dava pra ver que ela tinha se drogado, só pelo nariz sujo. Eu parei de dançar pra respirar um pouco - eai Kyara - assenti de longe e ela chegou mais perto, pegando na minha cintura, pra dar um beijo na bochecha mas eu fui pra trás - falta de educação isso ai.

Kyara: Ja te cumprimentei de longe, ta de bom tamanho, não vem de deboche pro meu lado, querendo intimidade se você sabe das coisas - ela levantou as mãos em rendição.

Galega: Ala paçoca, mandada a beça, acha que só porque a mulherzinha dela cresceu, tem direito de tudo, desumilde.

Dreia: Acho melhor você dar uma segurada -  colocou a mão no colo dela, fazendo ela se afastar.

INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora