INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)

cap 37 part1

Agatha Pereira

Desci da moto com ela, no maior cuidado, mas não tem como ser só flores, os tiros tinham aumentado, foi com pressa.

Pereira: Abre aqui - bati forte no portão - Kyara, porra zou eu a Pereira, to com a sua mãe!

Não demorou nada, pra ela aparecer toda desesperada e me ajudar a colocar a mãe dela pra dentro.

Kyara: Mãe? O que aconteceu? A senhora não tava em casa? - a mãe dela gemeu de dor, assim que se sentou - porra!

Pareira: Tenta ai fazer um curativo nela, vou nessa, fecha aqui.

Kyara: Valeu mesmo, Pereira - assenti subindo na moto.

Piei pra boca principal, onde o Peixão estava, tive que dar meu jeito pra não tomar um tiro, quase tomei, mas eu cheguei ja chamando o Peixão, o cara nem deixou eu falar e ja estava negando.

Pereira: Porra Peixão, to ligado que tu não é de pedir ajuda pros de la de cima,  mas o morro ta caindo.

Peixão: E tu ta fazendo o que aqui se o morro ta caindo? Bora pra guerra. Quero saber dos mais fortes encostando aqui não. Vai pro teu ponto.

Sai de la bolada, quero nem saber se ele não autoriza, eu que não vou deixar esse morro cair, os crias todos morrendo, por orgulho do próprio dono, posso levar o meu depois, mas eu sei que vai ser melhor.

Ja me encostei na primeira boca que tinha ali perto, os menos de vigia tudo estranho, mas nem disse nada, eu também não queria ouvir.

Liguei tremendo, maior medo deles rejeitarem, ou não dar certo, quem é cobrado depois, sou eu.

"Manda o papo, quem ta na voz?"

– É a Pereira pô?

"Qual foi? Ta me ligando porque? O morro ai não ta em guerra?"

– por isso mesmo, seguinte Dantas, o morro ta caindo, precisamos da tua ajuda.

"Namoral mesmo? Vou nem dar lição de moral, porque ai eu to ligado que tu nem tem tempi pra ouvir, mas eu não dei se tu tem muita coragem mesmo, ou se vocês estão precisando mesmo."

– O negócio é de necessidade, o Peixão nem autorizou ligar pra vocês, eu posso levar o meu, mas pelo menos fiz o meu.

"Cria, eu tenho que reconhecer tua coragem no bagulho, eu não no Rio, mas tem uns vinte homens meus por ai perto, marca dez e eles ja encostam ai, muita fé pra vocês."

– É isso então pô, fé ai.

Voltei pro meu posto e acabou que a Ale teve que ficar por la mesmo, foi quinze minutos pra eles chegarem pelo matagal, eles veio com força também.

Mas não tava adiantando muito, parece que eles sabiam onde estava o Peixão, só estavam indo na direção da boca principal, estavam na intenção.

– Peixão, caralho! Tão subindo pra ai!

"To ligada minha aliada, que o pai de cima me abençoe, o que tiver que acontecer, vai acontecer, mas eu não vou abaixar a cabeça, vou pra guerra até o final"

Ale: Ai Pereira, vocês sustentam ai sozinhos, eu vou vom meu pai, não vou deixar ele cair fácil assim.

Pereira: Tu tem certeza? - ela assentiu - vou te prender não, qualquer coisa é só acionar - fiz um toque com ela, mas ja voltei atirando nos filhos da puta que estavam rodeando onde estavamos, pra dar espaço pra ela passar.

•••

A gente até tenta, faz o que for de melhor, da o de melhor, mas quando é pra ser, não tem jeito, a gente deu o sangue, perdemos muito dos nossos.

Estavamos com sangue no olho, mas não teve jeito, Peixão foi pra frente sem dó atirou em muitos, assim como os que estavam com ele, mas eles não se assustaram e acabou atirando nele em seguida. Assim que mataram ele, ja começaram a meter o pé.

Pereira: Bora porra! - gritei no radinho - se eles pensam que vão sair dessa porra de mão beijada, ta errado caralho!

Eles não queria revidar, então foi a chance de tirarmos contra eles também.

Assim que o morro ja estava mais vazio eu fui dar uma força la na Ale.

A mulher estava ajoelhada na frente do pai, ninguém chegou perto pra tentar separar, eu deixei também.

Morro em luto, perdemos o nosso amigo, um puta de um chefe...

FINAL DA MARATONA 5/5

Era pra ser uma maratona e acabou sendo 3 dias de capítulos direto, amanhã teremos uma maratona direto, postado tudo de uma vez, fiquem atentos.
Desculpa pela demora.