cap 16

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Kyara santos

Pra me conquistar é fácil mesmo, puta que pariu! Ainda ela toda gostosa daquele jeito, foi fácil, não precisou pedir duas vezes pra eu dormir la e eu ja aceitei.

Depois desse dia, não teve um dia que ficamos sem conversar, não era só pelo celular não, a mulher tinha cara de pau de me buscar na escola, ir no bar, só pra ficar comigo.

Falando em bar, Seu Zé que me perdoe, mas eu ja estou vendo um emprego melhor, esses dias eu prestei bem atenção, to me dedicando mais ao bar do que eu deveria.

Minhas prioridades que deveriam ficar nos primeiros lugares, estão ficando nos últimos, fora o cansaço, o bar ta ganhando mais cliente que antes, to tendo que sair mais tarde, ta dando pra mim não, eu não estou vivendo.

E parece que a mulher adivinhou, a moça começou uma loja agora, ta precisando de alguém pra trabalhar la, ela me chamou fazendo a proposta, eu nem perdi tempo.

Eu to indo la agora, fazer uma entrevista, sei nem o que tem que falar, to morrendo de medo.

Pelo menos foi recomendação, diz ela que a mulher que faz meu cabelo, fez o dela e comentou sobre mim, eu nem gostei né.

Ja avisei pro Seu Zé ontem, que não ia hoje, se der tudo certo aqui, amanhã mesmo eu vou ter uma conversa com ele.

Parei em frente a loja, pensa em uma loja bonita, não sei se é porque ta tudo novinho, mas dava prazer de ver.

Assim que entrei, dei de cara com a mulher no balcão, ja me reconheceu na hora.

Kyara: Bom tarde - sorri simpática.

Maiara: Bom tarde - retribuiu meu sorriso - você é a menina que eu conversei pelo celular né? - assenti - a minha sala ta no improviso, porque foi a única parte que eu ainda não terminei, por isso tentei conversar com você bastante pelo celular.

Kyara: Sem problemas.

No começo, por incrível que pareça, eu nem falei muto, ela percebeu meu nervosismo e fez com que eu começasse a falar mais.

Maiara: A única coisa questão agora é a a sua escola, você estuda o horário que eu preciso de você.

Kyara: Eu mudo pra de noite, a escola é tranquila nisso, só eu pedi minha vaga.

Maiara: Eu só te peço pra você ir atrás o mais rápido possível, eu precisava de você ja na segunda.

Kyara: Amanhã mesmo eu vou la na escola e tento a minha vaga.

Maiara: Então está tudo certo, gostei de você, a mulher que faz cabelo não mentiu realmente em nada.

Nos despedimos e eu sai de la sorrindo pro vento, queria guerra com ninguém, amanhã vou resolver o que eu tenho que resolver e ja vou comemorar, sextou!

Fui pra casa e ja aproveitei pra arrumar as coisas que estavam atrasadas, mas antes de eu começar a minha mãe me ligou, pra saber se eu tinha conseguido ou não.

A mulher quando eu falei, ficou mais contente que eu, ela sabe melhor que ninguém que o bar não esta mais dando certo e que eu só não sai, porque não gosto de ficar sem trabalhar.

– amanhã vamos la na escola correr atrás, pra tu estudar de noite.

– ia te falar isso agora, a mulher falou que ja precisava de mim segunda, se fosse possível.

Terminei a ligação com a minha mãe e voltei a arrumar as coisas em casa, botei até musica alta.

Mariana: Me escuta não é? Ta surda? - deu pausa na musica e entrou na cozinha.

Kyara: Que susto da porra, Mariana! - olhei pra ela - ta vendo o som alto não? É lógico que eu não escutei.

Mariana: Fui la no Seu Zé, tu nem tava lá, Seu Zé disse que tu só voltava amanhã, fiquei preocupada, tu nunca falta la.

Kyara: Tava nada confirmado não, por isso nem comentei nada, tu sabe como eu sou - ela assentiu - mas eu vou trabalhar em outro lugar, o bar ta me matando, nem to vivendo.

Mariana: Vai trabalhar onde? - pegou o pano de prato e foi me ajudar com a louça.

Kyara: Uma loja que abriu la embaixo, loja bonita em.

Mariana: Mas é tudo certinho, registro e tudo?

Kyara: Ela conversou que isso ela ja ta resolvendo, pelo o que eu entendi, ela também vai deixar esses dias como teste.

Mariana: Ta certo... To feliz por você amiga, dava pra ver que o bar estava te cansando - assenti.

Achei que ela ia embora depois de secar a louça, foi nada, mulher voltou com o som e foi me ajudar na casa, limpou tudo comigo, adiantou meu lado, ja estamos terminando, eu amo essa menina.

Kaique: Até estranhei, aqui com musica alta, da pra escutar de longe - diminuiu o som.

Kyara: Ninguém bate mais na porta? - botei a mão na cintura.

Kaique: Da licença que eu sou de casa - colocou a mão também na cintura.

Kyara: Vocês são folgados, isso sim - neguei - senta ali junto com a Mariana, eu vou terminar de passar pano.

Terminei de passar pano e eu ja estava morta, essa casa mora três pessoas, mais imagina, um mês ja sem uma faxina dessa? Dá não, acumula muita sujeira.

Kaique: O que vocês vai fazer de bom agora? - largou o celular.

Mariana: Eu vou pra casa, ja ja o Chaves chega e eu tenho que fazer comida.

Kyara: eu não tenho nada pra fazer, to livre.

Kaique: achei que tu ia sair com a tua mulher - deu de ombros.

Mariana: Que mulher gente? To perdida - revirei o olho - aaah sei quem é sim.

Kyara: vocês tão vendo alguma coisa aqui? - apontei pro meu dedo - então pô, tem nada de mulher não.

Kaique: Esses dias dormiu até na casa dela - resmungou.

Kyara:  E o que que tem? - encarei ele.

Kaique: Nada não pô, mas ó, ja deixei meu aviso pra ela - cruzou os braços.

Kyara: Que aviso? Kaique - segurei a risada - tu não assusta nem uma mosca - a mariana riu e eu continuei segurando.

Kaique: Ja é pô, ficam ai gastando comigo, eu só queria te defender pra ela não fazer merda com tu - resmungou.

Kyara: Oooh bichinho - fui abraçar ele - para de rir Mariana, o homem só queria me defender.

Kaique: Depois dessa vou até embora - fez cara de deboche - vamo Mariana.

Ainda gastei mais ele e só depois de um tempo ele foi embora com a Mariana, eu amo esses dois, tem como não, vê se pode gente, querer me defender, logo o paçoca, só rindo mesmo.

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora