cap 29

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Kyara Santos

Muito coisa pra uma cabeça só! Minha irmã chegou na semana em que meu pai me disse, foi bem acolhida, por todo mundo, ela estava mal, garota só chorava.

Essas duas semanas,  ela pensou um pouco, se levantou, serviu realmente pra isso, garota ainda não ta aquelas coisas, mas ela parece que vai ficar bem,ta tranquila...

Vitória: Tu não vai mesmo com a Mariana? - neguei - ela te mandou mensagem dizendo que ta vindo pra cá.

Kyara: Vai vim de besta - terminei de passar meu creme - eu não vou no mesmo carro que aquele la, ja falei.

Liguei de novo pra Mariana falando, eu chego la meia noite, mas eu não vou com ele, ela achou ruim e tudo, mas sabe bem que eu não sou de duas palavras.

Vitória: Ele é tão ruim assim? - assenti.

Kyara: Tu não sabe da metade, eu que não entro no carro dele, se você não quiser andar, fica a vontade.

Vitória: Tu hoje também em... Ta vindo com 5 pedras pra cima dos outros.

Kyara: Foi mal ai, to estressada, ta tudo no vermelho - ela riu negando.

Vitória: E tu ainda vai de vestido - assenti - é doida.

Kyara: To de shorts colado por baixo, ta tranquilo - falei terminando de me arrumar - vamos? - ela concordou levantando.

Saimos dando tchau pro meus pais, eles tão tudo preocupado com a minha irmã, mas ela mesmo falou que ta precisando sair im pouco, esquecer por um tempo, de tudo isso.

Ja fomos direto pro baile, saimos comprando pirulito e chegamos comprando bebidas, ela tem o motivos dela e eu tenho os meus, beber porque eu sei que vou ver a outras, e quero curtir um pouquinho, antes de qualquer conversa.

Quase meia noite, ja estavamos altinhas, nessa ai, encontramos o casal, e a Mariana só veio pra completar tudo, to dançando muito e não quero saber de nada, to meio longe, mas eu tenho certeza que a outra ja me viu.

Paçoca: Que isso em irmã!? - riu e eu parei de dançar rindo com ele - E ai vitória? - acenou com a cabeça e ela retribuiu.

Kyara: Curtir um pouco né, eu só trabalho - ele assentiu - mas eai? Tu não ta trampando? - apontei pra bandoleira.

Paçoca: E to, por isso to aqui, Pereira ta te chamando no camarote - neguei - ela ta bolada, se eu fosse você, fazia o que ela ta pedindo, se ela descer aqui, o papo vai ser outro, ta ligada como é... - botei um bico na cara e cruzei os braços - disse que tu pode levar companhias.

Kyara: Que mulherzinha chata - dei um gole na minha bebida - tem que ser agora mesmo? - ele assentiu - espera ai então, eu não lembro por onde sobe.

Chamei a minha irmã, que ficou cheia de medo, falou que não iria, mas eu puxei mesmo assim, é mais fácil do que deixar ela  aqui sozinha.

Vitória: Você e esses seus rolos - negou e eu nem rendi.

Subi como se não tivesse acontecido nada, to enrolando mesmo pra falar com ela, eu não sei lidar com isso não gente, ela roda, e ai? Como fica? Surtei legal.

Fiquei no meu cantinho com a minha irmã, ja avisei pra ela nem olhar pro lado, a outra  nem estava aqui, as monas são tudo doidas, eu nem danço, vai que né, a não ser que eu esteja acompanhada.

Ficou eu e minha que nem doidas, encostada, só vendo o povo la embaixo.

Pereira: Boa noite - chegou atrás de mim e eu ja logo tomei um susto.

Vitória: Boa noite - se cumprimentaram com dois beijos no rosto.

Kyara: Boa noite - ela me cumprimentou igual, achei até estranho.

Pereira: A gente pode trocar um papo? - assenti - ai, to ligada que tu é irmã dela, ta tudo liberado pra tu, fica mec ai, só vou trocar um papo, ja é?

Minha irmã boba e nem nada, aceitou de bom agrado, falou em bebida de graça, essa ai ta indo sem pensar duas vezes.

Ela me levou pra um canto mais tranquilo, tinha só umas pessoas, mas não estava tão lotado, eu me encostei na parede que tinha e ela ja veio na marra ja, odeio quando ela fica assim, rendo muito fácil.

Pereira: Meu papo contigo vai ser direto, sem enrolação - assenti - quero saber, por que tu saiu da minha casa daquele jeito e depois sumiu, como se eu não existisse? Ainda meteu uma que estava voltando com os amigos, só pra eu não ir te buscar, qual foi?

Kyara: Só queria um tempo pra pensar - virei meu rosto pro lado.

Pereira: Duas semanas? pô - pegou o cigarro dela - da nem pra te entender, se não fosse eu trabalhando no morro, não iria saber nem se tu tivesse morrido.

Kyara: É Pereira, duas semanas, muita coisa pra mim, minha irmã voltou pra casa, meu trampo ta ai crescendo, mas eu to trabalhando em dobro, ai você com a porra de uma missão que tu tem que fazer, muita coisa cara, nunca passei por isso não, tu tem que entender - ela negou soltando a fumaça.

Pereira: Ai pra isso tudo, tu não pensou em tentar trocar uma ideia? Sumiu direto, sem pensar duas vezes.

Kyara: Vai ficar jogando na cara mesmo? - mexi no meu cabelo ja ficando nervosa - ja foi, tu não pediu pra eu vir e eu não to aqui, então ja era, não precisa ficar repetindo.

Pereira: Ja é então, não vai adiantar mesmo conversar com tu, não hoje pelo menos. Mas então tamo junto ou tu vai pular fora? - chegou mais perto com aquele cheiro de perfume caro e maconha, eu não me aguento mesmo.

Kyara: Tu é uma filha da puta sabia? - ela riu, soltando o bafo de cachaça - eu não vou pular fora por causa de uma missão, tu sabe disso.

Pereira: Sei não - negou - quero que tu me mostre que não vai mesmo - botou a mão na minha cintura.

Não deixou eu nem pensar, me deu um beijo gostoso, cheio de tesão, me prensou contra a parede e eu aprofundei o beijo com a mão no pescoço dela, ela ia colocar a mão por dentro do meu vestido e eu ja tirei.

Pereira: Qual foi? Ninguém vai ver - falou beijando o meu pescoço.

Kyara: Não é isso, to no vermelho mesmo - ela parou de beijar e olhou pra minha cara, mesmo com a falta de luz, deu pra ver o pontinho de decepção  seu rosto - mas eu posso usar o que eu tenho - falei chegando mais perto.

Pereira: Faz isso não - apertou mais a minha cintura.

Kyara: Vamos, minha irmã não vai ficar sozinha - dei um selinho nela e fui indo mais ela me puxou de volta, me dando um beijo.

Pereira: Tu hoje vai dormir na minha casa - neguei - não da desculpa falando da tua irmã, eu mando alguém levar ela, fica tranquila.

Kyara: Vou pensar - ri da cara que ela fez e puxei ela em direção ao povo.

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora