Agatha
Minha folga, sábado maravilhoso, queria guerra com ninguém, pelo menos eu planejava, não ter.
Porque os filhos da puta não sabe fazer o mínimo nas bocas, só o ódio, agora eu tenho que ficar na minha folga indo resolver problemas, que nem é meu.
Estava chegando perto dos cara, que estão em frente a boca, no puro ódio, meu sangue estava fervendo, não tenho um dia de paz.
De onde eu estava, vi os caras cochichando, mas assim que eu cheguei do lado, eles pararam.
Agatha: Coé dessa vez porra!? - falei meio alto e eles arrumaram a postura.
Ale: A boca 6 que o Chaves tá no comando - assenti - tá dando prejuízo pô, terceira vez esse mês já, eles sempre voltam com dinheiro, mas atrasado - passei a mão no rosto e respirei fundo.
Agatha: E vocês não conseguem resolver isso não? - eles não responderam - hoje é minha folga porra, tinha outra pessoa pra resolver não? Cadê teu pai Ale?
Ale: Foi lá pra pista dizendo ir atrás de uma mulher, isso foi ontem e até agora ele não voltou - concordei.
Agatha: Bora lá comigo - ela assentiu levantando.
Velho do caralho, eu não sou dona dessa porra não, ele que deveria está indo lá, vai levar esculacho também, eu não posso nem sonhar em fazer isso, mas ele faz.
Ale também é outra, folgada pra caralho, cria daqui, vive com isso desde que nasceu e fica nessa, olha que ela que vai ficar no lugar do pai.
Agatha: Tu já ligou pro teu pai? - peguei meu celular vendo umas mensagens.
Ale: Já pô, vem me dá esculacho não Pereira, tu sabe que os cara não me escuta - cruzei os braços.
Agatha: Já disse pra tu, aumenta a voz, sem colocar teu pai no meio, rapidinho eles te escutam, tá vendo isso aqui - apontei pra Glock dela, que estava fazendo volume na cintura - serve pra atirar, tu tem medo de usar é? - ela negou - hoje é tu, vai pianinho, na postura, falar com o Chaves.
Ale: Qual foi Pereira? Se fosse pra eu ir, nós não tinha te chamado, tá de marola?
Agatha: E tu tá achando que eu sou palhaça? Tua empregada? Que Deus guarde teu pai, mas ele tá velho Ale, acontece alguma coisa, o comando é teu - bati nas costas dela.
Ela seguiu caminho comigo, calada, pianinho, essa porra é mole viu, da não.
Chegamos e cumprimentamos os caras que estavam por perto vendendo, já entramos logo em seguida, ele estava sentado de olhos fechados e se assustou com o barulho que eu fiz.
Chaves: Caralho pereira - continuamos olhando sério e ele percebeu, arrumou a postura rapidinho - coé pô? - abriu um sorriso pequeno, achando que tem intimidade esse merda.
Ale: Vem com essa não porra - foi mais pra frente e eu dei uma segurada no braço dela - quero saber do dinheiro.
Chaves: Que dinheiro? - se fez de desentendido.
Ale: Vem com essa pra cima de mim não, Chaves, abre o bico, se não tu vai ser cobrado - botou a cintura pra frente, deixando a arma, mais visível.
Chaves: Que isso? - levantou as mãos em rendição - nós é parceiros pô, acho que eu ia roubar assim? - ficamos em silêncio - acabei de mandar um menor entregar, foi mal aí o atraso.
Ale: Não chegou nada na minha mão, tava na principal até agora - veio pra trás.
Chaves: Pergunta aí pra quem tá vigiando lá, tô falando pô acabei de mandar - a Ale olhou pra mim e eu assenti.
Peguei meu radinho, deixando em um volume mais alto e acionei o MW.
- Coé MW, confirma pra mim - olhei pro chaves esperando ele falar quem foi e ele disse em voz baixa - um menor, Jean, apareceu aí com o pagamento do Chaves?
- Aí pereira, ele ainda tá aqui, tá conversando com os cara, eu ainda não conferi o dinheiro não, mas tá aqui.
- Tranquilo, só é isso mesmo, fé ai.
Guardei o radinho, ainda encarando o Chaves, que tinha agora, uma cara de alívio.
Ale: Deu sorte, mas ó, é tu que tem que entregar e sem atraso, a próxima, vai ser cobrado - sorri internamente, ela só precisava de um empurrãozinho.
Chaves: Tranquilo pô, tá na razão - ele assentiu - aí como recompensa, dois aí, prontinho pra vocês, por conta da casa - colocou na nossa frente, dois cigarros de maconha, já bolado.
Pegamos e só mandamos um jóia e saímos em direção a praça.
Agatha: O que um empurrãozinho não faz - falei rindo e ela me olhou de cara feia.
Ale: Tu é o erro Pereira - negou acendendo o dela e eu também acendi o meu.
Chegamos na praça e ficamos em um canto mais afastados, só tinha uns veio conversando, se tu vier cinco da madruga, certeza que eles já estão aqui, nunca vi igual.
Agatha: Aí, essa mina não foi a que tu pegou - apontei com a cabeça pra uma menina de short curtinho que estava passando.
Ale: Sai dessa - negou - eu virei Maria Mucilon foi? - tirou o boné - ela é a Mariana, eu peguei a prima dela.
Agatha: Tu também pega todo mundo, mais rodada que prato de microondas - ri sozinha sentindo a brisa.
Ale: Eu queria mesmo era a amiga dela - olhei na esperança dela falar quem era - tu não conhece pô, é uma tal de Kyara, só o foda é a idade.
Agatha: Conheço mesmo não - neguei - mas aí, o que tem a idade?
Ale: A garota tem 15 anos - olhei pra ela estranho - nem rola, mas com ela eu casava, mina firmeza, ela trabalha lá no seu Zé.
Agatha: Eu não vou muito lá - nem terminei o que eu ia falar e comecei a tossir, depois de um tempo tentando parar a tosse eu me recuperei olhando pra Ale - porra, eu tenho que para de fumar de manhã, caralho.
Ale: Tá velha mesmo em - falou rindo e eu mandei o dedo do meio.
Agatha: Vou pra minha casa - falei apagando o cigarro, pra terminar depois - não me chama mais hoje - ela assentiu - fé ai - me despedi dela com um toque.
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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)
Fanfiction𝐑𝐉-𝐑𝐨𝐜𝐢𝐧𝐡𝐚 "Eu a amo! Mas será que realmente vale a pena lutar, por alguém que te machuca todos os dias?" Essa fic conta a história da Agatha pereira e Kyara Santos, duas mulheres realmente incríveis, mas eu não diria que isso representa o...