cap 8

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Kyara Santos

Saí da escola escutando uns bochichos do povo dizendo que ia ter briga. Eu acho a coisa mais infantil, mas eu também não perco uma.

Sther: Será que vai ter mesmo? - dei de ombros - poxa cara, tu sempre sabe das fofocas, ninguém te falou nada não?

Kyara: Sei não, Sther - olhei pra ela - perguntei pra menina ali, e ela disse que ia ter - assim que eu falei, vi uma bonde de mulheres chegando perto da entrada - pelo jeito vai ter mesmo.

Dudu: Essa aí é a fiel, que quer bater na menina do terceiro - apontou pra mulher que estava segurando uma criança - Iiih ala, chamou a menina, essa eu não perco.

Kyara: Tu não tem que trabalhar? - cruzei meus braços.

Dudu: Uns minutos de atraso não dá em nada - ri dele e comecei a prestar atenção na briga.

– Sentei pro seu marido mesmo, ele tá me bancando, tu vai fazer o que chorar? - falou rindo e apontando o dedo pra cara da outra.

A situação piorou, a que diz ser fiel, deu a criança pra uma amiga dela e prendeu o cabelo, a amante não fez diferente, deu a bolsa pra uma amiga e prendeu o cabelo também.

– Quero ninguém no meio não, se separar, vai levar também, e vocês que são amigas dessa filha da puta, nem tenta vim pra cima de mim, minhas amigas também estão aqui.

Só foi gritaria a partir daí, eu como uma anã, pra enxergar, tive que ir lá pra frente, ninguém estava fazendo nada, só gritando, mas estava me dando dó da amante, bichinha tava apanhando em, senhor!

Elas ficaram brigando até que ouvimos umas motos e dois tiros pra cima, alguns começaram a correr, pois eu só me afastei, quero ver o que vai acontecer.

Desceu das motos a Pereira e mais três, que são do movimento, quero saber qual deles é o marido da fiel.

Pereira: Qual foi dessa caralho! Na frente da escola? - ela gritou e a mulher levantou do chão, deixando a amante lá jogada.

– Porra Pereira, tu sabe que eu sou firmeza com esse aí - apontou pra um cara - fiquei sabendo que ele tava me traindo com uma piranha aqui dessa escola, me deram nome e tudo, tentei ir namoralzinha, chamei lá no insta, tentei conversar, ela nem deu atenção, então vim aqui na porta da escola pô, falei calma também, tô com meu filho, essa piranha já veio apontar o dedo na minha cara, tem que ser cobrada pô.

Pereira: Eu entendo isso aí, mas não é assim não, na frente da escola? Ia lá pra porta dela, agora tu acha bonito ficar fazendo isso na frente do teu filho? - cruzou os braços - e tu gordo? - falou pro cara, que olhou pra ele, parecia bravo - tu se resolve com suas mulheres dentro da sua casa, não é na rua não, já falei que o Peixão não gosta disso, não é a primeira vez que teu nome tá envolvido - o cara assentiu.

Gordo: Bora Pricila, pega teu bonde e meu filho e vai pra casa, lá a gente conversa - falou alto e a criança se assustou indo pro colo da mãe.

Sther: Será que ela vai tomar um pau? - o Dudu assentiu.

A mulher já tinha virado a rua e o Gordo foi até a menina no chão.

INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora