cap 10

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Kyara Santos

Pereira: Por que não? - fiquei em silêncio - hum? - deu um cheiro no meu pescoço.

Kyara: Por que não Pereira, eu quero ir pra casa - levantei o rosto dela, dando um selinho.

Pereira: Serião isso? - assenti - já é pô - deu outro selinho em mim, me puxando pra sair da água.

Ela vestiu as roupas dela tudo na calada e eu não fiz diferente, mulher esquisita, acho que ela bem ficou brava porque eu não quis, posso fazer nada, eu espero muito que não seja isso.

Kyara: Tu ficou brava? - olhei pra ela de braços cruzados.

Pereira: Por que tu não quis? - assenti - nunca! Se tu não quer, não é obrigada a fazer, mas seria maneiro - olhou pra mim com um sorriso safado.

Kyara: Que fogo é esse? - ri e ela me puxou pra um beijo - bora, amanhã eu ainda tenho aula.

Pereira: E tu lá faz alguma coisa? - assenti - achei que ia só pra ficar fazendo fofoca sobre as brigas - bati nela com as costas da mão e ela riu.

Kyara: Eu não faço essa coisa - me fingi e ela gargalhou - mas sério agora, o que aconteceu com eles? - Pereira olhou pra mim debochada - vai pô, fala aí.

Pereira: Só me falaram que a fiel apanhou muito e que depois que o gordo viu o vídeo, raspou o cabelo da outra - abri a boca chocada - acho feião isso, e tu?

Kyara: O que tem eu? Eu também acho feio - dei de ombros - ele é um filho da puta, como ele faz isso com duas mulheres? Porra...

Pereira: São as regras, a outra se tornou fiel porque quis - olhei pra ela debochada.

Kyara: Que hipocrisia viu Pereira - coloquei a mão na cintura, e ela subiu na moto.

Pereira: Iiih ala, já quer me deixar contra parede? - ri colocando o capacete - mas é isso mesmo, mas nem todo mundo lá de dentro, faria isso, o paçoca, teu amigo, certeza que não faria - só concordei e subi na moto - eu também não.

Chegamos em frente a minha casa, mas nós não nos largamos, eu sei lá quando posso ficar com ela de novo, isso se eu ficar né.

Kyara: Ei - olhei pra ela - eu tenho que entrar já.

Pereira: Eu também tenho que ir - assenti me afastando - aí! Quero perder contato com tu não, tu é maneira pô, gostei da sair contigo.

Kyara: Eu também não quero perder contado, mas aí é só você me chamar pra comer mais vezes - brinquei e ela riu.

Pereira: Tu também, come pra caralho - olhei pra ela me fingindo chateada.

Kyara: Me deixa, enquanto tô podendo comer, eu vou comendo - joguei beijo - agora eu vou lá.

Me despedi dela, querendo que ela entrasse, muito delícia gente, da não.

Entrei e meus pais ainda estavam na sala, eu cheguei exatamente em cima da hora combinada, eles nem falaram nada da hora, só perguntaram como foi.

Aqui em casa é assim, eu posso sair todo final de semana, mas sempre falando se vai voltar pra casa, que horas que eu vou voltar e se eu for dormir em um lugar diferente que não seja a casa da tia ou do paçoca, eu tenho que especificar aonde é.

Mas na semana eles já deixam avisado, não é dia pra ficar saindo, acho que eles só deixaram hoje, porque eu tô um tempo já sem sair.

•••

Amanheci puta da vida, atrasada e ainda acordei com a surpresa do mar vermelho, da não gente, tive que tomar um banho correndo, vesti a roupa de escola mais rápido que tudo, nunca me arrumei tão rápido.

Sai de casa sem comer nada, já sei que vou é passar fome, até a hora daquele intervalo.

Mariana: Que demora é essa? - perguntou assim que eu me encontrei com ela  na esquina.

Kyara: Nem vem, desceu hoje pra mim e eu ainda acordei atrasada - falei amarrando meu cabelo.

Mariana: Pra quem saiu ontem com a Pereira, tão bem brava viu - falou brincando, mas eu não ri - deu muito?

Kyara: Se liga Mariana, tu acha assim? Que é mole? - ajeitei minha bolsa.

Mariana: Esqueci que tu é virgem ainda, foi por isso que aquela mulher começou a jogar na sua cara as bebidas que ela tinha pagado, porque tu não quis transar com ela né? - só confirmei dando o assunto por encerrado.

Não gosto nem que fale dessa mulher perto de mim, maior escrota, eu só fiquei com ela em dois bailes, por pura influência da Mariana. Tá que a culpa não é só dela, a mulher também era gata, mas nesses dois bailes eu fiquei com ela, no segundo eu fiquei, mas não queria nada, só uns beijos mesmo, ela estava pagando porque queria.

Falei isso pra ela no dia, mulher se transformou, me chamou de interesseira e tudo, a minha sorte é não foi na frente de todo mundo, se não ia  passar a maior vergonha.

Meus pais mesmo nem sonham que isso aconteceu, eu me arrependo profundamente.

Chegamos lá e o portão já estava fechado, agora é mó perrengue pra entra sem os pais.

Mariana: Aí vamos aproveitar que é a tia - assenti - ela é tranquila, vai deixar a gente entrar sem passar na diretoria.

Kyara: Tia deixa a gente entrar por favor - ela parou o que estava fazendo na secretaria e olhou pra gente.

Tia Nessa: Vocês de novo entrando atrasadas - sorri amarelo - bora, última vez viu - assentimos e ela abriu a porta da secretaria.

Conseguimos passar pela diretora, um milagre ela ter percebido o que a tia fez e não ter falado nada.

Mariana: Bora lá conversar com a tia da cantina, a professora não vai deixar nós entra agora.

Kyara: Vamos é bom que eu já como, maior larica, não deu tempo de comer em casa.

Entramos na cantina e as tias já estavam la conversando, mas hoje faltou uma.

Bati maior papo com elas, me contaram tudo, falou que a outra, faltou porque o filho dela tá no hospital, parece que ele foi cobrado por alguma coisa.

Vimos que já ia dar a hora da segunda aula e nós nos despedimos das tias, agradecendo pelas bolachas, dá pra aguentar agora.

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora