cap 13

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Kyara Santos

A mona me fez de modelo tá! Não deixou eu sair da casa dela, até ela conseguir uma foto perfeita do cabelo.

Kyara: Eu tenho que trabalhar ainda - bati de leve no braço dela.

Thaís: Larga de ser abusada garota! Quem vê assim pensa que tu faz muito - olhei pra ela de boquiaberta e mandei um legal - tô te gastando, pode ir, depois eu te envio umas aqui - assenti.

Kyara: Já ia até esquecendo - olhei pra ela - minha mãe perguntou, quando tem horário disponível, para ela, a madame quer fazer também.

Thaís: Fala pra ela me chamar, agora eu estou com agenda mais que aberta - falou gesticulando.

Kyara: Fala pro Murilo que eu mandei um beijo pra ele viu - ela assentiu se despedindo de mim - teu Pix tá tudo certinho?

Thaís: Já mulher, terceira vez que tu pergunta isso.

Nessa favela aqui, tu não pode bobear, eu conheço a Thais, mas ouvi muita história de que uma cliente pagou e a vendedora disse que não, quase foi parar na boca essa história, não foi nada com a Thais, mas vai que né...

Sai de lá as pressas, ela achou que eu estava zuando, mas eu vou ir direto pro bar até, já liguei pra mim mãe avisando, falou um monte, diz ela que queria ver o cabelo pessoalmente.

Cheguei no bar, fala pra vocês, não gosto de trabalhar de sexta aqui não, uma vontade de sentar com esse povo é beber, se divertir, é enorme, bar cheio gente, parece acolhedor, me chama, ainda mais que hoje tem roda de samba.

Seu Zé: Tá linda, minha filha - falou assim que me viu.

Kyara: É Zé, uma pena que eu vou ter que dar um jeito de prender ele, agora - me fiz.

Seu Zé: Hoje o outro da conta da cozinha, só coloca sua roupa e fica só anotando e entregando os pedidos.

Confirmei com ele na miúda, mas comemorei por dentro, é raro isso acontecer, tem que aproveitar.

Me troquei e de qualquer jeito tive que prender, pra não ficar na minha cara, fiz um rabo de cavalo desajeitado, sai do quartinho já atendendo, só estava chegando mais pessoas, a turma que toca tinham acabado de chegar também, estavam se ajeitando.

De longe eu vi a tropa da outra chegando, o seu Zé já pediu pra mim ir pegando as mesas e separando, e estava em êxtase, eles nunca foram de aparecer por aqui, aí do nada eles vem, nem entendi.

Mariana: Gostosa! - gritou chegando mais perto - caralho amiga, escolheu bem em.

Kyara: Eu sei, mas a mulher também fez bem, tu viu? Tudo bem feito - ela assentiu - cadê o paçoca? Ele disse que ia vim hoje.

Mariana: É roda de samba garota, ele vai vim sim, e você? Jura que tu vai trabalhar hoje? - assenti - achei que tu nem ia trabalhar.

Kyara: Como não? Já estão me chamando - ela se sentou juntou com eles - vão querer fazer algum pedido por agora?

Ale: Tamo esperando o resto, só desse umas geladas aí - assenti saindo de lá.

Mas antes eu dei uma olhada na Pereira, mulher é podre mesmo viu, ela estava com uma mulher do lado, mona gata mesmo, gostosa, e mesmo assim estava olhando pra mim.

Hoje foi corrido, paçoca chegou quase no fim da roda, me mandando beijo, gritando pra Deus e o mundo o quanto eu tô linda, Pereira só me olhou a noite toda, nem um "oi", e olha que eu tive que ir vária vezes na mesa dela.

Kyara: Aí Seu Zé, já já da minha hora, tu vai fechar antes de eu ir, ou vai deixar aberto?

Seu Zé: Vou deixar aberto, minha filha, pode ir em paz viu - assenti respirando fundo.

Fechar aqui não é fácil viu, um bando de bêbado achando que você tem a obrigação de tratar eles como se fosse parente, eu não tenho paciência.

Deu minha hora, eu nem troquei de roupa, só tirei o avental, tô cheia de sono, não tô aguentando em pé.

Mariana: Já vai? amiga - me perguntou assim que eu passei do lado da mesa dela. Agora só tinha os que eu já tinha ouvido falar.

Kyara: Vou pô, tô aguentando não - respirei fundo.

Pereira: Eu te levo - falou me fazendo olhar pra cara dela, não tô entendo, se ela me quer ou quer virar meu Uber.

Kyara: Não pô, tu tá aí com a tua mulher - joguei um verde mesmo, vai lá saber né?

Eduarda: Tá falando de mim? fofa - assenti, retribuindo o olhar dela - então pode parar, essa feia aqui é minha prima, eu já sei do rolinho de vocês.

Eu não sabia onde enfiar minha cara, eu não sou assim com ninguém, eu realmente achei que elas estavam juntas.

Pereira: Iiih cês fala muito em - disse levantando da mesa - bora Kyara, deixa de conversa - me chamou e eu fui ainda calada - Ale leva a Eduarda de moto pra casa, tô de olho em, vou com teu carro - jogou a chave pra ela.

Nós despedimos de todo mundo e ela me levou pro carro, eu toda calada, na miúda, ainda tava com vergonha.

Pereira: Aí fica tranquila, a Eduarda é suave, só gastou contigo - botou a mão na minha coxa - mas aí, pareceu que tu tava com ciúmes.

Kyara: Se liga Pereira, eu lá sou essas emocionada, eu achei que tu tava com ela mesmo - dei de ombros.

Pereira: Falei nada não pô, eu ein - ficou em silêncio por um tempo - tá afim de dar uma volta?

Kyara: Pra onde uma dessa? - me ajeitei.

Pereira: Pelo morro, só pra trocar uma ideia, nada demais pô - confirmei - aí nem tive oportunidade, mas tu ficou gatona pô, toda na trança.

Tem continuação desse capítulo por isso não finalizei, sobre a trança imaginem a que vocês quiserem, o da multimídia só foi um exemplo.

AVISO IMPORTANTE
Tô desanimada pra escrever, por isso esse ficou xoxo

Fechamento de bimestre na escola e só agora eu consegui parar pra escrever, eu achei que eu tinha conseguido me organizar final de semana passado, mas acabou que eu nem conseguim.
E

u realmente espero voltar a escrever, não prometo nada!

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora