cap 24

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Kyara Santos

A semana passou voando, e eu posso afirmar, muito feliz, essa semana não teve um dia ruim, lógico que tem uns perturbados que infelizmente parece que vem pra te atacar, mas eu me mantive firme.

Sorrindo pro vento como nunca, tô até com medo, quando as coisas estão assim, é porque vai acontecer alguma coisa.

Cheguei em casa e meus pais estavam falando no celular, na real, dava pra ouvir lá de fora, parecia que eles queria falar com a pessoa aos gritos e não pelo celular.

Kyara: Meu Deus! Que gritaria é essa? - falei rindo - com que vocês estão falando?

Mãe da Kyara: Com a sua irmã, por um milagre, foi ela que ligou.

Vitória: Nossa mãe, mas a senhora quer me destruir mesmo em - Todo mundo riu e eu ainda continuei tentando raciocinar - oi Kyara, ta tudo bem? Não fala mais com a sua irmã mais velha não?

Kyara: Tu que não deu mais as caras aqui, eu estou no mesmo lugar, mas ta tudo bem sim, mas e ai, ta tudo bem?

Vitória: Ta indo, que bom que você ta bem, ta bonitona em.

Pai da Kyara: Tem que ser minha filha.

Virou o celular de novo pra ele e começou a falar do meu novo trabalho, enquanto a minha mãe me chamou em um canto.

Mãe da Kyara: Que cara é essa? - neguei.

Kyara: Nada não mãe, que bom que ela ligou né, vai falar um pouco com ela,eu vou tomar banho.

Mãe da Kyara: Tu vai sair hoje? - assenti - vai aonde?

Kyara: Vou ir pro churrasco que vai ter ali no bar, ajuntou o seu Zé e o outro bar e vai fazer um churrasco, mas só começa mais tarde, eu vou ainda tirar as minhas tranças.

Mãe da Kyara: Toma cuidado viu, se for dormi em alguma lugar, ja sabe, não esquece de me avisar e pedir antes de tudo - assenti - mas ainda bem que tu vai tirar essas tranças, porque daqui a pouco tem um ninho ai, tu não ta tendo tempo de cuidar muito.

Kyara: Credo mãe, eu cuido sim viu, eu vou tirar porque ja deu o tempo - ela concordou e foi falar com a minha irmã.

Liguei pra Mariana vim me ajudar, falou que em cinco minutos ta aqui, que vai trazer o Kaique também, eu adoro, preciso mesmo de duas pessoas pra me ajudar.

Mariana: Cheguei amor! - abriu a porta do meu quarto, com bolsa e tudo - que cara é essa? Eu disse que era em cinco minutos.

Kaique: Fica assim não, amor, quem te machucou? - me gastou e eu joguei um ursinho meu, nele.

Mariana: Impressão nossa Kaique, ela sempre teve essa cara mesmo, cara feia.

Kyara: Não to entendeu vocês, chamei aqui só pra ajudar a tirar as tranças, bora filhos, ta vendo que eu comecei.

Kaique: Mariana, no papo, acho melhor a gente voltar pra casa, ta vendo, a gente veio ajudar e ela fica tratando a gente assim, eu não mereço isso - fingiu choro.

Kyara: Se toca Kaique, vem me ajudar, as tranças são grandes e não pode diminuir nem uma.

Eles começaram a me ajudar, contando tudo as fofocas do povo da favela, uma é fofoqueira de nascença, o outro ta todo dia em um ponto diferente, a junção perfeita.

Kaique: E que milagre é esse que a sua irmã tava falando com os seus pais?

Mariana: Também achei estranho, logo ela? Certeza que ta acontecendo alguma coisa.

Kyara: Ainda bem que vocês me entende, eu também não sei porque ela ligou, mas toda vez que ela liga, é pra pedir favor, eu tenho dó dos meus pais, mas fazer o que né, se eles não abrem os olhos pra isso, eu que não vou falar.

Kaique: Você ta certa, nem se intromete nisso, do jeito que seus pais são com ela, é capaz de falar que tu ta louca.

Kyara: Minha mãe até entende viu, mas a gente tem que parar de falar assim, ai vai la e não é nada.

Mariana: Duvido muito...

Kaique: Segura a língua Mariana, parece uma cobra, fica colocando ai ela pra fora e solta veneno, é tu todinha.

Mariana: Se manca Kaique - deu um soco nele.

Kyara: Vocês parecem duas crianças, bora terminar logo isso, minha cabeça ta doendo.

Pedi pra eles ficarem quietos, é o erro, não calavam por nada, ainda botava meu nome no meio, eu não tinha nada a ver com isso.

Terminamos ja atrasados pra se arrumar pra ir pra esse tal churrasco, ainda eu ia lavar o cabelo, eu sofro muito com eles dois viu, quase me bateram.

Kyara: E vocês? Tão falando ai de mim, mas não vai se arrumar não?

Kaique: Ta achando que a gente veio com essa bolsa aqui por nada? Se toca minha filha, vamos se arrumar aqui - fez voz fina - bora, vamos sentar pra bandido hoje.

Kyara: Deixa meu pai escutar isso de tu viu - falei rindo junto com a Mariana.

Mariana: Sempre suspeitei de você, só não tinha certeza, mas agora...

Kaique: Se manca Mariana, o bandido sou eu, recebi logo hoje, vou ir trajado.

Kyara: Ta avisando pra que? Vai pagar, olha Mariana.

Ficamos gastando ele, mas logo fomos tomar banho, com eles não tem paz não, enche muito meu saco.

Estava entrando no banho, quando a outra me manda mensagem perguntando se eu vou, dizendo que ia buscar a gente, eu nem gosto dessa folga.

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora