INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)

cap 32

Agatha Pereira

Selecionamos os cinco de maior confiança, não confio nem na minha sombra essas horas, mas eles são os que mais fortalecem a firma.

Tudo apertado dentro do carro, mas fomos mesmo assim, armamento mais que o normal, o negócio foi tenso, os cara tudo querendo saber, mas eu e o Peixão deixamos isso baixo, falamos que era risco de invasão, era melhor assim mesmo.

Ficamos só uma noite no lugar, ninguém conseguiu dormir.

Assim que amanheceu saimos com o carro, ja estava tudo dentro mesmo, não precisou ninguém organizar nada, só revisamos tudo.

Gordo: Ta confiando nessa? - tirou os olhos da avenida e olhou pra mim.

Pereira: Confia em nada não, essa nossa vida, tu não pode contar com nada, coisa de doido.

Gordo: Papo reto? - assenti - ia pedir pra sair dessa missão, meu pequeno ta fazendo dois anos hoje - olhei assustada pra ele - muleque ta ficando grande ja, to ligado que não fui presente e só faço merda com a minha família, mas se eu não viesse nessa, eu ja ia pedir pra sair, mas eu preferir ter a garantia do futuro do meu muleque.

Pereira: Faço nem ideia de como é isso, mas no papo, boa sorte nessa tua jornada ai, ele vai te agradecer muito no futuro, boto fé.

Gordo: Não só ele... Minha fiel ta de barriga de novo, fiquei sabendo ontem, antes de vir, só me deu mais força. Depois de tanta coisa que eu fiz com aquela mulher e ela ainda ta comigo.

Pereira: No papo - ele assentiu - dar valor agora... Mas tarde, do que nunca.

Gordo: faltam, quatro quarteirões!

Chamei a atenção dos quatro que estavam no banco de trás, repassamos tudo que íamos fazer.

O banco não era desse de cidade grande não, bagulho pequeno, de mesmo, fim de mês, no meio da semana, sem segredo, Gordo, no carro, Zóio e Parafuso, ficar com a os seguranças, as cameras e os botões dos alarmes, pelo menos segurar pra que ninguém aperte em cima da hora, o plano é não atirar em ninguém, se não chama mais atenção e os cu azul, vem mais rápido.

Eu, DK e Fernandinho, vamos ir atrás do cofre, pegar o dinheiro e meter o pé, pegar máximo possível, mas sem se arriscar, Peixão não quer ter a chance de ter um dos seus, mortos.

Quem acredita, fez ali sua oração e eu só mentalizando o plano todo e esperar que escolhemos o dia certo, porque pelo horário, as ruas estavam vazias, então estava no papo de lá também ta vazio.

Assim que o gordo parou com o carro perto do banco, todo mundo já posicionou as armas e a abaixou a balaclava.

Pereira: Todo mundo ta ligado no plano? - assentiram - já é então, fiquem atento e segura os cara o quanto puder - o gordo começou a acelerar o carro pra frente do banco - quem tem fé ai, começa a orar, porque não tem volta.

O gordo nem parou direito ja saimos do carro na miúda, sem atirar e sem chamar a atenção, tinha um segurança na frente, e assim que ele viu a gente ja apontou a arma, mas fomos mais rapido e o Zóio atirou na perna dele com o silenciador.

Entramos e só tinha uma senhora sacando o dinheiro, olhou pra gente com uma cara assustada e antes que ela começasse a gritar, o Fernandinho ja encostou nela.

Fernandinho: Deita no chão, sem escândalo minha senhora - seguimos eu e os cara, enquanto o Zóio ficou vigiando a entrada, a mulher e o segurança.