cap 36

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Agatha Pereira

Negócio sinistro, tivemos que parar no caminho, estava todo mundo cansado, mas ficamos só por três horas e metemos o pé pro morro.

Ja fomos avisados que os policiais estavam rodeando o morro, provavelmente pra ver se pega a gente tentando entrar. Mas ele acabaram ficando menos e mais longe, vendo que a gente não encostava.

Pereira: Falta uns 20 minutos? - o gordo assentiu - ja vou mandar eles ficarem alerta, Peixão disse que a gente podia vir, vai ter que sustentar.

"Qual foi? Minha aliada"

- Peixão, marca vinte e ja estamos ai, acho melhor todo mundo ficar ja no seu posto.

" Ja é, ja vou acionar todo mundo, ja avisei pro morro ficar em alerta, qualquer parada, nós não da pra trás"

- É isso pô.

"Bota no viva voz ai"

- pronto, Peixão.

"Todo mundo ta me escutando?" - os cara respondeu - " seguinte, que ta muito ferido, pega uma arma só pra se defender e vai ter um menor esperando ali na terceira rua, perto da andreia e o resto, pega os armamentos que estão ai e mete bala, até chegar a boca 6, la tem coisas pra reforçar isso ai, os cara já tão marcando a cara de vocês, quero todo mundo usando a balaclava ou camisa no rosto. Gordo?"

- solta a voz chefe.

"Tu vai ficar como quem não quer nada, só deixa a tua janela aberta, vai pra entrada principal, eles estão achando que vocês vão entrar se escondendo pelas outras entrada, já é!?

- Ja foi patrão, que o de la de cima tenha dó da gente.

"Que ele te escute... Fé pra vocês" - nem deixou a gente responder e ja foi desligando.

Passou uns quinze minutos e ja estavamos prestes a entrar, já deixamos tudo organizado, mas não tem como, quando é pra ser, não tem jeito.

Nem tinha olhado pra nossa cara, eles reconheceram fiu nossa carro, papo reto.

Ja saimos acelerados e eles começaram a entrar, maior burrada deles, só tinha dois carros na entrada principal, como ks cara ja estavam em seus postos, foi bala, enquanto subia o morro, direto onde o Peixão falou.

Fernandinho: Adianta, Pereira! - olhei estranho pra ele - ta com a perna ai fudida, vai com o parafuso e o Zóio, po.

Pereira: Ta me gastando? - ele negou.

Dk: Para de briguinha vocês - assim que ele terminou de falar, os fogos foram ouvidos - caralho, deixa ela, Fernandinho, se pa ela é melhor que tu, com os tiros nas duas pernas, mulher é velha ja na firma, ela sabe o que faz.

Gordo: Bora porra! - o Fernandinho entrou negando com a cabeça.

Posso fazer nada, essa vida me acolheu e eu não vou abandonar ela não, enquanto eu estiver viva, luto por isso aqui.

Saimos do carro com as armas, indo direto pra boca, Peixão estava la, todo armado.

Peixão: Porra, achei que não ia chegar - fez um toque com cada um - seguinte, armamento e os carregamento tão tudo ali, os seus pontos, são os mesmo, só que o Fernandinho vai trocar com a Pereira, ela vai ficar encima, tu vai ficar na minha cola, embaixo de onde eu estiver, Fernandinho, já é - ele assentiu - bora bora! Depois é só comemoração pelo bom trabalho de vocês, fé ai.

Fernandinho pegou o que tinha que pegar e saiu junto com Peixão, deixando eu e o Dk sozinhos.

Pereira: Pelo velhos tempos? Cria - fiz um toque com ele e terminei de colocar o colete.

Dk: Se gu não tiver enferrujada de ficar com o Peixão, pelo velhos tempos...

Saimos ja pro nosso posto, foi foda subir as lajes com a perna machucada, parece que tudo ralava de propósito, não é possível.

•••

Mais de um hora de guerra, não parava de subir PM, o radinho apitava de tanto cara querendo cobertura pra pegar armamentos, outros avisando que já não tinha mais em algumas bocas.

Pereira: Dk, tu consegue sustentar aqui sozinho - ele me olhou não entendendo - pô, a gente tem que pedir reforço dos aliados, la embaixo ja ta caindo, Peixão não planejou isso não, o morro é muito grande pela quantidade de armento.

Dk: Po, eu cho que consigo por um tempo, mas se tu ver algum, ja manda aqui pra cima - assenti fazendo um tique com ele e logo em seguida, eu desci.

Eu não costumo ir por baixo, mas aonde eu estava, nem tinha como ir por cima.

Sei nem como eu ia ir rapido e voltar rapido, o negócio é longe, minha dorte, foi ver a Ale de moto. Assim que ela me viu, encostou do meu lado.

Ale: Qual foi pô, tu não ia ficar la pra cima? - assenti rapido fazendo um toque com ela.

Pereira: Tem como te responder detalhado não, só aumento o som do seu radinho - entramos pra dentro da rua, ouvindo o som do tiro proximo - vou precisar da tua moto, pra ir la no seu pai, tu aproveita que ta perto e vai la no Dk - ela negou - tem opção não, Ale, vai la e faz o teu, ele ta sozinho, eu vou la no teu pai, tamo perdendo uma parte do morro, caralho.

Ale: Ai pô! Toma cuidado - me entregou a chave indo direto pros becos.

Ou eu fui burra, porque o único jeito de andar com isso é pela rua, ou eu fui inteligente por ser rapido, namoral? Nem vou pensar nisso.

Estava chegando perto, mas ia ter que dar a volta, ou se não ia ter que cortar caminho pelo beco, antes de fazer qualquer burrada, já acionei os aviãozinho que estava de olheiro.

- Solta a voz crias, to tendo que colar no patrão, to aqui na dez, perto do mercadinho qual ta mais mec?

- Ai Pereira, aqui no beco, ta tranquilo, os caras da rua, ta nem respondendo.

- Ja é então menor, to indo por ai.

Aqui querendo ou não, nesses horas tem que confiar, mas sempre ficar atendo a qualquer parada.

Fui seguindo pro beco, bem no comecinho, ja vi dois filhos da puta, ja meti o pé, não posso nem atirar, se não, eu chamo atenção.

Bem na virada do beco, ou vir alguém pedindo ajuda, ia passar reto, até ver que era a mãe da Kyara, não é nem por causa que é mãe dela, mas a mulher ta grávida, eu que não to doida de deixar ela aqui.

Estacionei a moto, indo pra onde ela estava, mulher estava toda suja de sangue, dava bem ora saber se ela dela, ou de outra pessoa.

Pereira: Ta sentindo muita dor? - ela assentiu - pô, nem tem muito o que fazer, vou ver se alguma casa aqui pode te ajudar, já é?

Mãe da Kyara: Vim o caminho todo batendo nas portas, acho que ninguém vai me ajudar, só me ajuda a sair daqui, por favor, eu fico até em alguma boca, eu só quero sair desse perigo.

Pereira: O mais próximo daqui, é aonde tua filha trabalha não é? - ela assentiu - vou te levar pra la, tem muito o que fazer não, tu corre risco, ta ligada? Eu to de moto.

Mãe da Kyara: Tem problema não só me tira daqui.

Mulher tava machucada e com um tiro no braço, deve ter sido um desses filhos da puta. Voei também, estava nem ai pra nada, o importante, era fazer com que ela ficasse melhor agora.

MARATONA 4/?

INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora