cap 14

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Ágatha Pereira

Pereira: Iiiiih ala, ficou cheia de vergonha - ri ela ficou mais sem graça - precisa ter vergonha não, tu sabe que tá gatona.

Kyara: Tu gosta de deixar os outros sem graça em - ela se ajeitou no banco.

Pereira: Tu achou mesmo que a Eduarda tava comigo? - assentiu - só pensa o pior de mim em, nem me conhece.

Kyara: Por isso mesmo, como eu vou confiar em alguém que eu não conheço? - assenti.

Tá certa, vou fazer o que? Vai se eu tenho fama aí e nem sei, nessa favela, é bem capaz de eu ter mesmo.

Parei o carro em um ponto alto do morro, dava pra ver nada bonito daqui não, eu só queria ficar com ela.

Assim que eu desliguei o carro, ela ja entendeu e se inclinou, ela foi rápida, até eu me assustei, o beijo já começou intenso, em um encaixe perfeito, perecia saudade, nossos beijos são sempre assim, eu me amarro, espero que nosso beijo nunca perca essa intensidade, enquanto esse nosso rolo durar.

Eu fui a lua e voltei só com um beijo, tô ficando doidinha já, ou eu bebi demais.

Trouxe ela devagar pro meu colo e passei a mão pelo corpo dela, parecia uma obra de arte perfeita, enquanto o nosso beijo só ficava melhor, apertei a bunda dela forte, o que fez ela arfar espontâneo.

Kyara: Caralho - resmungou se afastando um pouco ofegante, soltei uma risada nasal ainda olhando pra ela.

Pereira: Tava com saudade de ficar com tu - coloquei minha mão no pescoço dela, com o dedão em sua bochecha.

Kyara: Quem vê assim pensa que faz meses que a gente não se vê - chegou mais perto.

Pereira: Pra mim faz anos - saiu como um sussurro e logo em seguida mordi o lábio inferior dela.

Ficamos nos pegando por um bom tempo, sempre com mãos bobas, mas não passou disso, ela parecia que não queria e eu respeitei.

Kyara: Espera aí, meu celular - pegou o celular dela e atendeu voltando pro banco, nem entendi, depois de um tempo ela desligou o celular e me encarou - pra sua tristeza, era minha mãe, falando da hora.

Pereira: Serião? - ela assentiu, encostei minha cabeça no banco - dormi lá em casa pô, ou ela é dessas que não deixa? - olhei pra ela.

Kyara: Ta tirando onda? - neguei - e se tu fizer alguma coisa comigo? - falou divertida e eu ri.

Pereira: Só vou fazer o que tu quiser - me inclinei e dei um selinho nela.

Kyara: Já é, calma aí - ela pegou o celular novamente, mas dessa vez só mandou mensagem.

Pereira: E aí? - perguntei depois de um tempo.

Kyara: Ela só falou pra mim tomar cuidado - assenti ligando o carro.

Pereira: E sua mãe deixa assim fácil? Tu não tem só quinze anos?

Kyara: Sim, mas eu dei um migué nela né, mas depois eu converso direito - estalou a língua.

Namoral? Dava pra ver enquanto a gente ficava, que ela não queria passar de beijos, e eu só queria um companhia mesmo, primeira vez que eu levo uma pra minha casa, sem intenção de nada.

Fiz o caminho mais longo pra ver se tinha algum lugar pra comer e estava tudo fechado.

Parei o carro enfrente a minha casa e sai dele, junto com a Kyara, fiz um toque com um menor que estava lá e entramos em silêncio.

Kyara: Tua prima não deve tá em casa? - neguei.

Pereira: Esquece, aquela ali deu um perdido com a Ale - tirei meu boné - aí tá com fome? - ela assentiu - eu vou tomar banho e já desço pra fazer alguma coisa, já é? - ela confirmou - a não ser que tu quer tomar comigo - falei divertida.

Kyara: Vai logo tomar banho, Pereira - falou rindo - tô sentindo seu cheiro daqui, só não quis falar nada - me fiz de ofendida e mandei um legal.

Pereira: Sem brincadeira agora, fica a vontade aí - ela assentiu.

Subi e já fui entrando direto no banheiro, eu não estava suja, só tô tomando banho pra garantir, mas foi um banho rápido, vesti uma roupa qualquer, e aproveitei pra pegar uma roupa pra Kyara, deixei separado, em cima da cama.

Desci vendo que ela ainda estava no mesmo lugar, não tinha movido um dedo, estava mechendo no celular.

Pereira: Deixei uma roupa em cima da cama pra tu - ela assentiu e foi subindo.

Fiz ali o básico, tinha as coisas pra fazer lanche, amassei fi, coisa linda que ficou.

Kyara: Não é que ela sabe fazer alguma coisa - chegou na cozinha e ela olhei pra ela.

Pereira: Respeita a mãe - joguei beijo - vai na sala colocar um filme, tenho preferência não, qualquer um vai.

Terminei de montar o lanche e já botei coca nos copos e fui pra sala levando as coisas, ela já tinha escolhido o filme, me sentei do lado dela e começamos a comer, assistindo.

Pereira: Tu tá caladona por quê? Em? - olhei pra ela.

Kyara: Surtou foi? - neguei - tô normal, só tô assistindo - deu ombros e voltou a assistir o filme.

Terminamos de comer e ela se deitou no meu peito, me ajeitei no sofá e me deitei nele.

Abracei ela mais forte e distribui beijinhos pelo pescoço dela, o que fez ela soltar uma risada e se encolher, mas não tirou o olho da televisão, fiz novamente até ela virar e olhar pra mim.

Kyara: Eu quero assistir o filme - falou olhando nos meu olhos.

Pereira: E eu quero sua atenção, como fica? - ela sorriu me puxando pra um beijo.

Kyara: Mas deixa o filme acabar, eu vou dormi aqui, você vai me ter a noite toda.

Bufei vendo ela voltar como estava antes e prestar atenção no filme, tive que assistir ele também, pelo menos estava com ela.

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INDESTRUTÍVEL (Romance Safico)Onde histórias criam vida. Descubra agora