Capítulo 1 & Qual problema de hoje?*

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Laura

É errado eu gostar da minha vida e ao mesmo tempo odiar? Porque sinceramente, vivo uma vida de amor e ódio, puta que pariu.

Sonho des de criança era ser psicóloga, me dizia o tempo todo que queria deixar as pessoas felizes com concelhos, e hoje eu vivo disso.

Faz exatamente quatro anos que me formei e tenho minha clínica, eu sou tão feliz fazendo o que eu faço. Ajudo as pessoas, entendo elas e faço elas terem a visão da vida de forma diferente, ou simplesmente sento e as escuto.

A um ano mais ou menos comecei da aula duas vezes na semana da faculdade, o que pra mim está sendo ótimo.

Tenho minha casa própria, consigo comprar tudo que vejo e desejo, gosto do luxo e assumo isso. Essa é a parte boa da minha vida.

Rodrigo: Boa noite, amor! _Diz se sentando do meu lado no sofá._ Chegou cedo hoje. _Arruma seu relógio no pulso._

Laura: Meu último paciente não foi. _Sorrio e deito nas suas pernas._ Tem plantão hoje?

Rodrigo: Infelizmente. _Acaricia meus cabelos._ Se quiser ir pra não ficar sozinha.

Laura: Não, eu prefiro ficar aqui hoje. _Passo minhas unhas  em sua coxa._

Me ajeito em sua perna e subo mais minha mão em sua coxas em seu tecido fino da calça. Me apoio na outra mão, me levanto e beijo seu pescoço.

Ele da uma risadinha abafada, levo minha mão até seu pau que não dá sinal de vida.

Rodrigo: Eu preciso ir. _Tira minha mão e se levanta._

Encaro ele frustrada, arrumo meu cabelo e respiro fundo.

Rodrigo: Qualquer coisa me liga. _Para na minha frente e beija minha testa._

Não digo nada, apenas me levanto do sofá e subo as escadas até nosso quarto. Escuto a porta de baixo se bater e me jogo na cama.

Meu nome é Laura Torres Lobo, sou casada com o Rodrigo Lobo a mais de sete anos. Nós conhecemos em um show e dês de então a gente não se desgrudou mais.

Eu trabalhava como secretária de uma clínica odontológica, e logo comecei a faculdade. Graças a Deus, nunca precisei me preocupar com pagamento da faculdade, meu pai antes de falecer deixou toda paga pra mim.

Meu pai faleceu a dez anos atrás, infelizmente teve uma parada cardíaca e faleceu. Nunca fui uma pessoa tão próxima a ele, mas era meu pai e amava demais.

Minha mãe e minha irmã falecerem três meses depois, cheguei em nosso apartamento e encontrei as duas jogadas no meio da sala.

Esses foram os principais motivos pra fazer psicologia, eu queria me ajudar e ajudar pessoas próximas a mim e que passavam por situações complicadas.

Nessa época, eu estava conhecendo Rodrigo, mas três dias depois de tudo fui despachada pelo dona da casa aonde morava com meus pais e minha irmã, então Rodrigo me chamou pra morar com ele.

E dês de então estamos aqui, com o dinheiro que eu tinha guardei pra construir essa casa que moramos hoje o que pra mim é um sonho, do jeitinho que sempre sonhei.

Sempre fui uma pessoa de fazer as coisas com certa urgência, então em relação a nós eu me precipitei demais, podia ter ido mais devagar. Mas, era pra ser nesse momento e não é atoa que estamos casados oficialmente a quatro anos.

Eu sinto tanta falta dos meus pais, de chegar em casa e conta como foi meu dia, de nós fins de semana ser nós quatro pra todo lado e cada dia em um restaurante diferente.

Minha irmã era muito pequena, então tínhamos afinidade pra brincar. Nunca gostei de crianças, mas quando minha irmã nasceu minha cabeça mudou, minha eterna neném de onze anos.

E a partir daí minha vida começou a ser sem graça...Viver apenas pro trabalho e pro meu dinheiro, não ter nem um tempo a mais pra mim.

Hoje em dia acredito que tenho mais a questão de dependência emocional do Rodrigo, do que amor realmente. Nossa relação vem esfriando demais de uns tempos pra cá, não só dá minha parte.

Laura: Pelo amor de Deus em Laura, bora reagir. _Digo pra mim mesma me levantando da cama._ Hoje é um sábado a noite e não vai ficar em casa chorando.

Vou pro banheiro, tomo um banho rápido lavando apenas meu corpo suado.

Saiu do banho toda animada, nunca dependi de homem algum até mesmo pra me divertir, sempre fui eu e eu. Até mesmo pra comer um bolo na esquina, por isso vai ser eu por eu hoje.

Coloquei uma saia preta curta, um cinto pra dar um charme, pego um cropped todo de brilho dourado, como um salto e me olho no espelho.

Dou um sorriso satisfeito assim que minha maquiagem fica pronta, simples, mas que faz total diferença. Estava com muita pressa, só soltei meu cabelo e pronto.

Coloco meu salto, passo meus cremes e meu perfume, pego meu celular colocando dentro da bolsa e saiu.

Tem um bar quatro casa a frente da minha, sempre fico aqui. É restaurante durante o dia, e a noite um barzinho super calmo e gostoso.

Entro no bar e sinto olhares sobre mim. Sempre fui uma mulher de chamar atenção por onde passa, até mesmo com o meu marido, mas quando estou sozinho parece que tudo para.

Laura: Oi Léo. _Digo me sentando no balcão._

Léo: Oi mulher, quanto tempo não te vejo por aqui. _Diz limpando o balcão._ Vai querer o de sempre?

Laura: Sim, gin com tônica e limão. _Sorrio e ele assenti._

Leonardo é o garçom aqui do bar, pensa em uma pessoa legal, é aquele amigo gay que todos nós queremos. Ele não é bem meu amigo, mas sempre que venho aqui conversamos muito.

Léo: Qual problema de hoje? _Diz me entregando a taça._

Laura: Só queria sair um pouco, ninguém merece ficar sozinha em sábado a noite. _Dou um gole grande do gin._ Tem novidades aqui hoje?

Léo: Não, mesma coisa de sempre. _Fala entendiado._ Só tem clientes novos. _Aponta com a cabeça pra trás de mim._

Olho pra trás e vejo um grupinho sentado em uma mesa grande. Observo bem e vejo uns caras mais novos e uns mais velhos, todos bonitos e bem tatuados.

Léo: Quarto final de semana seguido que eles vem aqui. _Viro de frente pra ele de novo._ Bonitos né? _Dou uma risada._

Laura: Todo mundo pra você é bonito. _Ele ri concordando._ Mas são mesmo. _Acabo rindo._

O clima estava muito agradável, música alta, as luzes baixas e a bebida comendo solta.

Estou na minha segunda taça de gin, o que é um milagre, não passo de uma e passei, graças a Deus moro perto.

Laura: Léo, traz mais um. _Chamo ele afastando a taça pra ele._

Xxx: Eu quero um também, por favor. _Uma voz grossa diz do meu lado._


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