Capítulo 29 & Já fizemos de tudo*

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Truta

Minha irmã já dormia no meu colo, no meio de toda aquelas lágrimas e soluços ela dormiu. Arrumo ela no sofá, cubro ela que resmunga ainda dormindo, fecho as janelas e cortinas ligando o ar.

Saiu de casa puto da vida, querendo matar o primeiro que aparecesse falando merda na minha frente. Aciono todo mundo pra boca e subo na moto.

Na minha cabeça só passava o sofrimento da Alma, só ela sabe o que passou, o que sentiu e como está se sentindo. E pra me livrar disso, vou matar esse filha da puta.

Nem que eu vá preso, mas que eu só vou sossegar com ela a sete palmos no chão, eu vou.

Dadinho: Qual foi? _Entro puto na sala chutando tudo e dando murro na parede._ Calma aí caralho, fala o que aconteceu.

Truta: O que aconteceu? O que aconteceu que todos vocês são todos incapazes, eu pedi pra achar quem fez aquela merda com a minha irmã e até agora nada. _Grito._

Muralha: Calma aí irmão, ninguém aqui achou nada, já fizemos de tudo. _Riu._

Truta: Fizeram de tudo o caralho. _Grito e viro de frente pra eles._ O filha da puta engravidou minha irmã, aquela desgraçado acabou com a vida da minha irmã. _Bato na mesa e ninguém fala nada._

Truta: Vão atrás de qualquer coisa nessa porra, eu quero isso pra ontem na minha mesa. _Eles assenti._ Só quero neguinho na minha frente com informações desse cara, se não nem na minha frente vem. _Chuto a mesa e saiu da sala._

Eu memo vou achar esse cara e acabar com a vida dele. Falta de fazer o que ele fez com a minha irmã, filha da puta.

Pego um baseado que tinha no bolso e praticamente como aquilo, olhava a vista do morro e minha tranquilidade já voltava.

Muralha: A gente vai conseguir achar ele, relaxa. _Coloca a mão no meu ombro._

Truta: Relaxa o meu cu. _Tiro a mão dele._ Quero esse cara morto, não tem essa se conseguir, vai geral saber de tudo e acabar com ele. _Vou até minha moto._

Truta: Para de pensar em buceta de amante e fiel, faz uma pra mim pelo menos, cuzão. _Peço e saiu dali acelerando._

Vou pro topo do morro, sem ninguém enchendo a porra do meu saco, sem ninguém falando merda no meu ouvido e sem um barulho.

Acendo outro baseado, sento na grama ali e pego meu celular. Vou no insta na Alma e vou na foto que ela postou no dia da festa, pego o nome do lugar e vou atrás de qualquer coisa.

Depois de encher a cabeça, apareceu que o lugar está de luto, que está sob nova gerência e daqui uns dias vai ter reinauguração. Quero ver neguinho recusar a câmera desse lugar, coloco fogo!

Olho a hora e já era horário de almoço, subo na moto e vou em um restaurante daqui de perto pegando uma marmita pra mim e outra pra Alma.

Volto pra casa e ela já estava sentada no sofá mexendo no celular. Coloco as coisas na mesinha e sento do lado dela.

Alma: Tava vendo aqui, no Chile tem uma clínica muito bem falada, se você me der dinheiro consigo ir pra lá. _Diz mexendo no celular._ É tudo bem limpo e cuidado, consigo fazer o aborto e volta.

Suspiro e me levanto indo pra cozinha, pego meu garfo e volto pra sala abrindo minha comida.

Truta: Não sei o que tu tá sentindo, o que tu passou e muito menos como tá essa cabeça. _Me sento do lado dela._ Mas deita, descansa e pensa de cabeça fria. _Ela nega._

Alma: Já falei, não vou criar essa criança.

Truta: Suave, tu que decide. _Engulo a saliva._ Só quero que pensa com calma, tem lugares de adoção, ta ligada? Não faz de cabeça quente. Eu vou tá aqui pra desenrolar, mas depois, não agora de cabeça pilhada. _Ela suspira e sai da sala indo pro quarto._

Realmente não entendo dessas parada, e como sujeito homem não sei nada dessa coisas de mulher ou sei o que. Mas na real, só quero que ela pense.

Se for continuar, se não for, se for colocar pra adoção ou sei o que, eu vou está aqui e ajudar ela até o fim no que precisa, mas de cabeça quente não, quero que pensa bem e sentamos pra conversar.

Ela sempre foi assim, de colocar algo na cabeça e não tirar mais. Por isso sei que essa vontade é dela, e se eu puder ajudar ela eu vou.

Como aquela comida com toda a delícia todo mundo, papo reto mó larica da porra e ainda pro cima uma feijoada da boa.

Um sono bateu bravo, apenas coloco o celular pra tocar e me deito ali no sofá me apagando completamente do mundo.

•••

Acordo assustado com a Alma me cutucando e com a cara colada na minha.

Alma: Desculpa..._Sorri e me sento no sofá._ tô com vontade de suco de maracujá, pode comprar pra mim?

Olho envolta e já estava escuro, já era noite. Me localizo e acordo direito, ela ainda sorria na minha frente e balançava o corpo parecendo criança.

Alma: E também um pastel de pizza, meu deus. _Morde o lábio._

Truta: Só vou ir por que também tô com fome. _Me levanto._

Vou até o banheiro, jogo uma água na cara e volto pra sala. Coloco um blusa, pego minhas coisas e saiu de casa. Já era noitão mesmo, dormir demais.


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