Laura
1 Semana depois...
Aquela cena toda fez meu corpo todo se arrepiar, choro pra lá e pra cá. Era tanta cabeça e sangue espalhado pelo chão que não parecia real, não parecia nada com aquela realidade.
E realmente não é real...
Eu juro, toda vez que vejo amanhecer e a Alice msotra toda aquela luta fake eu fico assim, nunca vou aceitar esse fim.
Apolo: Meu Deus, está nesse estado por quê? _Senta do meu lado no sofá e limpa meu rosto._
Laura: Se até no filme é tudo mentira, por que minha vida não é também? _Termino de chora encarando o balde de pipoca._
Apolo: Tu tá é louca. _Ele ri e se levanta._
Apolo encara a sala e me encara de volta, encaro ele sem entender enquanto ele cruza os braços.
Laura: O que é? _Desligo o TV._
Apolo: Você está bêbada, Laura. _Ele fala e fico chocada._
Laura: Tô não, olha..._Me levanto, mas o balde de pipoca cai todo no chão._ depois eu limpo. _Dou risada._ Olha, eu tô bem.
Tento ficar em pé, mas o que faço e escorregar na pipoca e cair de bunda no chão, que dor.
Apolo: Levanta. _Ele não me ajuda, apenas manda._ Levanta logo.
Tento levantar, mais tudo gira, uma tontura me bate, uma dor no peito. realmente uma sensação ruim.
Finjo que está tudo bem, me apoio no sofá e paro na frente dele.
Laura: Apolo, foi a última vez. _Falo baixo._
Apolo: Semana passada também tinha sido a última vez, segunda também tinha sido a última vez, a dois dias atrás também era a última vez. _Falo baixo._
Laura: Agora realmente é. _Tento falar._
Apolo: E vai ser, vou te levar pro hospital. _Fala firme._ Lá sim eles vão saber qual é seu caso, por que eu estou cansado. _Falo mais alto._
Apolo: Eu tô cansado Laura, de vê você nesse estado todos os dias. Nao importa o horário você está assim. _Abraço meu corpo._ Você precisa de ajuda, você precisa se ajudar. _Minha cabeça girava._
Laura: Por favor, para de gritar. _Passo a mão na cabeça e tudo gira._
Apolo: Não estou gritando, estou normal. _Faz uma careta._ Laura, você está ficando pálida.
Uma sensação forte atravessa meu corpo, uma sensação de enjôo, mas uma tontura que faz tudo girar e não consigo nem sair do lugar.
Não lembro de nada, de ninguém e nem aonde eu estava, apenas o macio do sofá nas minhas costas e tudo apagar.
•••
Apolo: Ela vai acordar? _Escuto baixo._
Mila: A médica diz que sim, mas pode demorar, está dopada. _Sinto sua mão na minha._
Minha cabeça dá uma agulhada forte, uma pressão estranha que faz eu apertar os olhos e tentar abrir, mas foi impossível, muita luz.
Mila: Calma, abre devagar. _Aperto os olhos e tento abrir._ Tudo bem, vou apagar a luz.
Sinto seu perfume doce sair do meu lado, logo aquele reflexo branco sair do meu rosto. Consigo abrir os olhos devagar.
Dou um sorriso ao ver os dois com a cara colada na minha, se fosse antes ia dar um tapa, mas sem condições.
Apolo: Como está?
Laura: Bem? _Será que estou bem._
Mila: Ta sentindo algo? Alguma coisa? _Nego._
Laura: Levanta essa cama, está me dando ânsia. _Apolo aperta algo do lado e levanta a minha cabeça automaticamente._
Apolo: Melhorou? _Assenti._ Está com fome? _Nego._
Laura: Quero uma água, bem gelada. _Passo a língua em meus lábios que estavam secos._
Mila: Vou pegar. _Ela sai de perto e sai do quarto._
Hospital tem uma sensação ruim né? Odeio, encaro o quarto que estava escuro, mas a luz do corredor iluminava algumas partes. Um aparelho ligado a mim apitava o tempo todo, aquelas coisas ligada no meu peito e o soro na mão, horrível.
Mila: Não está tão gelada, mas é o que tem. _Entra no quarto._
Ela me entrega um copo com água e bebo aquilo com rapidez. Aliviou totalmente meu corpo.
Laura: O que aconteceu? Como vim parar aqui? _Suspiro._
Mila: Laura, seu caso é clínico, o que você tem é um vício. _Encaro ela._ Você está bebendo direto, todos os dias dês da semana passada, e bebendo muito, não é pouco.
Apolo: Nós queremos o seu bem, e pra isso acontecer é de ajudar agora. _Ele segura minha mão._ A gente vai estar aqui, mas agora é com você.
Juro, nunca me senti assim. Sozinha e dependendo do álcool.
Minha cabeça está a mil, minha vida está a mil e aprece que nada se encaixa.
Não consigo recuperar minha casa, minha vida normal e meus empregos. Não consigo ter minha rotina de antes e tudo que eu tinha.
Minha mente esses dias viagou de ir atrás do Rodrigo, de ir atrás de tudo aquilo que eu podia acabar com ele, cheguei ir até uma casa de praia que tínhamos, mas também não estava lá.
Eu não dormia, então tomava o álcool como água, era uma fulga de tudo, era uma coisa que aliviava minha mente.
Era de manhã, tarde e noite, e se não dormia passava a noite bebendo. Como meu corpo aguentou até aqui? Não sei.
Sinto falta, sinto falta do Willian, do carinho dele, do abraço dele, da sensação de ter ele perto de mim. Mas, dês do dia que busquei ele no bar não o vi, nem mesmo passando nas ruas aqui do bairro.
Eu quero minha vida de volta, quero tudo de volta e primeiro preciso ficar lúcida de mim mesma, da minha realidade.
Laura: Tudo bem, eu quero. _Suspiro._
Eles sorriem, e aqui percebo que começo um novo ciclo.
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RETA FINAL!
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Razões De Uma Noite
RomanceAs vezes a sua melhor versão está em um bar, aonde você tem toda certeza que nunca mais vai ver na sua frente. Mas o destino faz com que isso mude, e toda vida se transforma e vira de cabeça para baixo.