Capítulo 36 & Eu tô aqui*

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Truta

O Beck queimando, fumaça subindo, o corpo flutuando e mente calma. A fumaça traz paz aonde o homem quer uma puta guerra.

Dia cansativo pra caralho, fiquei igual idiota atrás de quem pegou minhas paradas, de quem ficou com as coisas do meu trabalho, cuzão do caralho.

Acendo mais um pra mim, fico girando naquele cadeira igual louco pensando em todas as pessoas que poderia fazer algo desse tipo para mim, não sei nem quantos.

Dadinho: Aí chefe. _Abre a porta devagar e me viro pra ele._

Truta: E aí, descobriu alguma coisa? _Pergunto já puto._

Dadinho: No carro tinha duzentos e quarenta e cinco quilos de maconha, trinta de cocaína e mais de quinze opções de armas. _Soco a mesa._ Tirando os dez mil de reais.

Truta: Caralho. _Grito e levando puto._ Essa filha da puta não rouba quando é milhões, mas quando tira todo o lucro fudeo. _Passo a mão na cabeça._ Quem tava vindo no carro?

Dadinho: Um tal de Leonardo. _Joga umas fotos na mesa e pego._ Foi morto também, corpo tava no meio do mato e o carro no meio da estrada pegando fogo.

Truta: Os cara foi esperto. _Acabo rindo._ Preciso achar isso até semana que vem, se não sem grana no bolso. _Jogo a foto na mesa._

Dadinho: Os cara tá atrás de mais coisas, por enquanto é só isso mesmo. _Aceno._ Vou fazer as coisas no asfalto, precisou só chamar.

Truta: Já é, valeu irmão fé lá. _Ele da um joinha saindo pela porta._

Acabo com o meu Beck e jogo o restinho no chão, olho no relógio e já são dez da noite. Suspiro lembrando da Laura, caraio como esqueci dela.

Pego meu celular, mando mensagem que daqui uns dez minutos passo de lá. Passo rádio para uns meninos trocarem a contenção, fecho minhas coisas e saiu da boca.

Laura me responde que me espera na rua de baixo, coloco o celular no bolso e entro no carro. Torcer pra nenhum fofoqueiro ver ela entrando no meu carro, não tô afim de mais alguma coisa pra resolver.

Em menos de cinco minutos chego na esquina, ela olha envolta e entra no carro.

Seu perfume doce invade o carro, seu cabelo molhada trazia um perfume leve de shampoo caro, sua blusa larga roda bebê deixava aquelas coxas grossas amostra, a blusa marcava um pouco o bico do seu peito que estava sem sutiã.

Na moral, que mulher da porra, gostosa de demais, linda demais, uma dessa meu irmão.

Laura: Oi. _Sorri tímida e coloca o cabelo atrás da orelha._ Achei que nem fosse vim.

Truta: Tu queria falar comigo, não podia deixar tu na mão. _Sorrio e dou partida no carro._ Tá suave?

Laura: Tudo bem. _Suspira._ E você? _Encaro ela um pouco e volto a atenção na rua._

Truta: Minha vida é só bo, linda. _Sorrio de lado._ Mais suave. _Paro na frente de casa._ Acho que a Alma tá em casa, tranquilo pra tu?

Laura: Por mim sim, e pra ti? _Ela sorri sapeca._

Apenas nego com a cabeça, tiramos o cinto e descemos do carro. A luz da sala estava acesa, o resto da casa toda apagada essas horas Alma está vendo as novelas chatas dela.

Razões De Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora