Capítulo 55 & Coma alcoólico*

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Truta

Acordei malzão, cabeça marolando tudo e estava na minha casa. Como cheguei aqui? Cadê a Laura?

Sento no sofá querendo nem abrir os olhos, mas meu celular toca do meu lado e preciso ver. Caralho, minha cabeça vai explodir, parece que tomei mais de três garrafas de bebidas.

Olho meu celular e geral já tinha marcado reunião na boca, eu mando nessa porra, como tão fazendo algo sem mim?

Levanto acordando pra vida, vou até a cozinha e coloco a água pra esquentar, preciso de um café bem bom pra ficar suave.

Meu irmão, que merda fiz e estou fazendo?

Vou pro banheiro, jogo uma água no corpo pra tentar tirar essa sensação do caramba do meu corpo. Coloco minha roupa, minhas correntes e tento passar um perfume, mas meu estojo embrulhou de uma forma inexplicável.

Voltei pra cozinha, passei um café rapidão e mandei mensagem pra marcar um dez que eu chegava. Pego um copo e coloca café sem açúcar memo, preciso voltar pra realidade logo.

Depois descer dois copo de café quentão, já até sentia melhor.

Assim que saiu de casa, paro na frente da minha moto e lembro da merda que fiz.

Truta: Cuzão do caralho. _Chuto uma pedra._

Pega a visão, nunca fui dessas porra não, ainda mais depois que vi o estado que a minha mãe ficou, vê ela internada isso fudeo minha mente. Coloquei essa parada na minha mente, só fiquei com o álcool e maconha.

Pego meu celular no bolso, tento ligar pra Laura mas nada dela atender, vou até a mensagem e aquela porra nem chega pra ela.

Encaro o relógio no pulso e me toco que já são quatro da tarde. Subo na moto, ligo e vou até a boca que geral me esperava.

Truta: Dês de quando vocês marcam as coisas sem me me falar? _Já falo assim que entro na sala._

Muralha: Achei que tu nem ia vim, tava morto. _Sento na cadeira e encaro geral._

Truta: Qual motivo disso aqui? _Apoio minhas mãos na mesa._ Alguma parada que não tô ligado?

Muralha: Tu não tá ligado nem na sua vida parceiro, quem dirá de algo que tá rolando aqui. _Fecho a cara._

Truta: Vai falar mais uma vez que não faço porra nenhuma aqui? _Falo alto._

Dadinho: Abaixa a bola os dois aí. _Grita._ Muralha, fala o que tem que falar e você Truta, fica suave. _Encosto na cadeira e cruzo os braços._

Modelo: Chefe, tão te perseguindo. _Fico quieto._ Tem xis nove aqui, e tamo ligado que é morador novo.

Truta: Polícia? _Pergunto serinho._

Dadinho: Não pai, é alguém que tá na nossa cara e não estamos vendo. _Encaro um por um._

Muralha joga um envelope encima da mesa na minha frente, encaro ele e pego o envelope. Abro o mesmo, várias fotos minhas e da Laura, foda pra caralho, mina nem tá sério comigo e tá levando b.o.

Truta: É o ex dela. _Jogo as fotos na mesa._

Me levanto da mesa passando a mão no cabelo, esse filha da puta tá querendo acabar com ela, tá querendo fazer de tudo.

Pego meu celular no bolso e de novo tento ligar pra ela, nada de chegar mensagem e muito menos dar sinal de vida.

Muralha: Quem é ele? Tá ligado que é ele mesmo? _Volto pra mesa colocando o celular no bolso._

Truta: Ele tá ameaçando ela um tempo já, achei que era bobeira. _Suspiro._ Só sei o nome, um tal de Rodrigo se pá.

Dadinho, Modelo e Magrinho saem da sala. Muralha fica ali na minha frente e me encarando com os braços cruzados.

Truta: Tem chances dele tá com ela? _Ele ri._ Qual a graça, irmão?

Muralha: Tu acabou com a mina ontem, ela mal conseguia se localizar naquela porra, sorte que eu estava lá e trouxe ela embora. _Escuto._ A Laura tá internada irmão, em coma alcoólico, sabe por que? _Ele se aproxima._

Muralha: Por que você foi um cuzão, ela se entregou pra tu e aceitou ficar do teu lado, em um dia de raios de sol tu vai lá e acaba com isso. _Me jogo na cadeira._

Coma alcoólico?

Truta: Como ela tá? _Pergunto._

Muralha: Não sei, vai atrás de concertar a merda e vê como ela está. _Ele vai até a porta._ Falta dois dias pro natal, vê se faz algo bom pra Deus vê. _Abre a porta e sai._

Levantei puto, chutei a cadeira e fiquei com neurose na cabeça. Errei mano, errei pra caralho com ela, vacilei pra porra.

Falei que queria tentar algo, e nos dias depois tava lá cheirando merda no peito de uma mulher, que caralho eu fiz?

Como ela tá? Como a gente tá?

O que fazer quando angústia, ódio, mágoa, amor, tristeza, certezas, incertezas, lembranças, e muita vontade de ver e, ao mesmo tempo evitar ver, de querer e não querer ou mesmo não poder, batem na pessoa tudo ao mesmo tempo?

Ela não queria cara, não queria se envolver comigo, não queria estar comigo, falei que ia tá aqui, tá ligado? E faço isso, certeza que posso perder ela.

Pego meu celular correndo no bolso e tento saber aonde ela estava, parece que Muralha tinha lido minha mente parceiro, chegou uma mensagem na hora do hospital que ela tá.

Sem pensar memo, pego minha moto e desço pro asfalto atrás da minha mulher, agora pode ser que não seja.

Nem sei em quanto tempo eu cheguei aqui, só sei que cheguei.

Coloco o capacete encima da moto e entro dentro do hospital, logo vem a Mila correndo na minha frente.

Mila: Sai daqui, seu merda. _Grita e bem batendo no meu peito._

Truta: Calma, tu não vai brigar comigo não. _Seguro teu pulso._

Mila: Ela quase morreu seu imbecil, por tua causa. _Fala puta._  Por que tu não consegue assumir a tua pica, idiota. _Apolo puxa ela._

Apolo: Eu quero muito voar em você, mas aqui não é hora nem lugar. _Me encara._ Vai embora, se ela quiser ela vai falar com você. _Vira as costas._

Fecho minha mão com ódio, encaro as pessoas que me encaravam e queria mandar todo mundo se fuder. Só dou meia volta e volto pra rua.

Só quero ver ela, tentar ficar de boa, sabe?


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