Truta
Na moral, nunca fui de curtir essas coisas de fim de ano, Natal e Ano Novo, minha família nunca fez muito questão disso, então pra mim e como se tivesse diferença.
Pega a visão, hoje não é meu dia de ficar na boca, mas como a maioria dos menor tem família e curte essas parada eu fiquei no lugar deles. Queria ir pra casa só pra ficar com a minha mãe, mas desenrolei com ela é disse que ia no barzinho mais tarde pra gente se vê.
Agora são uma e pouca da manhã, troquei com o menor e desci pro barzinho, falar a real tô na larica do caralho só queria ir comer alguma coisa.
Assim que paro a moto na frente, desço e comprimento as pessoas, na moral, fiquei com peso na mente de ir falar com o Apolo e a Mila, são amigos da Laura e não sei se é uma boa. Na hora que peso dentro do lugar, um apagão acontece no morro, olho pra fora e foi geral.
Truta: Fala Dado, qual foi? _Já falo no radinho._
Dadinho: Não sei não chefe, os menor aqui não viu nada. _Nego com a cabeça._
Truta: Marca dez, vou ai. _Desligo e ligo a lanterna indo pra minha moto._
Vou até o pé do morro, já mandando recado pra geral ficar na atenção e olho no gato sempre. Chego no pé do morro e a luz volta, vai tomar no cu sou palhaço nessa porra?
Dado: Cortaram os fios principais, não da pra ver quem foi, mas não voltou tudo não. _Desço da moto e paro na sua frente._
Truta: Tem x9 nessa porra, Dado. _Coloco a mão na cintura._ Cadê Magrinho?
Muralha: Tava no bar, mas sumiu. _Para a moto do lado._ Lá pra cima ta suave, qual foi?
Truta: Não sei. _Pego o celular._ Já vou ligar pra vim resolver, tem criança e idoso aqui, povo sem noção.
Assim que ligo o celular, vou até minha internet e chega a mensagem dela, porra agora? Abaixo a notificação e a mensagem dizia "Ele ta aqui, me ajuda!"
Foi ele, foi esse filha da puta do caralho, ele entrou na minha favela e não sei aonde tá.
Sem noção nenhuma, jogo meu celular no chão e xingo pra caralho.
Truta: Foi aquele cuzão do caralho. _Passo a mão no cabelo._
Muralha: Quem que foi caralho? _Vem na minha frente._
Truta: Ex da Laura. _Vou pra moto._ Geral atrás dele, ninguém sai e ninguém entra nessa merda. _Ligo a moto._ Vou atrás dela, qualquer coisa mete bala.
O cara tá aqui ainda, tá dentro da minha favela ainda e vai sair sem cabeça nessa merda. Subo de volta pro barzinho sem pensar em nada, subi a mil memo.
Desço da moto e já vou atrás do Apolo e da Mila, se ela não tá aqui ela vai tá na casa dela.
Truta: Cadê ela? _Paro na frente deles que me encaram sem entender._ Laura porra, cadê ela?
Mila: Sei lá, deve tá no banheiro? _Saiu correndo e vou até o banheiro._
Não tava nem aí se tinha gente mijando, se trocando ou transando naquela merda, só entrei dando murro nas porta e gritando por ela.
Truta: Laura? _Grito._ Caralho! _Pego o radinho._ Geral na boca, em cinco minutos geral lá, corre caralho. _Grito e saiu do banheiro._
Saiu do banheiro e procuro minha mãe, ela saiu agora e precisa ficar suave sem se preocupar.
Truta: Aí mãe. _Paro na frente._ Vai pra casa, aconteceu o bo e preciso resolver. _Ela franze a testa._ Depois explico pra senhora, preciso achar a mulher da minha vida então só fica de boa em casa. _Beijo a testa dela e saiu._
Subo na moto e já vejo o Muralha entrando no barzinho mandando geral ralar e pra fechar o lugar, melhor assim, os moradores não merece passar por perrengue nenhum.
Caralho preciso do meu celular, só me toquei que ele quebrou e to sem ele quando eu precisava das coisas que estão lá.
Muralha: Conta essa porra direito. _Diz entrando na sala._
Truta: Esse filha da puta ameaçava ela, mandava foto nossa o tempo todo e diz que ela só tinha mais alguns dias para assinar o divórcio. _Falo desesperado._ Caralho, ele levou ela. _Meto a mão na parede._
Muralha: Calma porra, tu não ia saber. _Sento na mesa._ Passa as coisas dele ai, a gente acha ele rapidão. _Nego._
Truta: As coisas estavam naquele celular. _Ela acena e sai da sala._
Me levanto desesperado, passa toda uma fita na minha cabeça de tudo que aconteceu essas dias. Tentei de todas as formas me encher de trabalho pra não pensar nela, mas não dava.
A mina parece que fez alguma coisa pra mim, o cheiro dela me fazia uma puta falta, o jeitinho dela meigo mais ou mesmo tempo mulherão, perto de mim faz falta.
Aquele sorriso, que de alguma forma me passava no tranquilidade da porra.
Errei com ela? Se fazer uma parada que jurei nunca mais fazer? Pra caralho, mas me arrependi, e tá sendo foda sabe?
Agora só preciso ver como vou achar ela, sabe aonde ela tá e matar esse filha da puta.
Muralha: Dadinho tá dando um jeito no seu celular, enquanto isso só manter a calma e tentar pensar. _Entra na sala._
Truta: Como esse filha da puta entrou na minha favela? _Ele senta na minha frente._ Como ele tirou ela daqui?
Muralha: Não faço idéia, parceiro. _Ele suspira._ Mila não para de encher o saco, querendo saber o que rolou e cadê a Laura.
Truta: Vamo lá, as vezes eles sabem de algo que nós não. _Ele concorda._
Saímos da boca e fomos até a casa deles. Não tava nem com cabeça de responder o radinho que enchia o saco, Muralha que me avisava as coisas ou não.
Chegamos na goma deles e nem batemos na porta, entramos e os dois já vem na nossa frente.
Apolo: Cadê ela? Tu levou ela? _Já chega gritando._
Truta: Fica suave aí mano, quem tá com ela é o ex. _Ele se afasta e arregala os olhos._
Mila: O Rodrigo? Como assim? _Sento no sofá perto deles._
Truta: É o que estamos tentando descobrir, sabem de alguma coisa?
Mila: Não. _Assume._ Caralho, como esse filha da puta conseguiu isso? _Anda de um lado pro outro._
Muralha: Não tem ideia da aonde ele pode ter levado ela? _Eles negam._
Apolo: E na casa que era deles? Seria óbvio demais?
Truta: Seria. _Penso._ Mas não é impossível.
Fico um tempo ali pensando, enquanto isso, Apolo me mostrava as coisas desse tal Rodrigo pra ver se víamos algo que podia ajudar nos, mas não.
Vou achar tu morena, prometo!
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Razões De Uma Noite
RomanceAs vezes a sua melhor versão está em um bar, aonde você tem toda certeza que nunca mais vai ver na sua frente. Mas o destino faz com que isso mude, e toda vida se transforma e vira de cabeça para baixo.