Capítulo 61 & Sem dó nem piedade

1.8K 93 0
                                    

Laura

Já estava igual tonta andando pra lá e pra cá nesse quarto, nenhum sinal do Magrinho muito menos do outro sem noção em sair de casa.

Nesse momento minha unha que estava em ótimo estado, está totalmente sem esmalte e estou me segurando parar não comer a unha. Juro, como é difícil ser mantida em cativeiro.

Assim que coloco o quinto dedo na boca, escuto o portão da garagem abrir, fico feliz por ter a total certeza que é o Rodrigo indo embora.

Faço uma dancinha totalmente bizarra, rezando para que eu consiga sair daqui hoje e pegar o que preciso.

Alguém bate na porta, e acredito que seja o Magrinho mando entrar.

Magrinho: Vamo logo, ele sai e não vai demorar muito pra voltar. _Assenti e ele abre o caminho pra passar na porta._ Toma cuidado, tá cheio de cara rondando a casa, qualquer comportamento diferente eles aciona o cara.

Laura: Acha que consigo sair? _Descemos as escadas._

Magrinho: Não. _Suspiro._ Tentei até dar uma fuga nos cara, arruma uma desculpa pra sair da pra frente, mas não deu, foi mal.

Laura: Tranquilo. _Sorrio e tento manter a calma._ Cadê a chave? _Ele mexe no bolso da calça e me entrega uma chave pequena dourada._

Magrinho: É bem ali o escritório. _Aponta para uma porta pra trás do balcão da cozinha._ Vou ficar aqui de ronda, falei que eu ia vim comer, então toma cuidado.

Assenti, coloquei as mãos no bolso de trás da minha calça e caminho até aquela porta. Paro na frente da mesma e respiro furo, será que consigo sair com alguma prova?

Tiro as mãos do bolso, coloco a chave e giro. Juro, nem parece que estou sozinha aqui dentro, parece que tem alguém dormindo do lado e estou tentando sair escondida do quarto.

Assim que entro no escritório minha mão vai direto no interruptor de luz, mas né lembrei que não posso dar o óbvio pros caras lá embaixo.

Então, com a luz que entrava do poste conseguir ir até a mesa dele e acender o abajur pequeno que tinha ali.

Não sabia por onde começar, sorte que tinha poucas gavetas e caixas para olhar, pouca coisa em pouco tempo.

Me sento na cadeira enfrente a mesa e começo a mexer nas papeladas ali encima, nada de interessante, só droga que eu sabia que eu nem sabia que ele mexia.

Papel de comprar, armas, drogas, fotos e fotos que coisas desnecessárias.

Encaro o computador na minha frente, será que abro? Abro.

Abro a tela do notebook e logo vem pra colocar a maldita senha, caralho...que senha meu ex marido, um traficante e um nojento iria colocar no notebook?

Pensa, pens...

Laura: Aí ai, linha de pensamento igual. _Digo assim que coloco minha data de nascimento e abre toda aquela tela._

Tantas pastas, fotos, vídeos...sério, como alguém consegue ser tão desorganizado desse jeito?

Começo entrar em uns documentos nada ver, vejo o nome de uma boate que é bem conhecida aqui, estranho, ele nunca nem gostou de ir em boate.

Como sou curiosa, entrei pra ver.

Fotos da boate inteira, até de fios e caixas de som, fiquei sem entender. Porém, um único vídeo me chamou atenção, em uma página só com fotos tinha apenas esse vídeo.

Dou uma encara pela janela do lado de fora pra ver se tinha algo a normal, mas não, tudo certo. Volto a atenção pro computador e Clico no vídeo.

Vídeo está escuro, ainda demorei pra entender que era da câmera de segurança da boate.

Vejo uma menina, que não consigo ver o resto, ela está mexendo na bolsa e parece bêbada. Logo vejo ele aparecendo no vídeo, ele olha envolta e segura o braço da menina.

Ela tenta se soltar, bate no peito dele e segura a boca dela prendendo ela na parede. Dava pra ver bem nítido que era ele, que era ele que estava ali, mas quem era ela?

Depois de um tempo da pra ver que a menina estava bem mole, acordada mais bem fora de si, ele da mais uma olhada pra ver se não vinha ninguém.

Rodrigo vira a menina com uma certa brutalidade pra parede de costas pra ele, vejo ele mexendo em sua calça e logo erguendo a saia da menina.

Não, não consigo. Saiu do vídeo com o coração acelerado, com lágrimas nos olhos que eu nem sabia que estavam escorrendo.

Rodo mais alguma coisas imagens e aparece uma fotos dos dois bem nítida ainda da câmera, mas, meu Deus....

Parecia que meu coração ia parar, que meu peito ia pular pra fora ou que eu ia desmaiar a qualquer momento. Era ela, era a Ayla.

Esse filha da puta estuprou ela, engravidou ela, pegou as câmeras de segurança para não ter nada contra ele e ele sair bem.

Meu deus, eu descobri que fez isso com ela.

Agora mais que nunca quero o Willian encontre ele e acabe com a raça dele, que faça o que ele tiver vontade sem dó nem piedade.

Laura: Se concentra Laura. _Olho pro teto e limpo meu rosto._ Já descobriu uma coisa, só falta suas coisas pra sair bem daqui. _Encaro a tela do computador._

Depois de ficar rodando com a cabeça a mil, achei os documentos da casa, claro todos falsificados, com várias cópias diferentes, assinaturas minhas e tudo mais.

Levo um susto ao escutar uma porta de carro batendo, me levanto rápido e olho na janela. Não sei se fico feliz ou triste por saber que é ele...que ele veio aqui.

Votem...

Comentem...

Razões De Uma NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora