Capítulo 57 & Ele está aqui

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Laura

Aí, eu amo tanto o natal!

Para falar do Natal, não existem segredos, basta olhar para dentro de nós mesmos. No Natal, estamos propícios a amar mais, ter mais carinhos, ser mais solidários. É o que nos envolve, este Espírito Natalino.

Confesso que depois que meus pais faleceram eu perdi um pouco esse encanto, mas, como minha mãe amava isso, enfeitava a casa conosco, luzes pra tudo que é canto, cartinha do papai Noel, mês todo trocando presentes e no dia, uma mesa enorme de comida com coisas gostosas.

Natal é Natal.

Depois de comermos muito, fala da vida de todo mundo e eu me encher de refrigerante, decidimos vir no pagode. Claro, só vim pra ficar um pouco.

Estava lotado, confesso que me arrependi um pouco, ainda mais por não poder colocar álcool na minha boca uma festa assim pede pelo menos uma champanhe.  Faz uns minutos que chegamos e estamos sentados do lado de fora do barzinho.

Não,  ainda não vi ele e nem sei se quero ver, os meninos já estavam aqui e vieram todos falar comigo perguntar como eu estou. Achei legal da parte deles.

Laura: Vou ir pegar um suco, já venho. _Falo no ouvido do Apolo._ 

Pego o último dinheiro que está me restando, entro no bar e vou até o balcão. Peço um suco de laranja e fico ali esperando o moço.

Marta: Oi Laura, tudo bem? _Encaro ela e fico um pouco sem graça._ 

Não sei se ela sabe sobre eu e o filho dela, mas é estranho ver ela aqui na minha frente depois de como vi ela. Encaro ela com um sorriso sem graça, mas me abraça toda feliz.

Laura: Oi dona Marta, como está? _Saiu do abraço._ Nem sabia que já tinha voltado. 

Marta: Estou ótima, obrigada por perguntar. Eu voltei hoje mesmo, nem tive tempo de andar por ai. _Ela encara o  bar._ Por um acaso você viu o Willian? 

Laura: Não. _Falo rápido e o moço entrega meu suco._

Marta: E como você está? Não apareceu lá para fazer o cabelo e unha. _Rimos._

Laura: Me desculpa, tive muitos problemas nem tive tempo pra mim. _Dou um gole do meu suco._ Mas te garanto, essa semana passo na sua casa para tomar um café, pode ser?

Marta: Vou adorar, preciso muito conversar. _Ela me abraça de novo._ Te espero.

Laura: Pode deixar. _Sorrio e ela sai de perto de mim._

Meu Deus, achei isso estranho demais. 

Apolo: Como foi falar com a sogra? _Pergunta assim que paro do seu lado._ O seria ex sogra? 

Laura: Ela nunca nem foi minha sogra. _Falo sincera._ Mas foi em estranho, agora não sei se foi coisa da minha cabeça ou não.

Mila: Acho que foi da sua cabeça, ela nem deve saber de vocês dois, ou será que sabe?

Laura: Acredito que não, ele não queria nem que pessoas a nossa volta soubesse. _Tomo meu suco._ 

Ficamos um om tempo ali conversando e vendo as pessoas super felizes conversando. 

Até que começo a ver uma movimentação diferente, na verdade, um vi um carro parada na rua de cima, em na esquina. Não conseguia muito em encarar o carro pra ver qual é, mas estava todo apagado, com vidros fechados , mas via sombra de que tinha alguém dentro.

Estava pensando de alguma forma chegar perto e saber quem é, mas nem precisei, assim que passa uma moto ilumina o carro todo por dentro e consigo ver ele: Rodrigo!

Sorte que eu não estava mais com o copo na mão se não nesse momento já estava todo quebrado no chão. Juro, parecia cena de longos minutos, de longe eu conseguia ver sua cara de ódio, mas ao mesmo tempo de felicidade por ter me achado. 

Tento respirar fundo e manter a calma, mas não conseguia, eu realmente estava com medo do que poderia acontecer, do que ele vai ser capaz de fazer comigo. 

Saiu dali o mais rápido possível e vou até o  banheiro me trancando em uma das cabines, estava tão nervosa que tinha percebido as lágrimas escorrendo pelo meu rosto. Passo as mãos no meu cabelo com tanta força que uns fios saem na minha mão.

Ele me deu um aviso, me deu sinais que iria ir atrás de mim e não liguei, ele disse que tinha só mais alguns dias e eu não liguei.

Laura: Pensa, pensa, pensa. _ato na porta._

Não deveria mandar mensagem pra ele, eu sei. Mas agora ele é a única pessoa que pode me ajudar com isso, que pode me tirar daqui.  

Pego meu celular, entro na nossa conversar e mando "Ele está aqui, me ajuda!" 

Chacoalho minhas pernas enquanto espero dois certinhos aparecerem na mensagem, assim que isso acontece um apagão no lugar todo acontece, os gritos de susto lá fora me causa um pouco de medo.

Entro em desespero assim que uma arma entra em contato com a minha cabeça, no momento eu só pensava: como conseguiu abrir a porta sem eu perceber ou escutar?

Xxx: Vem comigo sem fazer escândalo ou vou fazer isso de outra forma. _Uma voz grossa desconhecida fala no ouvido._

Engulo seco causando cosquinhas na minha garganta, apenas acenei minha cabeça com medo de falar ou de fazer algo errado e esse cara meter um  bala na minha cara.

O cara me da um puxão tão forte no braço que acabo caindo na realidade. Tento puxar meu  braço, sair da mão desse homem mais foi impossível, ele só continuo me puxando pra fora dali.

Como ninguém me viu saindo arrastada desse jeito? 

Laura: Podia falar pra ele parar perto pelo menos. _Falo ao perceber que já estava perto do carro._ 

Ele abre o carro e taca dentro do carro, literalmente me taca dentro daquele carro.

Laura: Tu é tão frouxo que não pode ir me  buscar? Tem que mandar outro? _Me arrumo no  banco._ 

Rodrigo: Debochada demais em, não era assim não. _Ele ri me encarando pelo retrovisor e ergo a sobrancelha._ 

Laura: Você estava ocupado demais comendo outras que nunca percebeu meu deboche. _Ele fecha a cara._

Rodrigo: Cala a  boca dela, Magrinho. _Ele diz pro cara que estava sentado do meu lado e nem percebi._ 

Pera aí, Magrinho?


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